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Evolução do comportamento em grupo

O comportamento em grupo evoluiu porque o pertencimento pode aumentar as chances de sobrevivência dos indivíduos e de seus familiares genéticos. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA22JL - Alô, alô, moçada! Bora continuar nossa jornada de estudos sobre evolução e seleção natural? Muitas vezes, nós pensamos que somos organismos individuais, sem interações com outras espécies. Uma espécie ou população de uma determinada espécie e as variações podem existir dentro de uma população. Eu já fiz um esquema semelhante para você em vídeos anteriores. Estou simbolizando as variações nessa população por cores. Por vezes, a variação pode não conferir qualquer vantagem ou desvantagem naquele ambiente, mas vamos supor que uma certa variação aconteceu, talvez, porque o ambiente mudou ou, talvez, porque a população está em um novo ecossistema, e essa variação pode conferir vantagens. Por este motivo, essa variante, agora, pode aumentar em frequência nessa população, e os genes que produzem esse fenótipo são cada vez mais propensos a se tornarem mais significativos no “pool” genético. “Pool” genético é um termo que não costumamos traduzir. Essa expressão significa o conjunto de todos os alelos de uma determinada população ou espécie que, num dado momento, ocupa uma determinada área geográfica, em que seus indivíduos trocam livremente entre si os seus genes, e que formarão a base para o fundo genético da geração seguinte. Tem quem traduza isso para reservatório genético, mas é pouco comum. Voltando, então. Se essa variante aqui conferisse uma desvantagem, muito provavelmente ela estaria em menor número no “pool” genético, já que os indivíduos podem não sobreviver até a maturidade reprodutiva para passar esses genes para frente. Mas, até aqui, nós apenas falamos em características que podem afetar, principalmente, as chances de sobrevivência de um indivíduo e a sua reprodução. No vídeo de hoje, não iremos focar apenas em traços individuais, mas na evolução do comportamento de um grupo. A evolução do comportamento de grupo também pode ocorrer. Vamos ver um exemplo disso com um cardume de peixes. Você consegue imaginar o porquê dessa disposição? Vários indivíduos dessa espécie estão aglomerados. Num primeiro momento, pode parecer que o fato desses peixes nadarem em cardumes pode facilitar para um predador simplesmente entrar de boca aberta no meio desses peixes todos e comer até se fartar. Acontece que esse comportamento de nadar em cardumes confere uma vantagem. Acontece que um tubarão como este aqui que eu desenhei para vocês até pode conseguir comer alguns peixes, mas a grande maioria deles serão protegidos. Por estar num aglomerado de peixes, ao invés de um único peixinho nadar por aí tentando ver todos os cantos à procura de um pregador para se proteger, em um cardume, há centenas de peixes atentos ao mesmo tempo. Se alguns deles avistarem um predador, todos os outros saberão dessa informação, compartilhando entre eles. Outro detalhe é que se o peixe estivesse nadando sozinho, a probabilidade de ele virar jantar seria bem maior do que nadando em grandes grupos. Podemos ver esse tipo de comportamento em outros tipos de animais. Em uma manada de gnus, por exemplo, o raciocínio é o mesmo. Um gnu sozinho por aí tem uma chance maior de virar almoço do que se ele estivesse em um grupo repleto deles. Sozinho, seria fácil ser rodeado por hienas e outros predadores, ou até apanhado de surpresa. Outro animal que costuma viver em rebanhos são os elefantes adultos. Eles andam em grandes grupos, protegendo os filhotes e conseguem se proteger quando veem uma ameaça se aproximando. Esses elefantes podem ter até um grau de parentesco entre eles. Mesmo que um elefante se sacrifique, seu filhote será cuidado até a fase adulta pelos outros elefantes do rebanho. Dessa maneira, seus genes têm maior probabilidade de serem transmitidos para as gerações futuras. Mas o comportamento de grupo não diz respeito somente à proteção. Comportamentos de grupo também podem ser vistos no comportamento de predadores. Essa matilha de lobos está atacando este bisão. Esses lobos são menores em tamanho quando comparado com o bisão e, para atacar sozinho, talvez o lobo não tivesse tanto sucesso. Atacando em grupo, aumentam as chances de conseguir derrubar a presa, e isso é um comportamento de predação. Eles não caçam sozinhos, caçam em grupos para poder cercar a presa de forma coordenada e eficiente. Por hoje, é só. Você conhece outros animais que possuem comportamentos de grupo? Os seres humanos também são animais sociais. Será que nós também temos esse tipo de comportamento que acontece em quase todo o reino animal? Bons estudos e até a próxima!