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Extinção

As espécies são extintas porque elas não conseguem mais sobreviver e se reproduzir no ambiente alterado. Se os membros não conseguem se adaptar a uma mudança que acontece de forma muito rápida ou drástica, a oportunidade de evolução da espécie se perde. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA10JV - Quando pensamos no termo extinção, tendemos a pensar em eventos como o que acreditamos que aconteceu, há 63 milhões de anos, quando um grande meteoro atingiu a Terra e matou a maioria dos dinossauros. Eu digo a maioria deles porque muitos animais que conhecemos hoje, especialmente os pássaros como as galinhas, muito provavelmente sejam descendentes de alguns dos dinossauros que sobreviveram. E outras espécies, não só os dinossauros, podem ter sido extintas. Mas é evidente que algumas outras espécies sobreviveram. Nossos ancestrais podem ter sido algum tipo de roedor ou um esquilo escavador, que talvez estivesse debaixo da terra e foi capaz de sobreviver aos choques causados pelos meteoros, e de alguma forma conseguiu encontrar comida mesmo quando a Terra estava coberta de poeira. E olha que não devia estar acontecendo muita fotossíntese, viu. Mas eles foram capazes de sobreviver de alguma forma. O que vamos fazer neste vídeo, porém, é pensar sobre uma noção mais sutil de extinção. Nem sempre é causado por essas mudanças massivas no meio ambiente. Ok, um ambiente pode estar, em certo grau, sempre mudando. E quando há variação na população, se o ambiente muda gradualmente, lentamente, muitas vezes há variantes que são membros da população que terão mais probabilidade de sucesso do que outros. E assim as variantes que são mais adequadas para essas mudanças no ambiente vão se reproduzir e sobreviver mais, tornando-se a variante dominante. Com o tempo, pode até ser uma nova espécie. Então, com o tempo, você tem espécies que não vão se extinguir, mas sim especiando no ambiente. Mas, o nosso exemplo de meteorito e dinossauro nos mostra que a mudança nem sempre é gradual, não é? E claramente, em uma situação em que o céu está queimando, como nesse caso aqui dos dinossauros, poucos organismos serão capazes de se adaptar a esse tipo de circunstância. Mas você também pode ter mudanças que acontecem de formas mais rápidas. Isso pode não parecer rápido assim para nós, mas, quando comparamos com o que geralmente acontece, isso é um período pequeno de tempo. Este gráfico aqui na tela mostra extinções desde o ano 1.500. Eu encorajo você a pausar este vídeo e se certificar de que está processando tudo o que está acontecendo neste gráfico. Isso nos diz a porcentagem cumulativa de espécies extintas nos últimos 500 anos ou mais. Então você pode observar que, em relação às espécies que existiam em 1.500, vamos tomar como exemplo os anfíbios, os anfíbios têm uma taxa cumulativa de espécies extintas em torno de 2% e 2,5%. Isso quer dizer que entre 2% e 2,5% dessas espécies de anfíbios foram extintas. Isso não quer dizer, necessariamente, que de 2% a 2,5% dos anfíbios morreram. Isso significa que essas espécies de anfíbios não existem mais. Essa variante de genótipos de anfíbios não existe mais em nosso mundo. Isso é ruim para os anfíbios, mas também é muito ruim para outros animais aqui no gráfico. São espécies que nunca mais veremos e o que também é preocupante é como essas curvas estão disparando para cima, veja. E alguns de vocês podem estar pensando: não há sempre algum nível básico, uma taxa pequena de extinção? Talvez isso não seja muito pior do que a linha base. Isso que é interessante neste gráfico. Veja, ele mostra qual é a base aqui, grafada por essa parte mais cinza do gráfico. Essa pequena região cinza, que nós chamamos de linha base, é a porcentagem cumulativa de espécies com base na taxa de base entre 0,1% a 2% de extinções por milhão de espécies por ano. Então, se você reparar nesta linha de base bem pequena nesta região cinza, se não tivéssemos níveis incomuns de extinção, estaríamos mais ou menos por aqui. Mas como você pode ver, desde 1.500 nós somos bem acima disso, e nós sabemos por que isso está acontecendo. Seus ambientes estão mudando muito, muito rapidamente. E quem é o principal culpado aqui de mudar o ambiente muito rapidamente? Bom, a população de qual grupo conseguiu se expandir em 500 anos? E você diria, claro, seres humanos. Os seres humanos estão aqui destruindo diversos habitats. Você deve imaginar que esse ambiente aqui da Grande São Paulo, por exemplo, é muito diferente da região de São Paulo há 500 anos. E destruímos não só a região onde vivemos, mas outras também, porque precisamos de comida e isso ocupa o bom bocado de espaço, ou seja, ambientes e ecossistemas onde outros animais podem ter vivido. E pode ser uma mudança dramática, já que eles não conseguem mais viver ali. Assim, o uso da terra pelos humanos de forma agrícola não só por mera ocupação, é uma importante fonte de extinções. Outro contexto é quando vamos para o mar e pescamos. Isso pode ser uma fonte de extinção, de falta de diversidade. Quando domesticamos alguns animais também privamos o surgimento natural de diversidade dessas espécies. Coibimos a fonte de variação. É o que ocorre com o gado em algumas situações. Além disso, você pode acrescentar coisas como poluição, aquecimento global, inserção de espécies invasoras. E você pode ver por que essas curvas estão subindo de uma forma muito, mas muito preocupante. E eu vou acrescentar aqui, não é só para nos preocuparmos com os animais, embora seja uma boa motivação para nos preocuparmos, porque uma vez que uma espécie se foi, você nunca vai ter de volta. Mas, em geral, quanto menor a diversidade no nosso planeta, isso significa que nossos ecossistemas vão se tornar cada vez menos robustos às mudanças. Eu deixarei você pensando sobre a reflexão que tivemos na aula de hoje sobre extinção. Bons estudos, e até a próxima!