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Saúde e medicina
Curso: Saúde e medicina > Unidade 18
Lição 2: Gripe- O que é a gripe?
- Contraindo e espalhando a gripe
- Quando os vírus da gripe atacam!
- Três tipos de gripe
- Mutação genética na gripe
- Eficácia da vacina contra gripe
- Deriva e mudança da gripe
- Duas Vacinas contra a Gripe (TIV e LAIV)
- Como fazer a vacina da gripe todos os anos
- 5 desculpas comuns para não tomar a vacina contra gripe
- As vacinas e o mito do autismo - parte 1
- As vacinas e o mito do autismo - parte 2
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As vacinas e o mito do autismo - parte 2
The infamous Wakefield study kickstarted the Autism Myth, but many studies have since shown that there is no link between the MMR Vaccine and autism. Find out how it all got started. Rishi is a pediatric infectious disease physician and works at Khan Academy.
These videos do not provide medical advice and are for informational purposes only. The videos are not intended to be a substitute for professional medical advice, diagnosis or treatment. Always seek the advice of a qualified health provider with any questions you may have regarding a medical condition. Never disregard professional medical advice or delay in seeking it because of something you have read or seen in any Khan Academy video. Versão original criada por Rishi Desai.
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Transcrição de vídeo
Bem, no último vídeo falamos sobre
quantos, vários estudos foram feitos que demonstram que não
existe ligação entre a vacina MMR e autismo. E, de fato, outros estudos foram feitos
para meio que separar todas as partes individuais do mecanismo que o estudo de Wakefield colocou - que não existe ligação entre vacina e
inflamação gastrointestinal, não existe ligação entre inflamação
gastrointestinal e autismo. E a essa altura, as pessoas estão bem
convencidas de que realmente não há ligação entre a vacina MMR e
autismo. Mas várias famílias e muitos pais ainda
acreditam nesse mito. E pessoas se perguntam sobre esse
primeiro estudo de Wakefield, como os resultados surgiram. Uma coisa interessante aconteceu em 2004, e é algo muito incomum para uma pesquisa
de estudo de qualquer tipo, mas, basicamente, dez dos autores - - lembre-se, há 13 autores nesse estudo - dez deles realmente se retrataram e
disseram, você sabe, nossas conclusões
não foram apropriadas. Nós vamos nos retratar. Portanto três dos autores não fizeram isso Mas o fato de que dez deles realmente
voltaram atrás foi mesmo impressionante
e gerou muitas dúvidas. Por que pessoas retirariam
seu estudo inicial? Então, no mesmo ano, por causa desse
negócio super esquisito que aconteceu, um cara chamado
Brian Deer, que era um repórter, ele estava trabalhando para
um jornal britânico. Jornalista investigativo. Começou sua investigação, e começou
analisando esse negócio. Brian Deer é um cara conhecido por
investigações no passado. Ele investigou a indústria farmacêutica e outros tipos de organizações poderosas. Ele então pensou que pegaria esse
estudo de Wakefield e investigar para entender de
onde esses resultados vieram, e o que ele descobriu foi realmente
chocante de várias maneiras. Acontece que lá em 1996, uns dois anos
antes do estudo de Wakefield, um grupo de advogados que esperavam
processar o fabricante da vacina MMR decidiram pagar a Wakefield uma
bolada de dinheiro. Então eles pagaram a Wakefield
milhares e milhares de libras, que convertidas valem ainda mais,
para conduzir esse estudo. E então pagaram a ele diretamente. E essa grana não foi usada para
os pacientes, pois eles faziam parte do serviço
nacional de saúde e obtinham seu tratamento por lá.
Essa grana foi para o bolso dele. Então, é óbvio que isso era um baita
conflito de interesses, e é uma coisa que ele, Wakefield, nunca
contou para ninguém. Ele não mencionou isso ao publicar
esse estudo. E outra coisa que foi revelada foi que
um ano depois, em 1997, descobriu-se que Wakefield havia
registrado um patente. Ele havia patenteado uma vacina,
dentre todas as coisas! Então Wakefield tinha a patente
de uma vacina que poderia competir com a vacina MMR. Era uma vacina MMR alternativa. E então, de novo, este é um conflito
de interesses gigante, porquê se ele está elaborando
um estudo sobre uma vacina, e demonstrando não ser uma boa
vacina, que causa autismo, então obviamente esse resultado
lhe proporciona uma posição confortável para oferecer sua própria
versão da vacina. Portanto esses são os dois grandes
conflitos de interesse que ele não mencionou quando estava
publicando seu estudo. Agora deixa eu fazer um espaço
aqui nessa tela, e vamos entrar no que aconteceu depois. Revelou-se que, entre os anos de
2007 e 2010 - - então por mais ou menos 2 anos
e meio - houve uma investigação, conduzida pelo Conselho de Medicina. Esse grupo é composto por médicos
e por membros da comunidade, e eles efetivamente revisam qualquer
tipo de comportamento antiético de um médico e tomam a decisão
se essa pessoa pode praticar medicina. Então esse grupo do Conselho de
Medicina revisou os documentos que Brian Deer investigou e outras
informações que eles mesmo descobriram por conta própria. Eles basicamente descobriram
algumas coisas; Descobriram que ele
estava sendo desonesto. E você pode pensar, bem, é claro que
ele estava sendo desonesto com algumas coisas. Ele não mencionou seu
interesse financeiro. Essa foi uma segunda questão. Eles disseram que ele teve
oportunidades para se manifestar. Além de apenas publicar o estudo, ele
também foi a reuniões e conferências, e repetidamente, ele foi omisso quanto
aos seus interesses financeiros. Disseram que ele foi negligente, que ele
realmente fez, especificamente, coisas com crianças autistas em seu
estudo que eram negligentes, inapropriadas do ponto de vista médico,
e, finalmente, não tinha habilidade. Especificamente, o que eu quero dizer é
que ele não era um pediatra. Ele era um clínico geral - cirurgião,
na verdade, e que ele não tinha nada que estar
trabalhando com crianças. Então, primeiro ponto, desonestidade - - deixa eu voltar rapidamente e fornecer
mais detalhes - Descobriram que ele havia selecionado
seus pacientes. Ele não os selecionou aleatoriamente
quando entravam no hospital, como disse, mas na verdade, os advogados com os quais ele estava trabalhando o
colocava em contato com pacientes que estavam interessados em processar
o produtor da vacina MMR, e, obviamente, se você tem um grupo
que está pronto para processar outro, então isso não é aleatório, e talvez
exista algum viés no que vão dizer. Ele também não recebeu autorização
do hospital. Ele havia dito que o comitê de ética
tinha autorizado tudo que ele estava fazendo, mas isso não
era verdade. Agora, com seus interesses financeiros,
ele realmente, além de ter a patente de uma vacina, também tinha uma
empresa que vendia algo chamado Fator de transferência. Esse produto era vendido para
pessoas procurando uma alternativa à vacina MMR. Portanto, é claro que se
você pode fazer a vacina parecer ruim ou insegura, sua empresa
vendendo uma alternativa vai ser dar bem. Agora, o ponto de negligência,
isso é realmente uma infelicidade. Ele, entre outras coisas - - e eu só estou selecionando uma das
coisas mencionadas - ele fazia três punções lombares em
crianças que não precisavam. Agora, pense sobre isso. três punções lombares. Isso é uma agulha nas costas, para
obter fluido que banha o cérebro. Você está fazendo esse procedimento
em crianças que não precisavam Portanto isso é clara e
completamente inapropriado. E finalmente, ele, como eu disse, não
tinha especialidade. Ele não era um pediatra, e não deveria
estar tomando decisões clínicas sobre pacientes pediátricos. Isso é óbvio
algo que você precisa se especializar e obter treinamento para fazer, e ele
nunca recebeu um ou outro. Então eles olharam todos esses fatos e
decidiram cassar seu registro médico. Então baseados nestas evidências,
eles removeram seu registro. Uma vez cassado o registro médico
em um país, se torna muito difícil trabalhar em qualquer outro país. E então ele efetivamente estava
impossibilitado de praticar medicina ou até cirurgia, que era no que
ele foi treinado para fazer em qualquer lugar do mundo. Quando essa informação foi divulgada,
apenas alguns dias depois de ter ser registro médico cassado, a revista
médica "The Lancet" decidiu que removeria o artigo, retrataria o artigo. Então agora, a revista médica "The
Lancet" na qual ele havia publicado o estudo de Wakefield inicial,
removeu-o completamente. E finalmente, uma questão
ficou na cabeça de muitas pessoas, - e na minha também - é que mesmo que você aceite tudo isso,
que ele desonestamente encontrou esses pacientes e tinha um
interesse financeiro e foi negligente, parece muito estranho
que doze crianças tiveram inflamação gastrointestinal. Parece apenas como uma coisa muita
estranha de se descobrir. Nos faz pensar se havia alguma coisa
naquele estudo em primeiro lugar. Bem, revelou-se que finalmente em
2011 - o que é bem recente na verdade - que os registros hospitalares
foram liberados. Portanto, os registros hospitalares
desses pacientes foi divulgado. E revelou-se que os patologistas que
haviam analisado os intestinos dessas crianças haviam
dito e escrito algo muito diferente do que havia sido reportado. Então havia essa desconexão
enorme entre os registros hospitalares e o que foi reportado no estudo. Então, esse estudo de Wakefield,
essencialmente, não refletia a realidade. Por exemplo, algumas crianças tinham
intestinos completamente normais, e ainda assim, no estudo, ele
reportou que elas tinham inflamação. Outras vezes, pais reportaram sintomas
em um determinado ponto. Mas porque aquilo não cabia na
proposta geral, ele mudava as datas. Portanto entre mudar datas e mudar o
que os registros hospitalares diziam sobre a inflamação, ficou muito
claro que basicamente a coisa toda foi fabricada. Voltando ao começo, onde
tínhamos esse um estudo com doze crianças que mostrava a
ligação entre a vacina e autismo, tivemos um longo caminho. Quero dizer, agora esse estudo foi
completamente desacreditado porque mentiras foram ditas em
diferentes pontos. Também, muitos outros estudos olharam
essa ligação, essa conexão, e demonstraram que não
existe ligação entre vacinas e autismo. O problema que permanece é que
muitas famílias e pais ainda acreditam nesse mito de autismo, e isso os leva a
não vacinar, e cria muita confusão sobre a real causa do autismo. LEGENDADO POR GABRIELA MORITZ