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O que é a Lei de Faraday?

Aprender o que a Lei de Faraday significa e como usá-la para determinar a força eletromotriz induzida.

O que é indução eletromagnética?

Indução eletromagnética é o processo pelo qual uma corrente pode ser induzida a fluir devido a uma variação no campo magnético.
Em nosso artigo sobre a força magnética, observamos a força gerada com a movimentação de cargas em um campo magnético. A força em um fio condutor devido aos elétrons que se movimentam dentro dele quando existe um campo magnético é um exemplo clássico. Esse processo também funciona ao contrário. Movimentar um fio através de um campo magnético ou variar (igualmente) a força do campo magnético ao longo do tempo pode provocar um fluxo de corrente.

Como isto é descrito?

Existem duas leis principais que descrevem a indução eletromagnética:
  1. A Lei de Faraday, que recebe esse nome para homenagear o físico do século XIX Michael Faraday, relaciona a taxa de variação do fluxo magnético através de uma espira com a magnitude da força eletromotriz E induzida nela. Essa relação é expressa da seguinte forma:
    E=dΦdt
    A força eletromotriz, ou FEM, refere-se à diferença de potencial ao redor da espira descarregado (ou seja, quando a resistência no circuito é alta). Na prática, geralmente é suficiente pensar na FEM como uma tensão, visto que ambas, a tensão e a FEM, são medidas usando a mesma unidade, o volt.
  2. A Lei de Lenz é uma consequência da conservação de energia aplicada à indução eletromagnética. Ela foi formulada por Heinrich Lenz em 1833. Enquanto a Lei de Faraday nos revela a magnitude da FEM produzida, a Lei de Lenz nos revela a direção do fluxo da corrente. Ela afirma que a direção sempre será oposta à variação do fluxo que a produziu. Isso significa que qualquer campo magnético produzido por uma corrente induzida estará na direção oposta à variação do campo original.
A lei de Lenz é tipicamente incorporada na lei de Faraday com um sinal de menos, a inclusão deste permite que o mesmo sistema de coordenadas seja usado por ambos, o fluxo e o FEM. O resultado é frequentemente chamado de Lei de Faraday-Lenz,
E=dΦdt
Na prática, nós frequentemente lidamos com a indução magnética em bobinas com múltiplas espiras de fio na quais cada espira contribui com a mesma FEM. Por essa razão, um termo adicional N, representando o número de enrolamentos, é muitas vezes incluído, ou seja:
E=NdΦdt

Qual é a conexão entre a lei de Faraday da indução e a força magnética?

Embora a fundamentação teórica da Lei de Faraday seja bem complexa, entender o conceito da conexão direta com a força magnética sobre uma partícula carregada é relativamente simples.
Figura 1: Carga em um fio em movimento.
Figura 1: Carga em um fio em movimento.
Considere um elétron que está livre para se mover dentro de um fio. Como mostrado na figura 1, o fio está posicionado em um campo magnético vertical e sendo movido perpendicularmente em relação ao campo magnético com uma velocidade constante. Ambas as extremidades do fio estão conectadas, formando uma espira. Isso garante que qualquer trabalho realizado para criar uma corrente no fio é dissipado na forma de calor na resistência do próprio fio.
Uma pessoa puxa o fio com uma velocidade constante através do campo magnético. Enquanto faz isso, ela tem que aplicar uma força. O campo magnético constante não pode trabalhar sozinho (de outro modo a força dele teria que mudar), mas isso pode mudar a direção de uma força. Nesse caso, parte da força que a pessoa aplica é redirecionada, causando uma força eletromotriz no elétron que viaja no fio, estabelecendo uma corrente. Parte do trabalho que a pessoa exerceu ao puxar o fio, por fim, resulta em energia dissipada na forma de calor na resistência do próprio fio.

O experimento de Faraday: Indução de um ímã movendo-se através de uma bobina

O experimento chave que leva Michael Faraday a determinar sua Lei de Faraday foi bem simples. Ele pode ser facilmente replicado com um pouco mais do que os materiais que possuímos em casa. Faraday usou um tubo de papel com fio isolado enrolado ao redor para formar uma bobina. Um voltímetro foi conectado ao redor da bobina e a FEM induzida lida enquanto um ímã era passado através da bobina. A configuração está mostrada na Figura 2.
Figura 2: O experimento de Faraday: um ímã é passado através de uma bobina.
Figura 2: O experimento de Faraday: um íma é passado através de uma bobina.
As observações foram as seguintes:
  1. Um ímã em repouso dentro ou perto da bobina: Nenhuma tensão observada.
  2. Um ímã se movendo em direção à bobina: Alguma tensão é medida, atingindo um pico enquanto o ímã se aproxima do centro da bobina.
  3. Um ímã passa através do meio da bobina: A tensão medida rapidamente muda de sinal.
  4. Um ímã passa para fora e vai para longe da bobina: A tensão medida está na direção oposta ao caso anterior do ímã se movendo para dentro da bobina.
Um exemplo da FEM medida está plotado em relação à posição do ímã, na Figura 3.
Essas observações são consistentes com a Lei de Faraday. Embora o ímã estacionário possa produzir um grande campo magnético, nenhuma FEM pode ser induzida pois o fluxo através da bobina não está variando. Quando o ímã se move mais próximo da bobina o fluxo rapidamente aumenta até o ímã estar dentro da bobina. Assim que ele passa através da bobina, o fluxo magnético pela bobina começa a diminuir. Consequentemente, a FEM induzida se inverte.
Exercício 1a:
Um pequeno ímã permanente de 10 mm de diâmetro produz um campo de 100 mT. O campo diminui rapidamente com a distância e é insignificante a mais de 1 mm da superfície. Se esse ímã se move numa velocidade de 1 m/s através de uma bobina de 100 voltas e de comprimento 1 mm e diâmetro pouco maior que o ímã, qual é a FEM induzida?
Exercício 1b:
Se o ímã é solto primeiro do polo Norte, em qual direção (horária ou anti horária) a corrente irá imediatamente fluir na bobina?
Exercício 1c:
Imagine que as extremidades da bobina estejam eletricamente conectadas entre si, garantindo que qualquer corrente gerada seja dissipada como calor na resistência dos fios. Que efeito isso teria no ímã que é solto? Dica: considere a conservação de energia.

Indução em fios paralelos

Se um par de fios é colocado paralelamente um ao outro é possível, com uma variação de corrente em um dos fios, induzir um pulso de FEM no fio vizinho. Isso pode ser um problema quando a corrente fluindo nos fios vizinhos representam dados digitais. Em última análise, este efeito pode limitar a velocidade na qual os dados podem ser enviados com segurança desta forma.
Exercício 2:
A Figura 5 mostra um par de fios paralelos. Um deles é conectado a uma bateria por meio de um interruptor e um medidor de corrente enquanto seu vizinho forma uma espira com apenas um medidor de corrente em série. Suponha que o interruptor é brevemente ligado e então desligado. Qualitativamente falando, o que acontecerá com a corrente medida no vizinho?
Figura 6: Pulsos de corrente devido à indução entre fios paralelos.
Figura 6: Pulsos de corrente devido à indução entre fios paralelos.

O que é um transformador?

Da maneira mais simples, um transformador é simplesmente um par de bobinas presas ao mesmo núcleo. O núcleo geralmente é modelado como uma espira quadrada com bobinas primária e secundária enroladas em lados opostos. A construção de um transformador permite ao fluxo magnético gerado por uma variação de corrente em uma bobina induzir uma corrente na bobina vizinha.
Figure 8: Construção de um transformador típico [2]
Figura 8: Construção de um transformador típico [2]
Grandes transformadores são um componente chave de um sistema de distribuição elétrica. Eles são especialmente úteis pois o número de voltas em cada bobina não precisa ser o mesmo. Visto que a FEM induzida depende do número de voltas, transformadores permitem que a tensão de uma corrente alternada seja drasticamente aumentada ou diminuída. Isto é crucial, já que permite que altas voltagens sejam usadas para distribuir eficientemente a energia por longas distâncias, com voltagens muito mais baixas e mais seguras disponíveis para os consumidores.
Para um transformador com nenhuma perda, a tensão alternada gerada através de uma bobina secundária Vs depende da tensão alternada gerada na bobina primária Vp e da relação de voltas nas bobinas primária e secundária (Ns/Np). Visto que a energia é conservada, a corrente máxima disponível aumenta quando a tensão é diminuída.
Vs=VpNsNp

Recomendações

  1. Por Peripitus GFDL ou CC BY-SA 4.0-3.0-2.5-2.0-1.0, via Wikimedia Commons
  2. OpenStax Physics

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