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Curso: Saúde e medicina > Unidade 10
Lição 3: Potenciais de membrana do neurônio- Descrição do potencial de repouso do neurônio
- Mecanismo do potencial de repouso do neurônio
- Descrição do potencial graduado do neurônio
- Descrição do potencial de ação do neurônio
- Mecanismo do potencial de ação do neurônio
- Efeitos do diâmetro axonal e mielinização
- Modelos de potencial de ação
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Descrição do potencial de ação do neurônio
Versão original criada por Matthew Barry Jensen.
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Transcrição de vídeo
Neste vídeo falaremos sobre
potencial de ação dos neurônios. Aqui temos o corpo do neurônio
em vermelho e um axônio bem comprido em verde. Em amarelo temos a bainha de mielina envolvendo o axônio e alguns dendritos
maiores que o normal em azul Este gráfico mostra o potencial
de membrana on eixo y e no eixo x temos tempo. Na ausência de estímulos, os neurônios possuem um potencial estável por toda a membrana, o que podemos
ver aqui, com valor aproximado de 60 milivolts
negativos. Sem estímulos, o potencial em repouso
permanece assim mesmo. Estímulos excitatórios ou inibitórios, que normalmente vem dos dendritos, mas pode vir do corpo ou mesmo do axônio, podem modificar o potencial de repouso é o chamado período refratário que pode ser de despolarização, também
chamado de potencial excitatório ou de hiperpolarização, também
chamado potencial inibitório. Estes são excitatórios ou inibitórios pois resultam na alteração do potencial
de membrana para mais perto ou mais longe
do potencial limiar que é normalmente 50 milivolts negativos. Já falamos sobre como o período refratário diminui com o tempo e distância, portanto, ocorre despolarização por
estímulo excitatório espalha pela membrana, o tamanho
do período refratário diminui, ocorre o mesmo com a hiperpolarização resultante de
um estímulo inibitório. Já falamos também sobre como a queda,
com o tempo e distância, depende do quanto o período refratário aqui nos dendritos ou no corpo celular afetam a zona ativa no segmento inicial do axônio e é isso o que é necessário,
múltiplos estímulos excitatórios, resultando
em despolarizações que se somam temporal e espacialmente, assim os potenciais excitatórios serão
grandes o suficientes para atingir a zona de ativação do axônio, empurrando
a membrana além da zona de ativação, elevando o potencial para
cima do limiar. Caso a soma de todos os potencials
excitatórios e inibitórios, em um dado momento, empurre
o potencial de membrana para cima da zona de ativação, acima
do limiar, que normalmente é por volta
de 50 milivolts negativos, então um potencial de ação irá começar na zona de ativação e será conduzido até
o axônio. Potenciais de ação que são conduzidos até os axônios dos neurônios, é o modo
pelo qual neurônios transmitem informação ao longo de
um percurso longo, podendo ser até um metro ou mais. Potenciais de ação são muito diferentes de período refratário, pois possuem
mesmo tamanho e duração para qualquer neurônio, e são conduzidos por todo o comprimento de um axônio sem alterações, independente do tamanho do axônio. O formato do potencial de ação
é bem característico. Começa com a soma dos períodos refratários que atingem o limiar. Mas ao invés de diminuir e voltar para o potencial em repouso
como o refratário, ocorre um aumento enorme para
um potencial de membrana positivo, dentro do neurônio fica mais positivo do que fora da membrana, que é
o oposto do normal, normalmente é mais negativo dentro
da membrana do que fora. Essa fase é chamada de potencial
de ação ascendente com um patamar bem pequeno. Em seguida, ocorra uma fase
de queda brusca até o potencial de repouso. Mas na realidade no acaba aqui. Continua ficando mais negativo do que
o potencial de repouso. Então isso chega em um platô, e volta bem devagar até o potencial
de repouso. Os valores exatos podem variar entre
os neurônios, mas normalmente estão por volta de 50 negativo, se for
o limiar potential para determinado neurônio, subindo
até cerca de 40. Pode descer também até 70 negativo antes de voltar ao normal bem devagar para o potencial de repouso
de 60 negativo. O tamanho do potencial de ação pode variar entre diferentes neurônios,
mas para um mesmo neurônio o tamanho é o mesmo, o que é chamado de característica "tudo
ou nada" de um potencial de ação. Ou você tem um potencial de ação ou você não tem um potencial,
que é o oposto do período refratário, onde o tamanho
pode alterar dependendo do tamanho do estímulo,
se uma depolarização resultar em um potencial de ação que
está só um pouco acima do limiar assim, você terá um potencial de
ação do mesmo tamanho como um período refratário que está
bem acima do limiar. Não importa o quão acima
do limiar você está. O tamanho do potencial de ação
é geralmente o mesmo. Esta é a propriedade de um potencial
de ação ser "tudo ou nada". O tempo de duração de um potencial de ação é geralmente consistente para
um dado neurônio. É bem rápido, alguns milisegundos. O período refratário também
pode ser bem rápido. Podem durar alguns milisegundos também. Mas também, podem durar muito mais tempo. Período refratário pode ter uma gama de tempo de duração dependendo da duração
do estímulo. Outra grande diferença é que potenciais
de ação normalmente não diminuem como período refratário
com a distância. Potenciais de ação são conduzidos ao longo do axônio com mesma intensidade,
independente do comprimento do axônio, caso olharmos para a zona de ativação onde o potencial de ação começa possui o formato de uma onda. caso olharmos para o meio do axônio, terá o mesmo formato. Se olharmos perto do fim do axônio, mesmo após um metro, ou mais terá o mesmo formato novamente. Não sofre queda alguma com a distância. A velocidade com que os potenciais
de ação viajam pelo axônio é bem rápida. Pode ser de 1 metro por segundo até 100 metros por segundo. Algumas características ajudam a aumentar
essa velocidade de condução elevada para o potencial de ação. Axônios de diâmetro maior conduzem
o potencial de ação mais rapidamente do que axônios
de menor diâmetro. Axônios com mielina, com bainha de mielina conduzem o potencial de ação ainda
mais rápido do que axônios que não possuem mielina. São características importantes para isso. Vemos bainha de mielina em axônios
com diâmetro maior. Em axônios com mielina, a velocidade com
que o potencial de ação é conduzido pelo axônio não é consistente. Realmente, o potencial de ação é conduzido
mais rapidamente nos segmentos com mielina, do que
em segmentos sem mielina, que são chamados de nódulos de Ranvier, se olharmos para a zona de ativação o potencial de ação viaja mais
devagar aqui e depois mais rapidamente através dos segmentos mielinizados. Depois atravessa mais devagar nos nódulos de Ranvier, depois, mais rápido no próximo segmento
com mielina Esse fenômeno é chamado
de condução saltatória. Essa palavra saltatória vem do
latin de pular, pois parece que o potencial
de ação está pulando de um nodo para o outro,
ao invés de ser conduzido suavemente
ao longo do axônio. [Legendado por: Claudia Alves]