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Espirro, tosse e soluço

Saiba como o nosso cérebro recebe informações dos mecanorreceptores e, em seguida, responde controlando os músculos em um sistema bem coordenado, e como tudo isso pode levar a um espirro, tosse ou mesmo um soluço! Rishi é médico infectologista pediátrico e trabalha na Khan Academy. Estes vídeos não fornecem orientação médica e são apenas para fins informativos. Os vídeos não pretendem substituir o conselho, diagnóstico ou tratamento de um médico profissional. Procure sempre o conselho de um profissional de saúde qualificado para qualquer dúvida que você possa ter em relação ao seu estado de saúde. Nunca desconsidere um conselho médico profissional ou demore para buscá-lo por causa de algo que você leu ou viu em algum vídeo da Khan Academy. Versão original criada por Rishi Desai.

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Transcrição de vídeo

RKA - E aí, pessoal, tudo bem? Imagine um homem que queira partir o seu bolo rapidamente, e, por isso, ele quer assoprar bem rápido as velas. Ele vai em direção ao bolo e puxa o ar profundamente, o que nós chamamos de inspiração. Ele inspira o ar e se aproxima do bolo para soprar as velas e solta o ar, o que nós chamamos de expiração. Na expiração, nós usamos um músculo bastante poderoso chamado de diafragma, é um dos músculos mais importantes na inspiração, não se esqueça disso. Também tem outros músculos aqui entre as costelas que são chamados de músculos intercostais externos, e, são chamados de externos porque estão mais perto da superfície e intercostais porque estão entre as costelas, o "costal" se refere à costela. Esses dois grupos musculares, ou seja, os intercostais externos e o diafragma, são muito úteis na inspiração, existem outros, mas esses dois você tem que saber. Agora, na expiração também tem músculos importantes mas, claro, a expiração parece um processo passivo, mas, quando nós assopramos as velas, temos que forçar a saída do ar e precisamos usar os músculos. Dois deles, vocês precisam saber: o primeiro são os músculos abdominais, que são muito potentes, e o outro, os músculos intercostais internos, o "inter" porque são internos no corpo mas, também, estão entre as costelas. Então, esses dois grupos são os grupos musculares mais importantes na expiração. Sempre tem que lembrar do externo e do interno, e isso vai te ajudar bastante. Continuando, o homem vai inspirar profundamente o ar e depois vai expirar uma parte, com isso, as velas vão se apagar e ele vai poder comer o bolo. Tudo isso está acontecendo de forma voluntária, ou seja, o homem quer apagar as velas. E o que acontece de forma involuntária? Eu vou colocar aqui, os eventos que ocorrem involuntariamente, ou seja, eventos controlados pelo cérebro, e você não precisa se preocupar com isso. Então, para o primeiro exemplo, eu vou desenhar aqui o nariz e a boca e, claro, o ar entrando por eles e ele vai se deparar com a superfície da boca e do nariz, onde nós temos alguns nervos, aqui estão os nervos. Esses nervos percebem o pólen e outros irritantes e que são chamados de mecanorreceptores e são muito sensíveis, por isso, eles podem perceber muitos tipos de coisas como, por exemplo, poeira. Se esses nervos percebem algo, mandam um sinal para o cérebro e, aqui vem a parte legal, o sinal prossegue até chegar no cérebro para comandar algumas ações como: abaixar os músculos do palato, esse aqui é o palato, e, também, elevar os músculos da língua, e eles vão trabalhar juntos para praticamente fechar a garganta. Fica um espaço bem pequenininho por onde pode passar um pouco de ar, mas, a maioria do ar sai por aqui e, assim, nós temos uma grande expiração que significa que o ar é expelido vigorosamente passando pelo nariz e, adivinha o que vai acontecer? É o que chamamos de espirro. Deixa eu te explicar isso aqui. Então, quando uma pessoa espirra é o corpo fazendo uma expiração forçada, na qual o ar é expelido pelo nariz e, com isso, removendo tudo que estava irritando os mecanorreceptores. Então, o espirro, basicamente, é uma expiração forte pelo nariz. Agora, vamos ver outro exemplo de movimento involuntário. Aqui você tem a sua traqueia, as ramificações, você também tem aqui os mecanorreceptores, que também revestem a traqueia e que, quando irritados, também enviarão um sinal ao cérebro e o cérebro vai saber que há algo irritando a traqueia, ou seja, os mecanorreceptores informaram. E, lembra o que tem na extremidade da traqueia? Então, ela tem uma pequena abertura onde se encontram as cordas vocais, então, aqui temos as cordas vocais de um lado e de outro, vou deixar só uma abertura aqui em preto que é onde o ar está passando. Normalmente, o ar passa por aqui quando falamos ou cantamos, então, aqui as cordas vocais estão em branco e nós temos duas cordas vocais e uma fenda entre elas. E o que acontece quando os mecanorreceptores são irritados? O cérebro recebe o comando para duas ações: empurrar o ar para fora usando os músculos abdominais e os intercostais internos e o ar será expulso, e isso vai fechar as cordas vocais por um breve momento, e com esse fechamento, uma pressão será formada internamente, ou seja, a pressão vai aumentar na traqueia e, segundos depois, as cordas vocais abrem-se novamente. O que acontece é que o ar vai ser expulso com muita força, e é isso que nós chamamos de tosse. O que acontece é uma inspiração muito forte provocada por aqueles músculos ali citados, e, com isso, ocorre um fechamento temporário das cordas vocais e isso causa um aumento gradativo da pressão que vai acumulando até que as cordas vocais se abram. É quase que uma mini explosão na traqueia e que nós chamamos de tosse. Eu vou desenhar aqui um último exemplo. Aqui, nós temos o estômago, que também possui mecanorreceptores, e esses nervos percebem que o estômago está bastante cheio e enviam uma mensagem ao cérebro que o estômago está muito distendido. A mensagem foi enviada, mas, qual é a resposta do cérebro? Como no exemplo anterior, eu vou desenhar a traqueia aqui. A traqueia com a ramificação e, eu também vou desenhar aqui, as cordas vocais. Aqui, as cordas vocais pequenas que, inicialmente, vão se abrir e o ar vai passar por causa da inspiração, então, agora nós estamos usando os músculos da inspiração, principalmente o diafragma e os músculos intercostais externos, e, assim como antes, as cordas vocais se fecham repentinamente. E com as cordas vocais fechadas repentinamente, o que acontece? O ar não vai passar de jeito nenhum. Deixa eu apagar aqui, porque o ar não vai mais conseguir passar. O ar, literalmente, se choca com as cordas vocais fechadas e não consegue escapar para lugar nenhum e mais ar vai entrando e se chocando com as cordas vocais fechadas, o que isso causa? O soluço. E é muito interessante como o soluço é o oposto da tosse. Na tosse o ar está sendo expelido quando as cordas vocais são fechadas, já no soluço, o ar é inspirado quando as cordas vocais são fechadas, mas, claro, é algo muito instantâneo, é muito rápido, mas, que causa uma grande alteração. O porquê do soluço ainda é um grande mistério, mas, pelo menos, nós conhecemos o seu mecanismo. Mas é isso aí, pessoal! Até a próxima aula!