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Química orgânica
Curso: Química orgânica > Unidade 12
Lição 2: Condensação aldólicaCondensação aldólica intramolecular
Como determinar o produto de uma condensação aldólica intramolecular. Versão original criada por Jay.
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RKA18MP - Vamos dar uma olhada sobre como abordar
a condensação aldólica intramolecular. Aqui na esquerda, a gente tem a 2,5-hexanodiona, e nós vamos adicionar uma base,
o hidróxido de sódio, e calor a essa reação. Dessa maneira, a gente vai formar
esse produto aqui da direita. Nós vamos formar um anel, então vamos
numerar os carbonos aqui na nossa diona. Tanto faz de qual lado a gente começa,
porque é uma molécula simétrica. Nós vamos ter o carbono um,
carbono dois, carbono três, quatro, o carbono cinco,
e finalmente o carbono número seis. Adicionando a nossa base, que é o hidróxido de sódio, a gente vai desprotonar o carbono alfa (α). Então, vamos procurar aqui os nossos carbonos α. O carbono número 1 (C1) pode ser um carbono α,
porque está bem ao lado do carbono da carbonila. O C3 também pode ser um carbono α. Nós temos esses outros também que poderiam
ser carbonos α em relação a essa carbonila. Mas, como essa molécula é simétrica, nós podemos focar nos carbonos C3 e C1
como potenciais carbonos α. Primeiramente vamos pensar em desprotonar o C1. Então, vamos desenhar um próton aqui nesse carbono. Agora, o hidróxido pode pegar esse próton, o que vai deixar esses elétrons aqui nesse carbono. Aqui embaixo, a gente tem a nossa diona
desenhada de outra forma. Vamos numerar os nossos carbonos. Aqui nós temos o C1, C2, C3, C4, o C5 e o C6. Já que nós desprotonamos o C1, esses elétrons em lilás agora ficaram
nesse carbono, formando um carbânion. Esse carbono, agora, fica com uma carga negativa, e o nosso carbânion
vai funcionar como um nucleófilo. Ele vai se ligar a essa carbonila. Aqui na carbonila, a gente sabe
que esse oxigênio tem uma carga parcial negativa, e esse carbono tem uma carga parcial positiva. Então, esses elétrons vão fazer
uma ligação com esse carbono, o que vai empurrar
esses elétrons aqui para o oxigênio. Vamos ver os resultados disso. Aqui, nós vamos ter um anel de cinco carbonos. Nós temos uma carbonila
aqui para cima dessa molécula. Assim, nós formamos o nosso alcóxido. Agora, nós podemos pensar em protonar
esse alcóxido para formar o nosso aldol. Aqui, nós vamos ter um grupo metil. Os elétrons em lilás
agora fazem essa ligação entre carbonos. Mais uma vez, vamos numerar os nossos carbonos. Esse aqui é o C1, C2, C3, C4, C5, e esse aqui é o C6. Esse é o nosso aldol, e agora a gente pode
desprotonar o nosso carbono α, que é esse aqui. Vamos desenhar aqui esse próton α, e vamos desenhar o hidróxido, que pode funcionar
como uma base e pegar esse próton. Esse oxigênio tem três pares solitários de elétrons. Um desses pares solitários de elétrons
pode pegar esse próton. Esses elétrons vão se mover para cá,
formando uma ligação dupla, e esses elétrons vão se mover para cá,
então vamos ter o hidróxido como um grupo de saída. Vamos ver que a gente vai ter como produto agora. Nós vamos ter aqui o anel de cinco carbonos. Aqui para cima, nós temos uma carbonila, e agora, aqui, a gente vai ter uma ligação dupla. Aqui para baixo, nós ainda temos o nosso grupo metil. Nós já tinhamos feito essa ligação
entre os dois carbonos aqui, em lilás. Agora, com a desprotonação desse carbono, esses elétrons aqui em azul se movem
para cá, formando essa ligação dupla. Esse é o nosso produto principal para essa reação. Esse foi o mecanismo
quando a gente desprotonou o C1. Vamos ver agora o que acontece se a gente
desprotona o carbono α numerado como C3. Vamos liberar um espaço aqui para baixo, e nós temos a mesma conformação
que a gente teve ali em cima. Esse é o C1, C2, C3, C4, o C5 e o C6. Se nós desprotonarmos o C3, é aqui que vai estar o nosso carbânion. Então, esse carbono vai ter
um par solitário de elétrons. Esse carbono fica com uma carga negativa, e, agora, esses elétrons podem se ligar
à porção eletrofílica da nossa molécula, e esses elétrons são empurrados
aqui para o oxigênio. Vamos ver o que a gente tem
como resultado dessa movimentação. Dessa vez, a gente formou um anel com três membros. Nós vamos ter o resto da nossa molécula
aqui para cima. Aqui, uma ligação dupla com oxigênio. Aqui, a gente tem um grupo metil.
Para cá, a gente vai ter uma ligação com o oxigênio. Esse é o nosso alcóxido. Agora, a gente pode
protoná-lo para formar o nosso aldol. Vamos numerar os carbonos
para ajudar a gente a se localizar aqui. Esse é o C1, C2, C3, C4, C5 e o C6. Os elétrons aqui em lilás
agora formam essa ligação entre carbonos. O nosso carbono α, o C3,
ainda tem um próton α ligado a ele. Então, nós podemos pensar no hidróxido
funcionando como uma base, pegando um próton da nossa molécula. Esse oxigênio tem três pares solitários
de elétrons e uma carga negativa. O hidróxido vai pegar esse próton. Esses elétrons vão se mover para cá,
formando uma ligação dupla, e esses elétrons vão se mover para o oxigênio. Dessa forma, a gente vai ter
o hidróxido como um grupo de saída. O nosso produto final
vai ser esse anel com três membros. Aqui, a gente vai ter uma ligação dupla. Para cá, a gente tem um grupo metil e, aqui para cima, a gente vai ter a nossa cetona. Então, aqui uma ligação dupla com oxigênio. Nós já tínhamos formado
essa ligação entre os carbonos, e agora esses elétrons
que eu vou pintar aqui em azul se moverão para cá, formando essa ligação dupla. É possível que a gente forme esse produto aqui,
que tem esse anel com três membros. Mas ele não vai ser formado em grandes quantidades, porque aqui nós temos
muita tensão angular acontecendo. Dessa forma, o nosso produto principal vai ser esse
aqui em cima, que tem um anel com cinco membros. Vamos aqui para baixo, fazer um outro exemplo
de condensação aldólica intramolecular. Vamos começar numerando
os carbonos desse composto aqui. Então, aqui nós temos o C1, C2, C3, C4, C5 e o C6. O C1 pode ser um carbono α, o C3 também pode ser um carbono α, e o C4 e o C6 também podem ser carbonos α. Essas são as nossas possibilidades. Os carbonos C3 e C4 vão resultar para a gente
em um produto com muita tensão angular. Então, nós podemos deixá-los de fora. Vamos pensar nos C1 e C6
como potenciais carbonos α. Para decidir entre esses dois,
vamos olhar para a nossa base. Nós vamos usar como base o hidróxido de potássio, que não é uma base muito forte,
e também não tem resistência estérica. Essa base vai favorecer a formação
do enolato termodinâmico, que é o enolato mais estável
porque é o mais substituído. Se nós desprotonarmos o C1, nós vamos ter o enolato cinético,
que é formado mais rápido, mas é menos estável. E se nós desprotonarmos o C1,
a gente vai ter o enolato termodinâmico. Esse carbono α, até então,
tem dois prótons α ligados a ele. Vamos desenhar esses prótons aqui. A nossa base pode pegar um desses prótons, o que vai fazer esses elétrons se moverem
para cá, formando uma ligação dupla, e esses elétrons vão ser
empurrados aqui para esse oxigênio. Vamos fazer a mesma coisa aqui em baixo, onde temos a mesma molécula desenhada
de uma forma diferente. Aqui, nós temos o nosso carbono α. Vamos desenhar um próton α desse carbono. Então, a gente vai ter
o hidróxido funcionando como uma base. Esse oxigênio tem três pares solitários
de elétrons e uma carga negativa. Um desses pares solitários vai pegar esse próton. Esses elétrons vão se mover pra cá, e esses elétrons vão ser
empurrados aqui para o oxigênio. Vamos desenhar o oxiânion
que a gente vai formar. Nós vamos ter alguns carbonos aqui. Aqui para baixo, a gente tem
uma ligação dupla com o oxigênio. Aqui para cima, agora nós temos esse oxigênio
com três pares solitários de elétrons. Vamos desenhar esses elétrons,
e ele fica, então, com uma carga negativa. Aqui, nós vamos ter uma ligação dupla agora. E nós podemos desenhar o resto
do nosso produto, que é o enolato termodinâmico. Esses elétrons, que eu vou pintar aqui em azul, se moveram para cá, formando essa ligação dupla. E esses elétrons, aqui em vermelho, se moveram para cá,
formando o nosso oxiânion. Agora, o nosso oxiânion
vai funcionar como nucleófilo. Então, aqui, a nossa carbonila,
esse oxigênio tem uma carga parcial negativa, e esse carbono tem uma carga parcial positiva. Então, esses elétrons podem se mover para cá, esses elétrons podem se ligar à nossa carbonila, e esses elétrons vão ser deixados no oxigênio. Vamos liberar um espaço aqui para baixo,
para desenhar os resultados dessa movimentação. Agora, nós vamos formar um anel. O nosso anel tem cinco carbonos. Aqui para cima, a gente vai ter uma carbonila. E aqui, nesse carbono,
a gente vai ter alguns carbono saindo dele. Aqui, a gente tem uma ligação dupla
e mais dois carbonos para cá. Assim, nós formamos o nosso alcóxido, e, agora, podemos protoná-lo para formar o nosso aldol. Aqui, nós temos também o grupo metil. Esses elétrons "pi" (π), em azul, agora formam essa ligação entre carbonos. Os elétrons aqui, em vermelho, se moveram
para cá, regenerando a nossa carbonila. Identificando os carbonos, esse carbono
que eu vou circular aqui em vermelho é esse carbono aqui. O carbono aqui em lilás é esse carbono aqui, e esse carbono aqui em verde é esse carbono aqui. Pensando no nosso carbono α,
ele ainda tem um próton α ligado a ele. Então, agora nós podemos ter o hidróxido
funcionando como uma base e pegando esse próton. Então, aqui a gente vai ter
três pares solitários de elétrons e uma carga negativa para esse oxigênio. O hidróxido vai então pegar esse próton, esses elétrons vão se mover para cá,
para formar uma ligação dupla, e esses elétrons vão se mover aqui para o oxigênio. Nós vamos ter o hidróxido como um grupo de saída. Dessa forma, a gente vai ter o nosso produto final. Nós vamos ter aqui o nosso anel de 5 carbonos. Aqui para cima, a gente tem uma cetona. Logo aqui, uma ligação dupla. Esse carbono continua com o grupo
que ele estava ligado, então aqui a gente tem uma ligação dupla
e mais dois carbonos para cá. E, aqui para baixo, a gente tem um grupo metil. Nós já tinhamos formado
essa ligação aqui entre os carbonos, e agora, esses elétrons
que eu vou pintar aqui em lilás se moveram para cá, para formar essa ligação dupla. Essa molécula chamada de cis-jasmone.
Ela é encontrada em flores de jasmim. Essa foi uma reação bem interessante
de condensação aldólica intramolecular, que dá, para a gente, um produto
que é usado na indústria de perfumes.