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Biologia do Ensino Médio
Curso: Biologia do Ensino Médio > Unidade 8
Lição 4: ExtinçãoExtinção
As espécies são extintas porque elas não conseguem mais sobreviver e se reproduzir no ambiente alterado. Se os membros não conseguem se adaptar a uma mudança que acontece de forma muito rápida ou drástica, a oportunidade de evolução da espécie se perde. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
RKA10JV - Quando pensamos
no termo extinção, tendemos a pensar em eventos como
o que acreditamos que aconteceu, há 63 milhões de anos, quando um
grande meteoro atingiu a Terra e matou a maioria dos dinossauros. Eu digo a maioria deles porque
muitos animais que conhecemos hoje, especialmente os pássaros
como as galinhas, muito provavelmente sejam descendentes de
alguns dos dinossauros que sobreviveram. E outras espécies,
não só os dinossauros, podem ter sido extintas. Mas é evidente que algumas
outras espécies sobreviveram. Nossos ancestrais podem
ter sido algum tipo de roedor ou um esquilo escavador, que talvez estivesse
debaixo da terra e foi capaz de sobreviver aos
choques causados pelos meteoros, e de alguma forma
conseguiu encontrar comida mesmo quando a Terra estava
coberta de poeira. E olha que não devia estar
acontecendo muita fotossíntese, viu. Mas eles foram capazes de
sobreviver de alguma forma. O que vamos fazer
neste vídeo, porém, é pensar sobre uma noção
mais sutil de extinção. Nem sempre é causado por essas
mudanças massivas no meio ambiente. Ok, um ambiente pode estar,
em certo grau, sempre mudando. E quando há variação na população, se o ambiente muda
gradualmente, lentamente, muitas vezes há variantes que são
membros da população que terão mais probabilidade de sucesso
do que outros. E assim as variantes que são mais
adequadas para essas mudanças no ambiente vão se reproduzir e sobreviver mais,
tornando-se a variante dominante. Com o tempo, pode até
ser uma nova espécie. Então, com o tempo, você tem
espécies que não vão se extinguir, mas sim especiando no ambiente. Mas, o nosso exemplo
de meteorito e dinossauro nos mostra que a mudança
nem sempre é gradual, não é? E claramente, em uma situação
em que o céu está queimando, como nesse caso
aqui dos dinossauros, poucos organismos serão capazes de
se adaptar a esse tipo de circunstância. Mas você também pode ter mudanças
que acontecem de formas mais rápidas. Isso pode não parecer
rápido assim para nós, mas, quando comparamos
com o que geralmente acontece, isso é um período
pequeno de tempo. Este gráfico aqui na tela mostra
extinções desde o ano 1.500. Eu encorajo você
a pausar este vídeo e se certificar de que está processando
tudo o que está acontecendo neste gráfico. Isso nos diz a porcentagem
cumulativa de espécies extintas nos últimos 500 anos ou mais. Então você pode observar que, em
relação às espécies que existiam em 1.500, vamos tomar como
exemplo os anfíbios, os anfíbios têm uma taxa
cumulativa de espécies extintas em torno de 2% e 2,5%. Isso quer dizer que entre 2% e 2,5% dessas espécies de
anfíbios foram extintas. Isso não quer dizer, necessariamente,
que de 2% a 2,5% dos anfíbios morreram. Isso significa que essas espécies
de anfíbios não existem mais. Essa variante de genótipos de anfíbios
não existe mais em nosso mundo. Isso é ruim para os anfíbios, mas também é muito ruim
para outros animais aqui no gráfico. São espécies que
nunca mais veremos e o que também é preocupante é como essas
curvas estão disparando para cima, veja. E alguns de vocês podem estar pensando: não há sempre algum nível básico,
uma taxa pequena de extinção? Talvez isso não seja muito
pior do que a linha base. Isso que é interessante
neste gráfico. Veja, ele mostra qual é a base aqui, grafada por essa parte
mais cinza do gráfico. Essa pequena região cinza,
que nós chamamos de linha base, é a porcentagem cumulativa de espécies com base na taxa de base
entre 0,1% a 2% de extinções por milhão de espécies por ano. Então, se você reparar nesta linha de
base bem pequena nesta região cinza, se não tivéssemos níveis
incomuns de extinção, estaríamos mais
ou menos por aqui. Mas como você pode ver, desde
1.500 nós somos bem acima disso, e nós sabemos por que
isso está acontecendo. Seus ambientes estão mudando
muito, muito rapidamente. E quem é o principal culpado aqui
de mudar o ambiente muito rapidamente? Bom, a população de qual grupo
conseguiu se expandir em 500 anos? E você diria, claro, seres humanos. Os seres humanos estão aqui
destruindo diversos habitats. Você deve imaginar que esse ambiente aqui
da Grande São Paulo, por exemplo, é muito diferente da região
de São Paulo há 500 anos. E destruímos não só
a região onde vivemos, mas outras também,
porque precisamos de comida e isso ocupa o bom
bocado de espaço, ou seja, ambientes e ecossistemas
onde outros animais podem ter vivido. E pode ser uma mudança dramática,
já que eles não conseguem mais viver ali. Assim, o uso da terra pelos
humanos de forma agrícola não só por mera ocupação, é uma
importante fonte de extinções. Outro contexto é quando
vamos para o mar e pescamos. Isso pode ser uma fonte de extinção,
de falta de diversidade. Quando domesticamos alguns animais também privamos o surgimento
natural de diversidade dessas espécies. Coibimos a fonte de variação. É o que ocorre com o gado
em algumas situações. Além disso, você pode acrescentar
coisas como poluição, aquecimento global, inserção de espécies invasoras. E você pode ver por que
essas curvas estão subindo de uma forma muito,
mas muito preocupante. E eu vou acrescentar aqui, não é só
para nos preocuparmos com os animais, embora seja uma boa motivação
para nos preocuparmos, porque uma vez que uma espécie
se foi, você nunca vai ter de volta. Mas, em geral, quanto menor
a diversidade no nosso planeta, isso significa que
nossos ecossistemas vão se tornar cada vez
menos robustos às mudanças. Eu deixarei você pensando
sobre a reflexão que tivemos na aula
de hoje sobre extinção. Bons estudos,
e até a próxima!