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Biodiversidade

A biodiversidade aumenta por meio da formação de novas espécies (especiação) e diminui por meio da perda de espécies (extinção). Versão original criada por Khan Academy.

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RKA10C Olá! Tudo bem com você? Você vai assistir agora a mais uma aula de Ciências da Natureza. Nesta aula, vamos conversar sobre a biodiversidade. Como você deve ter adivinhado, "biodiversidade" vem de duas palavras: biológico e diversidade. Basicamente falando, a biodiversidade compreende as variações ou a diversidade presente entre as coisas vivas. Mesmo em alguns lugares, como o deserto de Sonora, na América do Norte, em que, à primeira vista, parece não haver muita variedade, pois é um lugar quente e seco... Afinal, é um deserto, não é? Mas mesmo em um lugar como esse, se olharmos de perto, vamos encontrar diferentes tipos de coisas vivas, como o cacto saguaro, lebres, tarântulas, morcegos de cabelo prateado e o papa-léguas, que é o meu favorito. Sendo assim, podemos dizer que o deserto é muito biodiverso. Em outras palavras, é o lar de uma grande variedade de coisas vivas. Uma vez que existem grandes e pequenas diferenças entre diferentes coisas vivas, podemos pensar na biodiversidade em três níveis diferentes. O primeiro e de menor nível de escala é a biodiversidade genética, que é apenas a variação genética dentro de um grupo de organismos. Um ótimo exemplo desse tipo de biodiversidade é o rato de bolso da pedra. Eu sei que a gente precisa encher a boca de palavras para dizer o nome dele... Mas, sinceramente, até que ele é bonitinho, não é? Olha esta foto! Esta é uma espécie que pode ser encontrada no deserto de Sonora. E o legal sobre essa espécie de rato é que existe com um tom castanho ou com uma pelagem de cor preta. Mesmo que ambos os roedores venham da mesma espécie existe uma biodiversidade genética que acaba criando ratos com traços completamente diferentes. E o que é ainda mais incrível é o fato de que essas cores, castanho e preto, surgiram devido à seleção natural. Os cientistas descobriram que há mais ratos de bolso de cor preta em locais com rochas de lava escura e negra, enquanto há mais ratos de bolso castanhos em areias de cores mais claras. Isso faz total sentido porque, se você pensar sobre isso, os ratos são caçados por predadores vindos de cima, como os pássaros. Portanto, ter uma cor de revestimento que se mistura ao ambiente acaba aumentando as suas chances de sobrevivência. Então, ter esse tipo de biodiversidade genética é realmente ótimo, porque os ratos de bolso podem usar muitas paisagens de cores diferentes como habitats. Portanto, se a cor da paisagem mudasse, se, de repente, o ambiente ficasse dominado por rochas de lava escura, essa população de ratos teria a diversidade genética necessária para se adaptar a essa mudança. Agora, o segundo nível é a biodiversidade de espécies, que é a variedade de espécies em uma área particular. Voltando ao deserto de Sonora, há todo tipo de mamíferos, pássaros, plantas e insetos. Mas o que sempre vem à minha mente e que é ainda mais incompreensível é o número absoluto de espécies de morcegos que existem. Tem morcegos de cabelo prateado, como eu falei antes, mas também tem outros, como os morcegos pintados, os morcegos vermelhos ocidentais e até mesmo este tipo chamado de morcego com cara de fantasma de Peter, que eu acho um nome realmente incrível! Você provavelmente está pensando agora: "Ok, isso é realmente interessante... mas e aí?" Bem, assim como a biodiversidade genética, a biodiversidade de espécies é muito importante, porque ter muitas espécies diferentes significa que mais funções podem ser preenchidas em um ecossistema, o que torna o ecossistema mais saudável. Agora, passando para o nível final, temos a biodiversidade do ecossistema, e isso é a variedade dos ecossistemas do planeta. Até agora temos conversado muito sobre o deserto de Sonora, e um deserto é, na verdade, um tipo de ecossistema na Terra. Se você se lembra, ecossistemas são feitos de coisas vivas e de seu ambiente físico. Então, neste caso, no ecossistema do deserto, poderíamos incluir coisas vivas, como cascavéis, escorpiões e cactos, mas também coisas não vivas, como formações rochosas ou dunas. Além dos ecossistemas desérticos, a Terra tem ecossistemas florestais, ecossistemas como os recifes de corais e vários tipos de ecossistemas diferentes. Ter todos esses tipos de ecossistemas é crucial para nossa sobrevivência, porque a diversidade dos ecossistemas na Terra fornece a nós, humanos, importantes recursos e serviços. Portanto, sem a biodiversidade do ecossistema nossa qualidade de vida e nossa sobrevivência podem estar em risco. Então, como você pode ver, cada nível de biodiversidade é incrivelmente importante por razões únicas. Um detalhe importante é que a biodiversidade não permanece constante, então, podemos pensar na biodiversidade como algo que pode mudar com o tempo. Agora, uma coisa que é importante lembrar é que a especiação aumenta a biodiversidade, enquanto a extinção diminui a biodiversidade. Vamos falar sobre a especiação primeiro? A especiação acontece quando uma espécie evolui para duas ou mais espécies ao longo do tempo. Você já deve ter ouvido falar algo em relação a isso, não é? Eu vou desenhar aqui para conversar melhor com você sobre isso. Aqui temos um modelo de especiação simples, ou árvore filogenética. Temos aqui um ancestral em comum que se ramifica em espécies diferentes ao longo do tempo. Esta seta representa o tempo "T", e foram eventos de especiação como esses que levaram à biodiversidade que observamos na Terra hoje. Por outro lado, como eu falei, a extinção faz com que a biodiversidade diminua, e o que queremos dizer com esta palavra "extinção" é que isso ocorre quando uma espécie ou população de coisas vivas morre completamente. Agora, observe que isso pode acontecer em níveis diferentes também. Por exemplo, se uma população for extinta, então, não teremos mais variantes genéticas no fundo genético ou no conjunto de genes de uma espécie em particular. Além disso, se uma espécie for totalmente extinta, ela não existirá mais para cumprir seu papel único ou seu nicho ecológico. Você já deve ter ouvido falar do pássaro Dodô, não é? É uma espécie de pássaro que foi extinto por volta de 1.600. Algumas das principais causas por trás da extinção dos pássaros Dodô inclui caça excessiva, perda de habitat e competição com algumas espécies recém-introduzidas. Aí, infelizmente, o último pássaro Dodô foi supostamente morto em 1.681. Mas, mesmo que a gente não possa mais aproveitar a presença do pássaro Dodô, aprender sobre esse pássaro extinto levanta uma questão muito boa: "Que efeito os humanos têm sobre a biodiversidade agora?" Bem, é triste dizer, mas os humanos estão realmente causando a diminuição da biodiversidade. Coisas como mudança climática, destruição de habitats e superexploração de recursos já causaram uma enorme perda de biodiversidade. E, se você se lembra, ter biodiversidade é essencial para a nossa sobrevivência! Atualmente, a extinção de espécies está ocorrendo a uma taxa de 100 a 1.000 vezes mais rápida do que a taxa de fundo detectado em registros fósseis. E como a taxa de extinção é muito maior do que a taxa de especiação, o resultado é uma perda geral ou diminuição da biodiversidade. Resumindo tudo que conversamos hoje: aprendemos sobre biodiversidade, que é a variedade de vida presente na Terra. Nós falamos também sobre três diferentes níveis de biodiversidade: a biodiversidade genética, a biodiversidade de espécies e a biodiversidade de ecossistema. Também falamos sobre como a biodiversidade não está estagnada ou fixa. Temos eventos de especiação, que podem aumentar a biodiversidade, e de extinção, que podem diminuir a biodiversidade. Aí, finalmente, aprendemos que as ações humanas estão ameaçando a biodiversidade, e que atualmente temos uma taxa maior de extinção do que a taxa de especiação. Espero que você tenha compreendido estas ideias. Mais uma vez, quero deixar para você um grande abraço e dizer que te encontro na próxima!