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Química orgânica
Curso: Química orgânica > Unidade 5
Lição 5: Sn1 e Sn2- Identificando centros nucleófilos e eletrófilos
- Convenções para setas curvas em química orgânica
- Introdução ao mecanismo das reações orgânicas
- Nomenclatura e classificação de haletos de alquila
- Mecanismo Sn1: cinética e substrato
- Mecanismo Sn1: estereoquímica
- Introdução à estabilidade de carbocátions e reorganizações
- Prática sobre reorganização de carbocátions
- Mecanismo Sn1: reorganização de carbocátions
- Reorganização de carbocátions Sn1 (avançado)
- Mecanismo Sn2: cinética e substrato
- Mecanismo Sn2: estereoespecificidade
- Sn1 e Sn2: grupo abandonador
- Sn1 vs Sn2: efeitos dos solventes
- Sn1 vs Sn2: resumo
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Introdução ao mecanismo das reações orgânicas
Identificação de eletrófilos e nucleófilos. Mostrando o movimento dos elétrons usando setas curvas.
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Transcrição de vídeo
RKA18MP - No último vídeo, nós falamos
sobre nucleófilos e eletrófilos. Neste vídeo, nós vamos aprender
alguns mecanismos de química orgânica e vamos aprender a identificar
eletrófilos e nucleófilos. Também, vamos aprender como mostrar
o movimento dos elétrons durante o mecanismo. Lembrando da eletronegatividade
da química geral, nós temos esse haleto aqui. Como sabemos, esse cloro é mais
eletronegativo que esse carbono. Então, o movimento da densidade
de elétrons vai ser nessa direção. Por isso, esse carbono vai ficar
com uma carga parcial positiva. Do vídeo passado, nós sabemos
que quando isso acontece, este carbono é o centro
eletrofílico para esse composto. Se nós olhamos para esse íon hidróxido aqui, ele pode ser conseguido a partir
de algo como o hidróxido de sódio. E esse oxigênio, aqui, apresenta uma carga negativa, por isso, esse composto aqui é um nucleófilo. Ou seja, o oxigênio é o centro nucleofílico. E, como nós sabemos, cargas opostas se atraem. E, por isso, esses elétrons aqui
vão ser atraídos pela carga positiva. Então, o movimento dos dois elétrons,
que eu vou colocar como uma seta cheia, vai ser para esse carbono aqui. E, simultaneamente, os elétrons dessa ligação vão caminhar para o cloro e vão transformar o cloro em um cloreto. Eu vou colocar o cloro aqui
com seus elétrons de valência, dois aqui, mais dois aqui na direita
e mais dois aqui embaixo. Ele também pegou os dois elétrons para si dessa ligação que eu vou destacar em outra cor. Ou seja, esses elétrons aqui, dessa ligação,
agora caminharam para o cloro, e o cloro agora ele tem mais dois elétrons
e, por isso, ele ficou com uma carga negativa. Ou seja, nós temos esse ânion cloreto aqui, e nós chamamos isso de um grupo de saída. Agora, nós temos uma ligação
entre este oxigênio e este carbono aqui. Esses dois elétrons, aqui, vão formar uma ligação
entre o oxigênio e o carbono. Essa é a ligação que se forma neste álcool. Então, isso daqui é um mecanismo
simples de química orgânica. Não quero que você tenha um profundo
conhecimento ainda sobre esse mecanismo. Eu só quero que você perceba
que o nucleófilo foi atacado, e nós mostramos esse movimento de setas
aqui, que são os movimentos dos elétrons. Ou seja, apenas apreciar como
os nucleófilos e eletrófilos são utilizados em mecanismos de química orgânica. Vamos olhar outro exemplo aqui
começando por este composto. Como nós sabemos, este oxigênio é mais
eletronegativo do que este carbono aqui. Por isso, o oxigênio vai acabar pegando
para si alguns elétrons do carbono. E aí, o movimento dos elétrons vai ser nessa direção. Observe, também, que esse cloro é mais eletronegativo do que o nosso carbono, por isso, ele também
vai pegar para si uma densidade de elétrons. Então, o movimento dos elétrons
vai ser nessa direção. Com isso, o carbono vai ficar
com uma carga parcial positiva. Então, nós podemos dizer que
esse carbono é o centro eletrofílico. À direita, nós temos um ânion acetato, e ele pode vir, por exemplo,
a partir do acetato de sódio. Esse oxigênio tem uma carga formal negativa. Por isso, ele vai ser o centro
eletrofílico deste composto aqui. Como nós sabemos, cargas opostas se atraem. Por isso, esse nucleófilo aqui
vai ser atraído por esse eletrófilo. Então, eu posso representar
o movimento desses elétrons com uma seta curvada, que vai ser essa seta aqui, que representa o movimento dos dois elétrons. Lembre-se que o carbono não pode
ter mais que um octeto de elétrons, Por isso, os elétrons dessa ligação "pi" (π),
aqui, se movem para o oxigênio. Eu vou redesenhar isso aqui
embaixo para você ver melhor. Então, nós temos aqui o oxigênio, que tinha dois pares de elétrons
de valência, que eu vou representar aqui. Agora, ele pegou os elétrons da ligação π,
que eu vou pintar em outra cor. Estes elétrons aqui são os elétrons desta
ligação π, que agora se moveram para o oxigênio. Se eu continuar meu desenho, eu tenho
uma ligação simples aqui com o carbono, o carbono está ligado a outro carbono,
e também está ligado a um cloro, e o cloro ele tem seus elétrons
de valência, que são esses aqui. Quando isso acontece, o oxigênio vai ficar
com uma carga formal negativa, porque ele ganhou elétrons. Nós também temos essa ligação
entre o oxigênio e esse carbono aqui. Ou seja, esses elétrons aqui, agora, vão fazer parte
de uma ligação entre o oxigênio e este carbono aqui,
que eu estou circulando em vermelho. Quando eu faço isso, nós temos
uma ligação simples aqui com o oxigênio. Eu vou colocar o oxigênio na mesma cor,
ou seja, este aqui. Ele tem dois pares de elétrons, e nós podemos completar
a ligação aqui com um carbono, o carbono está fazendo
uma ligação dupla com um oxigênio, e esse oxigênio aqui
tem dois pares de elétrons livres. Eu também tenho essa ligação aqui
com três hidrogênios, ou seja, um grupo metil. Nesse mecanismo, nós temos dois passos. O primeiro passo é onde o nucleófilo ataca ou é atraído pelo eletrófilo. O segundo passo vai ser
o passo que esses elétrons aqui vão se mover para essa ligação,
e vão formar uma ligação dupla. Acontece que esse carbono
não pode ter mais que quatro ligações. Ou seja, ele tem que obedecer à regra do octeto. Com isso, esses elétrons aqui
vão ser dados para o grupo de saída, porque o grupo de saída é bastante eletronegativo. E aí, o cloro vai sair, e vai ter
os seus elétrons de valência, que agora vão ser mais dois, e por isso
ele vai ficar com uma carga negativa. Ou seja, esses elétrons foram doados para o cloro e, por isso, agora nós temos um cloreto. A saída desse cloro deu essa
outra ligação entre oxigênio e o carbono. Isso nos deu esse produto final. Eu não quero que vocês se preocupem tanto
com os mecanismos de reação. Eu quero mais que você pense que o nosso objetivo é identificar o nosso nucleófilo
e os nossos eletrófilos e, também, pensar no movimento,
ou seja, no fluxo de elétrons. Vamos observar mais um mecanismo de reação, e vamos identificar nucleófilos e eletrófilos. Começamos por este composto aqui. Se você observar, esse oxigênio
é mais eletronegativo do que o carbono. Por isso, o oxigênio vai pegar
para si uma densidade de elétrons, ou seja, uma parte dos elétrons do carbono. E aí, o carbono vai ficar
com essa carga parcial positiva. Portanto, esse carbono é o centro eletrofílico. Na primeira etapa, nós estamos
adicionando um propil-lítio. E, como nós sabemos, o carbono
é mais eletronegativo do que o lítio. Por isso, os elétrons vão
se mover nessa direção aqui, e aí, o carbono fica com uma carga parcial negativa. Só que, desta vez, o carbono é muito
mais eletronegativo do que o lítio. Quando isso acontece, o carbono
vai pegar esses dois elétrons para si. Ou seja, ele vai pegar o elétron deste lítio aqui. Se eu vou desenhar isso,
eu tenho aqui os meus carbonos. Esse carbono agora vai ter
dois elétrons, esses elétrons aqui. Isso vai dar para ele uma carga negativa completa. E aí, nós vamos ter um carbânion,
e carbânions são excelentes nucleófilos. Como nós sabemos, cargas opostas se atraem. Por isso, esse nucleófilo aqui
vai ser atraído por esse eletrófilo, que nós já identificamos que é esse carbono. Então, o movimento dos elétrons vai ser
assim, representado por essa seta, e vai formar uma ligação entre os nossos carbonos. Se você lembra, o carbono
não pode fazer mais que quatro ligações. Por isso, os elétrons desta ligação
vão se mover para o oxigênio. Então, nessa primeira etapa,
o eletrófilo foi atacado pelo nucleófilo. Então, eu vou redesenhar aqui o meu anel de carbonos. Este carbono, aqui, está ligado a um oxigênio. E, agora, este oxigênio vai ganhar
mais um par de elétrons livres e, com isso, ele vai ficar com uma carga negativa. Ou seja, os elétrons desta ligação
foram doados para o oxigênio. Seguindo, nós temos a ligação
entre esses dois carbonos aqui. E, agora, eu vou colocar esses carbonos também. Uma grande macete é olhar para o nosso produto. Então, eu coloco os meus carbonos em vermelho e, também, coloco a minha ligação entre os carbonos, que eu vou colocar na mesma cor
que eu coloquei os elétrons ali. Ou seja, esses elétrons aqui formaram
a ligação entre esses dois carbonos. Eu posso colocar os carbonos aqui no meu desenho, esses carbono em vermelho aqui. Eu também posso colocar a ligação
entre este carbono e este carbono. Ou seja, esses elétrons aqui
vão formar esta ligação aqui, que é a ligação entre os dois carbonos. Na primeira etapa, nós tivemos o ataque do nucleófilo e, agora, nós temos essa etapa intermediária. A segunda etapa vai ser essa fonte de prótons aqui. Ou seja, esse íon hidrônio. Eu posso desenhá-lo aqui rapidinho. A segunda parte desse mecanismo é ácido-base, ou seja, esse oxigênio, do nosso desenho intermediário, atua como uma base e tem um próton. O que acontece, nessa etapa, é que esses elétrons aqui
vão pegar os prótons deste hidrogênio e, aí, os elétrons dessa ligação
vão caminhar para o oxigênio. O que eu quero dizer é que esses elétrons aqui vão atrair os prótons desse hidrogênio e vão formar uma ligação com o hidrogênio. Ou seja, essa ligação aqui. Então, o nosso produto final é esse álcool. Novamente, eu quero que vocês prestem atenção
que eu não estou preocupado com os mecanismos, e, sim, com os nucleófilos
e eletrófilos, e como eles agem. Até porque, essa reação
nós vamos ver mais tarde no curso. E por fim, eu quero falar com vocês
sobre os princípios de Schwartz. O professor Schwartz disse coisas importantes. Ele disse que a química orgânica
é composta apenas de cinco elementos. Esses elementos são: elétrons de valência; eletronegatividade; ácido - base; reação de oxirredução; e nucleófilo/eletrófilo. Eu vou voltar, de novo, no exemplo
para você ver que ele tinha razão. Aqui nós temos essas setas, aqui,
que representam o movimento dos elétrons. Nós também vimos eletronegatividade, e também, nessa segunda etapa,
nós vimos que era química ácido-base. Você vê muitas reações ácido-base
em mecanismos de química orgânica. Nosso quarto princípio foi a oxirredução. Aqui, nós vemos que esse composto sofreu uma redução. Ou seja, essa cetona foi reduzida para esse álcool. E, por fim, nucleófilo e eletrófilo, que você viu
no primeiro passo do mecanismo. Se você observar, esses cinco
elementos eles foram utilizados aqui. Se você os gravar, você conseguirá entender
as reações e os mecanismos muito mais fácil.