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Química orgânica
Curso: Química orgânica > Unidade 5
Lição 3: Reações de eliminaçãoReações E2
Reações de eliminação E2. Versão original criada por Sal Khan.
Quer participar da conversa?
- A ligaçao dupla poderia ocorrer no carbono do lado esquerdo do cloro?(1 voto)
- Explique como ocorre a reação orgânica. Existe algum átomo ou ligação principal, responsável por essa reação?(1 voto)
- Reações orgânicas, brevemente apresentadas e exemplificadas no vídeo "Reações E2", são reações químicas envolvendo compostos orgânicos (isto é, que apresentam Carbono em sua composição). Nestes processos, coexiste uma primordialidade envolvendo as ligações duplas ("en"), tanto nas de adição quanto nas de eliminação, como é o caso do Gás Hidrogênio. Ressalta-se, portanto, a ideia de que as quatro ligações a qual o Carbono tem de realizar deve ser, independentemente dos casos, respeitada durante a reação.
Matheus Martins da Silva(1 voto)
- Os átomos eliminados da molécula são para formar produtos com ligações duplas, isso vai ser chamado de E2 porque quando uma coisa é eliminada e os reagentes são participantes da etapa determinante.(1 voto)
- Vocês tem video aula química orgânica em português(1 voto)
- Essa reação envolve a eliminação de dois átomos, quando são eliminados se ligam e formam um ligação dupla, o átomo de hidrogênio é responsável por essa ligação mais do que o carbono.(1 voto)
- Nas reações de eliminação ocorre a diminuição de átomos na molécula, pois estes são eliminados para formar produtos com ligações duplas, no vídeo nos mostra que quando uma reação onde algo é eliminado e ambos os reagentes são participantes da etapa determinante isso vai ser chamado de reação E2.(1 voto)
- O vídeo apresenta um processo de eliminação,ou seja,retira-se os átomos e os grupos de moléculas de determinada substancia,para que se forme uma ligação dupla,e o principal responsável para que este processo ocorra e o átomo de hidrogênio!(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA4JL - Vamos tentar chegar na reação
que acontece quando essa molécula aqui reage com o metóxido de sódio
em uma solução de metanol ou usando o metanol como solvente. E para a gente pegar mais prática com a nomenclatura, se nós contarmos os carbonos, nós
temos um, dois, três e quatro. Então, nós temos "but" aqui. E se olharmos na nossa molécula,
nós só temos ligações simples, então completamos isso com um "ano". Assim, temos um butano. Se você observar, nós temos um cloro aqui também, e se você começar pela esquerda, temos 2-clorobutano (eu vou recolocar a molécula aqui
porque vai ficar mais fácil para a gente). A primeira coisa que nós temos que entender
é que o metóxido de sódio é um sal. Quando não está dissolvido é um
cátion sódio positivo e um ânion negativo. Um cátion sódio positivo e um ânion metóxido negativo (deixe-me desenhar essa parte aqui embaixo). Normalmente, só tem esses dois pares de elétrons aqui, mas dessa vez vai ter mais um aqui mais um par de elétrons livres, ou seja, o oxigênio tem um elétron extra,
por isso ele tem uma carga negativa. Na forma sólida, quando não estão dissolvidos, eles formam uma ligação iônica em uma estrutura cristalina. É um sal, mas quando nós dissolvemos em algum lugar (no nosso caso aqui, a solução de metanol), eles irão se dissociar. E aqui nós temos o nosso metóxido e essa
vai ser uma base muito, muito, muito forte. Se nós usarmos a definição de base de Lewis significa que ele quer realmente
doar esse elétron para alguém, e se usarmos a definição de Bronsted-Lowry, significa que ele quer realmente pegar o próton de alguém. Nessa situação, é isso o que realmente acontece. Eu vou falar para vocês sobre a
reação mais provável de acontecer e vamos falar sobre outras reações em vídeos futuros. Então, ele realmente quer roubar um próton, porque é uma base muito forte, ou seja, ele quer se livrar desse elétron aqui. Vamos dizer que ele doe esse
elétron para esse hidrogênio aqui e esse hidrogênio já possua um elétron. Então, ele vai dar esse elétron para o resto da molécula, quer dizer, ele vai dar esse elétron
aqui para o resto da molécula. Mas se for doar para esse carbono aqui, o carbono já tem quatro ligações. Portanto, é mais provável que ele dê, simultaneamente, para esse carbono aqui. Mas se você observar, o carbono
também está fazendo quatro ligações, então ele não quer esse outro elétron. E aí o que acontece é que, por o cloro,
esse cloro aqui, ser mais eletronegativo, ele vai pegar o elétron para si, ou seja,
o cloro vai pegar esse elétron aqui para si. Isso ocorre simultaneamente, isto é, quando esse elétron aqui se torna
disponível para esse carbono, então o carbono não precisa mais desse outro elétron, por isso o cloro o pega para si, melhor dizendo, o cloro pega esse elétron. Então vamos pensar: se todas essas reações
ocorreram simultaneamente, o que sobrou? Eu vou redesenhar os meus dois
clorobutanos aqui do lado e eu vou apagar o cloro daqui porque ele desemparelhou, ele sumiu. Então, o cloro veio parar aqui e, claro,
nós tínhamos os nossos elétrons aqui. Esse elétron aqui veio parar
aqui porque o cloro já tinha esse elétron. Agora, o elétron em azul veio parar aqui. Isso deu ao cloro uma carga negativa,
e agora ele é o ânion cloro. E eu também tenho os meus elétrons
de valência, que eu vou colocar aqui. Nós temos um, dois, três, quatro, cinco e seis, e eu posso colocar o restante dos seis elétrons aqui para completar os sete elétrons de valência. E claro, como nós ganhamos mais um elétron, agora o nosso cloro vai ficar com oito elétrons e isso vai nos dar uma carga negativa. Eu vou apagar essa parte aqui também.
Vou apagar aqui no meu desenho da direita. Esse elétron em rosa, aqui, foi dado para esse carbono e eu posso colocar aqui no meu desenho da direita. Se você observar, o carbono tem um elétron em verde (estou colocando em verde aqui), que é o mesmo elétron que eu posso colocar aqui. E de repente, nós temos aqui uma ligação dupla (eu vou colocar aqui a ligação), e isso faz com que tenhamos um alceno. Agora, o metóxido pegou o nosso hidrogênio
e eu vou redesenhar o metóxido aqui. Eu tenho um oxigênio com
um carbono e três hidrogênios. No oxigênio, eu vou colocar
cinco elétrons em volta dele. Na verdade, nós temos um, dois, três, quatro, cinco
e mais um elétron com uma ligação com o carbono. E tem esse verde aqui também, que foi dado para o hidrogênio. Então, aqui eu tenho cinco e, com mais um da ligação com o carbono, seis elétrons. Então, ele deu um elétron verde para o hidrogênio... eu vou colocar o hidrogênio,
que ganhou o elétron, da mesma cor e esse hidrogênio aqui também em verde. Portanto, o hidrogênio que está ligado
ao metóxido é esse hidrogênio. Então, nós temos essa ligação
aqui agora, mas o que sobrou? Nós temos um ânion cloro,
então isso aqui é um cloreto. E nós temos, agora, um metanol e essa é uma base muito forte
que agora se tornou o conjugado dele. Agora, nós temos o metanol, que é igual ao solvente e se você contar, você ainda tem
um, dois, três, quatro carbonos, mas agora é um alceno, por causa
dessa ligação dupla aqui. Nós podemos chamar isso de 2-buteno. Vamos pensar, então, no que aconteceu,
porque aconteceu tudo simultaneamente por aqui. Ambos os reagentes estavam presentes e, se nós fôssemos nomeá-los, nós
teríamos um "dois" em algum lugar e alguma coisa seria eliminada, ou seja,
o cloro ou o grupo de cloro seria eliminado, isto é, ele era um grupo eliminável nessa situação. Então, isso aqui foi eliminado. Uma reação onde algo é eliminado e ambos os reagentes são participantes na etapa determinante, ela é chamada de "reação E2". O "E" vem de eliminação e o 2 vêm de ambos os agentes envolvidos na etapa determinante. Claro que não é a mesma reação, mas em SN2 nós temos a substituição. O grupo eliminável saiu
e o nucleófilo entrou no lugar. Foi uma substituição usando o nucleófilo,
por isso o S e o N. Eu vou parar por aqui e depois
vamos entrar em mais detalhes dos diferentes tipos de cada reação
e vamos falar quais são favorecidos e também um pouco sobre E1. E claro, talvez você possa se basear na
experiência que teve com o SN1 e SN2.