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Saúde e medicina
Curso: Saúde e medicina > Unidade 10
Lição 4: Percepção sensorialAdaptação sensorial
Versão original criada por Ronald Sahyouni.
Quer participar da conversa?
- Porque a adaptação sensorial é importante?(1 voto)
Transcrição de vídeo
Nesse vídeo iremos falar sobre uma
coisa conhecida como adaptação sensorial. Adaptação sensorial. Como o nome diz, adaptação
sensorial é uma mudança na sensibilidade de sua
percepção de um sentido. Vamos ver dois exemplos diferentes
de adaptação sensorial. O primeiro exemplo, o primeiro sentido que vamos avaliar é a audição,
seu sentido de audição. Vamos olhar para a audição. Como é que somos capazes de ir
a um show de rock e escutar o show inteiro, sair dali e ainda
assim conseguir escutar coisas? Como é que nossos tímpanos
não estouraram por causa do som super alto? Uma das formas que somos capazes
de nos adaptar a sons muito altos é através de um pequeno músculo
dentro do seu ouvido interno. O que esse músculo do ouvido
interno é sempre que houver um som muito alto, ele se contrai. Quando o músculo se contrai, ele
na verdade amortece as vibrações que entram em
seu ouvido interno. Amortecendo sons muito altos
ele na verdade evita que seus tímpanos arrebentem, ele ajuda a proteger seu ouvido
interno de ser danificado. Isso na verdade leva alguns
segundos para ocorrer. Não funciona para sons super altos
repentinos, como um tiro de revólver ou um rifle disparando. Quando o rifle dispara, o barulho
que ele faz acontece muito, muito rápido. Não dá tempo do músculo se contrair
e proteger seu ouvido. Você pode até mesmo ter algum tipo
de sequela se ouvir o som de um tiro perto de seu ouvido por causa de sua incapacidade de contração rápida. Outro sentido no qual confiamos muito
e que se adapta é o tato. Você deve ter percebido que quando
colocamos nossas mãos em água gelada, ela é super
gelada no início, mas com o tempo a água
não parece tão gelada. Isso porque os nervos sensoriais
em sua mão que são sensíveis à temperatura, assim que disparam,
também se saturam. Eles param de disparar tanto. O tato, sua sensibilidade à
temperatura se adapta. Outro sentido que se adapta
é o olfato. Somos capazes de identificar quantidades
realmente bem pequenas de químicos no ar, como perfumes. Eu não sei se você alguma vez
já teve essa experiência, mas se você borrifar um pouco
de colônia ou perfume, com o tempo, no começo, você
consegue sentir o cheiro. Com o passar do tempo você
esquece que está usando. Novamente isso é porque nossos
receptores sensoriais perdem a sensibilidade. então perdem a sensibilidade e deixam de ser sensíveis às moléculas. Da mesma forma, o tato, os receptores de temperatura também
perdem a sensibilidade. Há ainda alguns outros sentidos que se
podem ser alterar para se adaptar à mudanças no estímulo. Uma dessas mudanças é seu
sentido de propriocepção. Falamos sobre isso em um vídeo recente, e é seu sentido de equilíbrio,
seu senso próprio, saber onde você está no espaço. Um experimento que foi realizado para alterar a propriocepção de uma
pessoa foi colocar uns óculos. Imagine que aqui temos uma pessoa. Aqui estão seus olhos. O que na realidade fizeram foi
colocar colocar óculos. O que esses óculos faziam, era distorcer tudo. Ou eles deixavam as coisas
de cabeça para baixo ou inclinavam tudo num
determinado ângulo. Basicamente, alterava a
percepção do mundo. O que eles viam não era mais o que
estavam acostumados a ver, e com o tempo, o cérebro foi
capaz de acomodar. Se uma imagem inicialmente estava
de cabeça para baixo, com o passar do tempo, a imagem era
virada para o lado correto novamente. Existe essa adaptação sensorial
que pode ocorrer com seu sentido de propriocepção também. Outro sentido que passa por adaptação
sensorial é sua visão. Para todos os sentidos do lado de cá
estávamos falando de regulação para baixo. Escutar, sempre quando é um som
muito alto, o músculo se contrai e sua capacidade de perceber o som
é regulada para baixo. O mesmo acontece com o tato. Com o tempo, sua capacidade
de sentir certas coisas, sentir pressão, temperatura,
se regula para baixo. O mesmo acontecer com olfato
e com propriocepção. Com a visão, podemos ter regulação
tanto para cima como para baixo. Temos regulação para cima e para baixo. Então quando é que temos
regulação para baixo? Imagine que está super claro lá fora. Se está super claro lá fora, temos luz em
abundância e entrando nos olhos. Se suas pupilas estivessem bem
grandes e dilatadas, imagine que você tem suas pupilas
aqui e elas são grandes e dilatadas. Um monte de luz entraria nas suas pupilas. De fato até poderia danificar sua retina. Uma adaptação que seu olho possui
à luzes intensamente fortes é a constrição da pupila.
A pupila fica menor. Vai desse tamanho, por exemplo,
para esse tamanho. O que isso faz, efetivamente, permitir que menos luz entre no olho. Outra adaptação à luz forte que acontece
no seu olho é a mudança na sensibilidade de seus cones e bastonetes. Tem uma lista enorme no site onde
falo sobre cones e bastonetes. Basicamente, o que ocorre é que
seus cones e bastonetes que estão lá parados no fundo do olho eles perdem a sensibilidade. Eles realmente perdem sensibilidade
à luz com o tempo. A combinação da constrição da pupila
e perda de sensibilidade dos cones e bastonetes em seus olhos
efetivamente leva à regulação para baixo em sua capacidade de
perceber a luz. O que acontece num ambiente escuro? Em um ambiente escuro, onde não há
muita luz, não há muita luz. Podemos desenhar só um pouquinho
de luz entrando. O que você quer fazer é
exatamente o oposto. Se suas pupilas estavam inicialmente
pequenas, você quer que elas fiquem maiores de forma que possamos
ter mais luz entrando no fundo do olho. Adicionalmente, o que acontece no escuro é que os cones e bastonetes começam a
sintetizar moléculas sensíveis à luz. Então há mais moléculas sensíveis à luz e elas se tornam mais sensíveis à luz. Isso, efetivamente, leva à uma regulação
para cima na sensibilidade. LEGENDADO POR GABRIELA MORITZ