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Biologia do Ensino Médio
Curso: Biologia do Ensino Médio > Unidade 6
Lição 3: Genes, características e o ambienteCruzamento diíbrido e a lei da variação independente
As probabilidades de diferentes genótipos e fenótipos descendentes podem ser determinadas por meio do quadro de Punnett. Um cruzamento diíbrido resulta em uma proporção aproximada de 9:3:3:1 de fenótipos descendentes. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
RKA22JL - Alô, alô,
moçada! Neste vídeo, vamos aprender um pouco mais
sobre a genética mendeliana e quadros de Punnett. Para incrementar um pouco o assunto,
resolvi colocar dois genes diferentes em vez de um. Voltemos aos nossos conhecimentos
adquiridos sobre a planta ervilha. Hoje, pensaremos no gene que confere a cor da ervilha,
e no gene que confere a textura da ervilha. Digamos que, na geração parental, você tenha um dos pais
que é o homozigoto dominante para ambos os genes. Escrevamos
isso aqui. Portanto, é “V” maiúsculo, “V” maiúsculo,
“R” maiúsculo, “R” maiúsculo. Portanto, o fenótipo deste
parental será amarelo e liso. Agora, digamos que esse parental cruze com o outro,
que é o homozigoto recessivo. Fazemos assim. Se é o homozigoto recessivo, “v” minúsculo,
“v” minúsculo, “r” minúsculo, “r” minúsculo. O fenótipo desse indivíduo seria,
portanto, verde e rugoso. O que será que acontece após o cruzamento?
Como será a geração F1? Os gametas possíveis são “V” e “R”,
do primeiro parental, “v” e “r”,
do segundo parental. Na geração F1, teremos, portanto,
“V” maiúsculo, “v” minúsculo, “R” maiúsculo e
“r” minúsculo. O fenótipo será de
ervilhas amarelas e lisas. E se a F1 fizesse uma autofecundação?
No que resultaria? Para realizar o cruzamento e descobrir
como será o fenótipo da geração F2, nós faremos um quadro
de Punnett quatro por quatro. Agora, nós anotamos
o genótipo dos pais. “V” maiúsculo, “v” minúsculo (aqui é a mesma coisa),
e “R” maiúsculo e “r” minúsculo. A mesma coisa aqui, afinal, estamos fazendo
uma autofecundação na geração F1. Chamamos isso de cruzamento de diíbrido, porque
estamos cruzando características com genes diferentes. Nós já falamos sobre
a lei da segregação. O gameta obterá aleatoriamente a cópia
de cada gene, segregando de forma independente. Apenas um
asterisco agora. Sabemos que os genes ficam nos cromossomos
e que um cromossomo possui muitos genes. Esta lei da segregação independente só se aplica para
genes que estão localizados em cromossomos diferentes. Aqui, vamos assumir que esses genes se
segregam, se separam desta maneira, de acordo com a lei da segregação independente,
porque isso é fato para a grande maioria dos genes. Vejamos como fica a
formação dos gametas. O primeiro parental aqui pode
contribuir com um “V” maiúsculo, esse daqui, e com
um “R” maiúsculo. O parental também pode contribuir com um “v” minúsculo,
esse que estamos vendo aqui com um “R” maiúsculo. Anotemos aqui
também, então. Este mesmo parental pode produzir um gameta
com “V” maiúsculo e um “r” minúsculo e, por fim, a última combinação possível
seria com um “v” minúsculo e um “r” minúsculo. O mesmo é válido para
o outro parental aqui. Vou completar
a tabela, então. Muito bem, anotamos todas as
possibilidades de gametas possíveis. O fato de ter a possibilidade de
herdar a cor amarela ou verde independe do fato de poder
obter a textura lisa ou rugosa. Portanto, todas as combinações
aqui são possíveis. Quando os gametas desses parentais aqui se unirem,
poderemos ver o genótipo obtido na prole F2, já que estamos
cruzando a F1 com a F1. Agora, eu encorajo você a pausar o vídeo
e tentar completar o quadro de Punnett. Veja se você consegue obter os
diferentes genótipos que resultarão. Agora, vamos
fazer juntos. Nesse primeiro quadrado de possibilidade aqui,
temos um cenário aonde está recebendo um “V” maiúsculo de um parental e um
“V” maiúsculo do outro parental. Também está recebendo um “R” maiúsculo
de um dos pais e um “R” maiúsculo do outro parental. Neste outro, a possibilidade é receber um “V”
maiúsculo de um dos parentais, um minúsculo do outro, um “R” maiúsculo
de um dos parentais e um “r” minúsculo do outro. Neste terceiro quadradinho de possibilidade,
nós temos um “V” maiúsculo que pode ser dado de um dos parentais e um
“V” maiúsculo do outro parental, um “R” maiúsculo deste pai,
e um “r” minúsculo deste outro. Por fim, neste quarto e último
quadrinho dessa fileira, podemos ter a combinação onde há um “V” maiúsculo
de um pai e um “v” minúsculo do outro parental e um “R” maiúsculo de um pai
e um “r” minúsculo do outro. E, assim, fazemos para
todo o quadro de Punnett. Vou acelerar o vídeo e já preencher
tudo o que falta seguindo a mesma lógica. Se você não havia tentado preencher antes,
pause o vídeo e tente agora. Agora que preenchi todo o quadro,
vamos apenas pensar sobre os diferentes fenótipos. Quais as possibilidades gerarão ervilhas
que são amarelas e lisas? Pause o vídeo e
pense um pouquinho. Para que o fenótipo seja amarelo e liso,
basta possuir um “V” maiúsculo e um “L” maiúsculo. Vou marcar com esta cor para representar,
então, o fenótipo amarelo e liso. Então temos este daqui, amarelo e liso.
Este também, amarelo e liso. Este daqui também, amarelo e liso.
Este daqui também, com o mesmo fenótipo. Aqui em cima, também
temos outro amarelo e liso. Este daqui também, amarelo e liso,
este daqui também, amarelo e liso, este daqui também,
amarelo e liso, e, por fim, este
daqui amarelo e liso. Vamos contar, então? Um, dois, três,
quatro, cinco, seis, sete, oito, nove. Portanto, nove
amarelos e lisos. E, agora, quantas delas
serão amarelas e rugosas? Para ser amarela e rugosa, a ervilha precisa possuir
um “V” maiúsculo e dois “r” minúsculos. Então, com esse fenótipo,
temos este daqui, esse daqui também é amarelo e rugoso,
e este daqui também, amarelo e rugoso. Vamos contar? Um, dois e três.
Anotemos aqui também. E quantas serão
verdes e lisas? Para ser verde e lisa, é necessário que tenhamos
dois “v” minúsculos e um “R” maiúsculo. Portanto, temos aqui,
aqui e aqui de possibilidades. Contemos também.
Uma, duas, três possibilidades. Por fim, quantas serão
verdes e rugosas? Olhe no quadro, veja que falta apenas uma
para terminar de anotar. É essa daqui. Então, temos essa possibilidade
aqui nesta proporção. Portanto, os fenótipos têm uma proporção
de nove para três, para três, para um. Essa proporção foi vista por Mendel
e muitos outros cientistas, de forma estatística. Claro que é improvável que
você tenha esta proporção exata, mas sempre é estatisticamente
muito próxima desses valores. Cada um desses
16 cenários é possível. Bons estudos
e até a próxima!