If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Reações SN1 e SN2 de álcoois

Reações SN1 e SN2 de álcoois. Versão original criada por Jay.

Quer participar da conversa?

Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

RKA4JL – Olá, meu amigo e minha amiga. Nós vamos ver algumas reações de substituição nucleofílicas de álcoois. Partimos do princípio que os mecanismos SN1 e SN2 já são conhecidos por vocês. Começamos aqui com o álcool primário. Por que ele é um álcool primário? Porque o carbono que está ligado na hidroxila, que é o H, está ligado a um carbono, então ele é classificado como um álcool primário. Nós vamos reagir ele com o ácido bromídrico. Então nós temos um átomo forte, o álcool vai se comportar como uma base e nós vamos produzir nesse processo o brometo de alquila. Então, o que vai acontecer? Esse par de elétrons do oxigênio vai atuar como nucleófilo e vai atacar o próton do ácido, ou do HBr, que vai ser o eletrófilo. Então na hora em que ocorre esse ataque, o que vai acontecer? Esse par de elétrons da ligação vai vir para o bromo. O que nós vamos ter aqui produzido? Nós vamos ter os dois carbonos, um, dois carbonos. Ligados nele, o oxigênio. O oxigênio já estava ligado a um hidrogênio. No ataque, no H⁺, formou-se mais uma ligação oxigênio-hidrogênio e nós temos aqui o par de elétrons desemparelhados, ficando com a sua carga positiva. O que aconteceu com o Br? Então, o Br tinha os seus três pares de elétrons, um, dois, três, quatro, cinco e seis, então os três pares, ganhou mais um par, ficando com a sua carga negativa. Seguindo a sequência dos elétrons, o que aconteceu? Esse par de elétrons do oxigênio juntou-se com o hidrogênio e veio produzir essa ligação do O com H. Por outro lado, esse par de elétrons do bromo com o hidrogênio veio formar esse par de elétrons desemparelhados do Br⁻. Precisamos pensar agora no mecanismo SN2. Nele precisamos de um agente nucleófilo e um agente eletrófilo, além de um grupo de saída. Se nós escolhermos o álcool primário em questão, o que vai acontecer? O oxigênio é mais eletronegativo, puxa o par de elétrons para ele, gera uma densidade negativa, o nucleófilo vem e ataca esse carbono, sendo o OH como grupo de saída. Essa não é a nossa melhor opção. Por outro lado, se o bromo vier aqui e atacar este carbono, a água vai ser nosso grupo de saída. Então, essa vai ser a nossa melhor opção. O que vai acontecer? O oxigênio é mais eletronegativo e puxou o par de elétrons para ele. O bromo que tem esse par de elétrons disponível vai ser o agente nucleófilo e vai atacar esse carbono, que é o agente eletrófilo. Consequentemente, esse par de elétrons da ligação carbono-oxigênio vai ser empurrado para o oxigênio. O que nós vamos ter produzido neste processo? Então, nós vamos ter aqui um, um segundo carbono, aqui o bromo que entrou, lembrando que este carbono é o carbono onde teve o ataque do bromo, o ataque nucleófilo. O que mais que foi produzido? O oxigênio estava com seus dois hidrogênios ligados, e tinha um par de elétrons disponível. Com esse par de elétrons vindo do carbono e oxigênio, ele ficou com mais um par. Então o que nós temos de movimentação dos elétrons? Esse par de elétrons veio e atacou o carbono, formando a ligação carbono-bromo, e este par de elétrons que veio do carbono e do oxigênio para a água, formou esse par de elétrons em questão. O mecanismo SN2 ocorre claramente neste processo, onde a gente teve esse ataque nucleófilo nesse eletrófilo, produzindo aqui a água e o bromoetano. Então esse foi o mecanismo SN2. Nesse mecanismo SN2, às vezes podemos pensar na estereoquímica, o que não ocorre nesse caso, porque o carbono que está em vermelho está ligado a dois outros hidrogênios. Então não temos aqui a presença do carbono quiral, ou seja, da estereoquímica. E esse é o único composto produzido aqui, que é o bromoetano, nosso produto final. Então, nós temos aqui um álcool primário produzindo como produto final o bromoetano. Desta vez nós vamos usar aqui um álcool secundário. Por que ele é um álcool secundário? Porque o carbono ligado na hidroxila está ligado a dois outros carbonos. Portanto, ele é um álcool secundário. Nós vimos em vídeos anteriores que ele reage com o cloreto de tosila e com a piridina para formar o tosilato no primeiro passo. O que nós vamos ter produzido nesse primeiro passo? Então nós temos aqui um, dois, três, quatro carbonos. Vamos lembrar aqui da estereoquímica e a forma de cunha. Nós vamos desenhar aqui também a forma de cunha e o oxigênio. O oxigênio tinha seus dois pares de elétrons disponíveis e ligou nele o tosilato, e nós vamos usar a abreviatura de "Ts", que nós vimos também em vídeos anteriores. Temos um ótimo grupo de saída formado e no próximo passo, nós vamos usar o brometo de sódio, que está aqui novamente com o mecanismo SN2. No mecanismo SN2, nós precisamos de um agente eletrofílico e um agente nucleofílico. Então, o que vai acontecer? O oxigênio é mais eletronegativo, vai puxar o par de elétrons para ele, gerando aqui uma densidade negativa e vai gerar nesse carbono uma densidade positiva. Então ele vai ser eletrofílico. Por outro lado, nós temos aqui o bromo com pares de elétrons disponíveis e esse par de elétrons que vai atacar o carbono será o nucleofílico. Então esse par de elétrons vem e ataca o carbono. O que vai acontecer com o par de elétrons entre o carbono e o oxigênio? Ele vai para o oxigênio. Então nós temos aqui essa primeira etapa. Agora, temos que nos preocupar com a estereoquímica. Nós temos aqui esta cunha, vamos marcá-la assim, que indica que essa porção está vindo em nossa direção. Assim, o ânion brometo tem que atacar pelo lado oposto. Por ele atacar pelo lado oposto, ao desenhar o produto, temos que colocar traços. Então vamos desenhá-lo aqui. Nós temos o produto, um, dois, três, quatro, e nós temos aqui os traços para o Br que entrou. Então vamos colocar o bromo com seus um, dois, três, quatro, cinco, seis elétrons, ou três pares. Pelo brometo ter atacado pelo lado oposto, temos que inverter a configuração, inversão total da configuração absoluta. Ao atribuir a configuração absoluta para esse álcool aqui em questão, o que vai acontecer? Nós teríamos uma versão R do enantiômero aqui e o nosso centro quiral estaria neste carbono, que vai ser o mesmo centro quiral do nosso produto, que é este carbono deste lado, sendo que formaríamos a versão S do enantiômero aqui. O mecanismo SN2 inverte a configuração, porque o nucleófilo ataca pelo lado oposto. Vamos ver mais um exemplo aqui, no qual vamos fazer uma reação com o mecanismo SN1 e com um álcool terciário. Por que ele é um álcool terciário? Porque o carbono que está ligado na hidroxila, que é esse carbono, está ligado a três partes carbônicas. Portanto, ele é um álcool terciário. O nome desse álcool terciário é o álcool terc-butílico ou terc-butanol. Ele vai reagir com o ácido clorídrico concentrado. O ácido clorídrico vai funcionar como ácido e o nosso álcool vai funcionar como uma base. O mecanismo que vai acontecer é o SN1. Muito bem. O oxigênio tem dois pares de elétrons, e um par de elétrons dele vai vir e atacar o H⁺ do ácido. Por outro lado, esse par de elétrons do HCl vai vir para o cloro. Então nós vamos ter aqui o cloro, que já tinha três pares, um, dois, três, ganhou mais um e ficou com quatro pares e uma carga negativa. E o que foi produzido? Foi produzido o que nós temos aqui, os três carbonos. Ligado neles vem quem? O oxigênio. O oxigênio tinha um hidrogênio ligado, veio mais um hidrogênio do ataque do par de elétrons com H⁺, ficando somente um par de elétrons disponível, adquirindo uma carga positiva. Movimentação dos elétrons: vamos lá. Esse par de elétrons do H com o Cl é este par de elétrons que nós temos disponível no ânion cloreto. Esse par de elétrons do oxigênio aqui, junto com o hidrogênio, produziu esta ligação do O com H. Novamente temos um ótimo grupo de saída, que é a água. No mecanismo SN1, esse par de elétrons se move para o oxigênio, formando a água e produzindo um carbocátion com carga positiva. Então, vamos desenhar aqui o que foi formado. Nós temos aqui os três carbonos ligados, um, dois, três carbonos ligados. Como ele perdeu essa ligação com o oxigênio, ele vai ficar com carga positiva, ele vai ser o carbocátion. O que aconteceu? O oxigênio da água tinha os dois hidrogênios ligados, um par de elétrons disponível, e ele recebeu mais um par da ligação oxigênio-carbono, produzindo a água em questão. Muito bem. Este carbono aqui, que foi o carbono que perdeu o par de elétrons, é o mesmo que foi formar o carbocátion. Por outro lado, o que aconteceu? Esse par de elétrons que foi para o oxigênio é esse par de elétrons disponível aqui. Então, no mecanismo SN1 nós tivemos produção de um carbocátion e a água como grupo de saída. Esse carbocátion é um carbocátion terciário, por isso que esse álcool reage via mecanismo SN1, por causa da estabilidade do carbocátion. No nosso passo final, temos um nucleófilo que irá atacar o nosso eletrófilo. O que vai acontecer? O ânion cloreto vai vir e atacar o nosso eletrófilo, que é o carbono aqui em vermelho. O produto disso é o cloreto de terc-butila, que é o nosso produto final. Vamos fazer a estrutura dele aqui. Então a gente tinha os três carbonos, o carbono que foi atacado ligando no Cl e o Cl com seus três pares de elétrons disponíveis. Então, vamos analisar a movimentação dos elétrons. Esse par de elétrons em azul veio formar esta ligação do carbono com o cloro, e este carbono do carbocátion é esse carbono aqui. Então, nós formamos neste processo o cloreto de butila e perdemos água também. Essa é uma reação bem fácil de fazer, ocorre na temperatura ambiente e precisa só de álcool terc-butílico e um pouco de ácido clorídrico, sendo que, ao misturá-los, podemos formar o nosso produto final desse jeito. Pensando na estereoquímica e no mecanismo SN1, perceba que esse carbono aqui de vermelho não é um centro quiral. Portanto, não precisamos nos preocupar com a estereoquímica e sua influência no produto final. Refrescando a memória, tratando-se de um mecanismo SN1 para formar um carbocátion, esse carbono aqui tem a hibridação SP2, ou seja, eles são planos. Então nós temos aqui o carbono ligado nos três carbonos formando um plano só. Então, nós temos a presença de um plano só. Como a hibridação é SP2, nós temos a presença de um orbital p "puro". Vamos desenhar esse orbital p "puro" com a carga positiva. Quando o nucleófilo (vamos representar aqui) for atacar esse carbocátion, ele pode atacar tanto de um lado quanto de outro lado desse plano. Caso seu produto final tenha um centro quiral, é necessário pensar na estereoquímica, o que não é o caso aqui. Não há centros quirais neste carbono. Temos então, aqui, alguns exemplos de reações SN1 e SN2 para álcoois.