If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Fisiopatologia do enfisema

Tabagismo e poluição atmosférica fazem com que os alvéolos nos pulmões se enrijeçam e fiquem menos elásticos, o que dificulta a saída do ar durante a exalação. Aprenda como a destruição da proteína elastina é a chave para a progressão do enfisema, e como a superprodução de elastase acontece. Versão original criada por Amy Fan.

Quer participar da conversa?

Nenhuma postagem por enquanto.
Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

A pato-fisiologia do enfisema, que significa o curso da doença que leva ao enfisema. Como é que passámos de ter um pulmão normal para ter enfisema? Eu diria, em poucas palavras, que é através da destruição da elastina, que é a proteína nos pulmões que lhe confere as suas propriedades elásticas. Elastina, elasticidade. A elastina é semelhante a uma espiral. Eu penso nela como uma espiral. E realmente, se reparar na proteína ela tem esta forma em espiral. Quando pegamos numa espiral e a esticámos, desta forma, com força, e depois a soltámos, o que acontece? Imediatamente, ela volta à sua forma e tamanho originais, certo? Porque é elástica. A elastina nos pulmões permite-os fazerem exatamente a mesma coisa. Portanto, no final de uma inspiração, os alvéolos, que são estes sacos de ar no final da via aérea, parecem insuflados e cheios de ar, mais ou menos assim. E isto é o que acontece na nossa espiral esticada. E como as paredes estão cheias de elastina, quando expirámos, que consiste apenas em relaxar, o ar sai por si mesmo e a área volta à sua forma e tamanho originais. Mais ou menos assim. Portanto, não fica muito ar aqui. Mas, como eu disse, no enfisema, toda a elastina está a ser destruída e portanto temos poucas paredes como esta e as que sobram, já não são elásticas. Por isso, no final da inspiração, a parede é semelhante a isto. Conseguem ver como as divisões desapareceram? Mas o pior é que quando expirámos. Quase nada muda. É como uma mola sem as suas propriedades elásticas. É apenas um cabo. Por isso, quando expirámos, ele vai ficar igual e todo o ar que está aqui vai ficar obstruído porque a via área aqui vai colapsar. Ela colapsa porque sem a elastina para a manter aberta, a pressão na cavidade torácica, que atua na via aérea, colapsa-a. É por isso que na presença de enfisema dizemos que a pessoa tem uma doença pulmonar obstrutiva, porque o ar fica obstruído lá atrás. Num pulmão normal, saudável e funcional normalmente a elastina é quebrada de forma constante. A elastina é quebrada pela elastase. que é uma protease inibitória, e por "inibitória", percebe-se que é algo que quebra as proteínas. Por isso, o trabalho da elastase é quebrar a elastina para que novo tecido tenha espaço para se formar. E quem controla a elastase é algo a que chamamos antitripsina alfa 1. É algo que é produzido no fígado, e vou outra vez usar o vermelho, porque ela inibe a elastase. Portanto, se a antitripsina inibe a proteína que inibe a elastase, a relação aqui vai ser que a antitripsina alfa 1 facilita o aparecimento de elastina É mais ou menos como no oceano, se temos camarão aqui no fim da cadeia alimentar e ele é comido por um peixe pequeno. É comido, por, por exemplo, o Nemo. Portanto, o Nemo vermelho come peixe. E depois, atrás dele, está um peixe grande. Talvez, eu não lhe devesse chamar Nemo. Portanto, um peixe grande, por exemplo um tubarão, come este peixe pequeno. Portanto, se esta cadeia alimentar, a relação... Se a cadeia alimentar é assim tão simples, então o peixe grande, ou o tubarão, facilita a sobrevivência do camarão uma vez que come todos os peixes pequenos. É mais ou menos assim com a elastina e a elastase e a antitripsina alfa 1. E o nosso principal problema aqui com o enfisema é haver demasiada elastase. Demasiada elastase leva ao aparecimento de enfisema. Agora, relativamente a ter demasiada elastase há dois mecanismos que levam a isto. Sempre que vir "ase", assim, "A", "S", ",E", refere-se normalmente a um inibidor de proteases e por isso destroi um certo tipo de proteínas. Aqui no número 1, temos uma inflamação. E sempre que há uma inflamação no corpo, é mais ou menos como se iniciasse uma guerra em que todos os soldados são recrutados e o principal soldado é o neutrófilo O neutrófilo é um tipo de glóbulos brancos que circulam no sangue e que quando há uma inflamação são libertados nesse local. E mais importante para nós neste momento, eles são a mãe da elastase. Literalmente, a mãe, porque produzem elastase. Portanto, sempre que há muitos neutrófilos na área eles ficam doidos a produzir elastase A inflamação é normalmente uma resposta a um invasor, certo? Pode ser uma bactéria ou simplesmente um tipo de partículas. E aqui, especialmente nos pulmões, o principal culpado é o tabaco Porque apesar de vermos o fumo do tabaco a subir do cigarro, tal como o ar, o tabaco é constituido por milhões de biliões de pequenas partículas que são inaladas pelo pulmão E por isso, a inflamação ocorre de forma persistente O que desenhei aqui parece-se mais com um cigarro falso, mas vocês percebem, A ideia é que sempre que se inalam estes irritantes extra para esta área, a inflamação vai ser galopante, e os níveis de elastase disparam. No número dois, a segunda razão é algo que é gerado pelo corpo per se, algo que se chama deficiência em antitripsina alfa 1. Nós não possuímos isto nos pulmões. Isto é o equivalente a tirar o peixe grande da cadeia alimentar. E portanto, este peixe pequeno vai aumentar uma vez que o peixe grande não o vai comer e o camarão, pobre camarão, vai desaparecer. Então, a antitripsina alfa 1 é produzida no fígado e é codificada por um gene. E esta deficiência aqui está relacionada com uma deficiência nesse gene, porque o gene tem um problema aqui e, quando a antitripsina alfa 1 é produzida no fígado, torna-se deformada e não consegue sair. Ela não passa pelo canal por onde a antitripsina normal costuma sair e por isso provoca doenças hepáticas, mas relativamente aos pulmões, continuamos a ter demasiada elastase por que não é regulada pela antitripsina. E com a elastase a atuar aqui, os níveis de elastina vão descer. Gerando-se um enfisema.