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Biblioteca de Física
Curso: Biblioteca de Física > Unidade 10
Lição 1: Temperatura, teoria cinética e a lei dos gases ideais- Termodinâmica parte 1: teoria molecular dos gases
- Termodinâmica parte 2: lei dos gases ideais
- Termodinâmica parte 3: a escala de Kelvin e um exemplo da lei dos gases ideais
- Termodinâmica parte 4: mols e a lei dos gases ideais
- Termodinâmica parte 5: problema envolvendo a lei molar dos gases ideais
- O que é a lei dos gases ideais?
- A distribuição de Maxwell-Boltzmann
- O que é a distribuição de Maxwell-Boltzmann?
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Termodinâmica parte 2: lei dos gases ideais
Para começar, resolvemos um problema de temperatura constante usando PV=PV. Então, relacionamos a temperatura à energia cinética de um gás. Na segunda metade do vídeo, derivamos a lei dos gases ideais. Versão original criada por Sal Khan.
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- Durante o vídeo eu percebi uma certa dessincronização entre as imagens e o áudio.(4 votos)
- Eu só não entendo quando ele fala que Pressão vezes o Volume é uma constante, por exemplo, se o valor de um mudar o resultado final será outro, então o que ele tenta expressar com esse termo "Constante" ?(3 votos)
- Isso ocorre pois em uma temperatura constante (que não sofre variação), volume é inversamente proporcional a pressão, em outras palavras, quando você aumenta ou diminui o valor de algum o outro também acompanha a mudança inversamente e corrige a equação por isso continua sendo uma constante.(7 votos)
- Porque o 20 é simplificado com o 50 por 10, e o 500 não? E porque o 2 e o 500 são simplificados por 2 e o 5 não? Isso eu não consegui entender.(2 votos)
- Cass, quando você tem por exemplo (10 . 6)/2 = 60/2 = 30, caso você queira simplificar, ou seja, operar com o dois que está dividindo, você deve escolher apenas um dos numeradores, não pode fazer com um e com outro! Com 10 (simplificando com 10): 5 . 6 = 30... Com 6 (simplificando com 6): 10 . 3 = 30... Agora fazer essa conta se transformar em 5 . 3 = 15, é um erro, e só dá isso se for (10 . 6)/4, e aqui sim, pode-se simplificar tanto o 10 quanto o 6 por 2, já que temos um quatro no denominador! Abraço!(1 voto)
- Se o gás fosse monoatômico, o cálculo poderia ser o mesmo?(2 votos)
- Sim! A equação geral dos gases, ou equação de Clayperon, a saber pv = nRT, é válida para qualquer gás ideal. Agora o calor específico e energia interna dos gases, variam... para um gás nomoatômico temos E int = 3/2 nRT, e Cv = 3/2 R; para um gás diatômico Eint = 5/2 nRT e Cv = 5/2 R; Para o gás poliatômico será E int = 3 nRT e Cv = 3R; onde Cv é o calor específico a volume constante. Mas isso é física um pouco acima da média do ensino médio :)
O gás nomoatômico tem três graus de liberdade, xyz... O diatômico tem cinco, pois além dos três básicos pode girar em dois eixos perpendiculares. O poliatômico tem seis graus de liberdade. Cada grau de liberdade contribui com 0,5 nas fórmulas acima...(1 voto)
- nao entendi o que aconteceu com o numero 20 nominutos 3:34(2 votos)
- Emvocê divide ambos lados da equação (lado esquerdo do igual e lado direito) por 10, ou seja: 50/10=5 e 20/10=2. Depois disso, em 3:33, você divide ambos lados da equação por 2, ou seja: 500/2=250 e 2/2=1. A equação resultante dessas duas etapas é 250 * 5 = P2. Logo, P2 = 500 Pa. 3:36(2 votos)
Transcrição de vídeo
RKA6GM Bem-vindos de volta! No último vídeo, eu te disse
que a pressão vezes o volume é uma constante, que se aumentar o volume, vai diminuir a pressão. Espero que tenha obtido um sentido intuitivo
do porquê disso. Da mesma forma, se você espremesse o balão
ou a caixa, e não existisse aberturas ali, então, a pressão dentro da caixa aumentaria. Tendo dito isso, vamos ver se conseguimos fazer alguns problemas razoavelmente típicos que você verá. Digamos, então, que eu tenha uma caixa,
ou um balão ou alguma coisa, e nela tem um volume,
deixe-me chamá-lo de volume inicial. Meu volume inicial é 50 m³. Minha pressão inicial é de 500 Pa (pascal). Só para você se lembrar o que é um pascal,
isso é 500 N/m². Eu pego essa caixa ou balão, ou o que for,
e eu o comprimo para 20 m³. Então, eu comprimo e, então, eu espremo. Esse foi o primeiro exemplo que eu dei da última vez. Era o mesmo recipiente, e eu espremo para 20 m³,
qual será a nova pressão? Você imediatamente deve ter uma intuição,
o que acontece quando você espreme um balão? Fica cada vez mais difícil de fazer isso. Qual será então a nova pressão? Definitivamente será maior,
quando você diminui o volume, a pressão aumenta, eles são inversamente relacionados, a pressão vai subir,
e vamos ver se conseguimos calculá-la. Sabemos que P₁ vezes V₁ é igual a uma constante (K). E desde que não temos mudança agregada de energia, eu, simplesmente, estou dizendo a você
que a caixa está espremida, não estou lhe dizendo se ela executou
algum trabalho ou alguma coisa parecida, a mesma constante vai ser igual à nova pressão vezes
o novo volume, que é igual a P₂ vezes V₂. Você pode ter apenas a relação geral,
P₁ vezes V₁ é igual a P₂ vezes V₂, supondo que nenhum trabalho foi feito e que não houve troca de energia do lado de fora do sistema. Na maioria dos casos, você vê isso em um exame,
que é esse o caso, a pressão atingida era de 500 Pa vezes 50 m³. Uma coisa para manter em mente,
porque a equivalência não é igual, e não estamos dizendo que tem que ser igual
a algum número absoluto necessário, por exemplo, não sabemos exatamente
o que esse "K" é, ainda que poderíamos descobri-lo neste momento. Contanto que você não esteja usando uma unidade para a pressão nesse lado
e uma unidade para o volume desse lado. Você tem apenas que usar as mesmas unidades. Poderíamos ter feito esse mesmo problema da mesma maneira, em vez de metros cúbicos, em litros. Desde que tivéssemos litros aqui também, você tem que verificar se está usando
as mesmas unidades em ambos os lados. Nesse caso, temos 500 Pa como pressão,
e o volume é de 50 m³, isso vai ser igual à nova pressão, P₂,
vezes o novo volume, 20 m³. Vamos ver o que podemos fazer,
podemos dividir ambos os lados por 10. Para que possamos tirar o 10 dali e dividir ambos os lados por 2, de modo que isso se torna 250. Nós temos 250 vezes 5 é igual a P₂, portanto, P₂ é igual a 1.250 Pa. E se ficássemos com as unidades, você teria visto isso. Quando eu diminui o volume cerca de 60%,
tenho pressão aumentada em 2,5. De modo que isso combina
com o que falamos antes. Vamos adicionar uma outra variável a essa mistura,
vamos falar sobre temperatura. Como pressão, volume, trabalho
e um monte de conceitos que falamos em Física, temperatura é algo com o qual você, provavelmente,
tem uma razoável familiaridade. Pelo menos, como você vê a temperatura? Uma temperatura alta significa
que alguma coisa está quente, e uma temperatura baixa significa
que alguma coisa está fria. Eu acho que isso também lhe dá a intuição que um objeto de temperatura mais alta tem mais energia. O Sol tem mais energia do que um cubo de gelo. E eu acho que isso basta. Eu acho que você também tem ideia de que...
o que teria mais energia, uma xícara de chá a 100°, Ou um barril de chá a 100°? Eu quero torná-los equivalentes
em termos do que estão contendo. Eu acho que você tem uma ideia. Mesmo que tenham a mesma temperatura, ambos estão bastante quentes,
vamos dizer que esse está com 100°C, portanto, ambos estão em ebulição, aqui o barril,
porque existe mais do mesmo, vai ter mais energia. Está igualmente quente e existem simplesmente
mais moléculas ali, isso que temperatura é. Temperatura, em geral, é uma medida aproximadamente igual a alguma constante vezes energia cinética, energia cinética média por molécula. Assim, a energia cinética média do sistema dividido pelo número total de moléculas que temos. Outra maneira que poderíamos falar:
temperatura é essencialmente energia por molécula, então, alguma coisa que tem um monte de moléculas,
em que "N" é um número de moléculas. Outra forma de vermos isso
é que a energia cinética do sistema vai ser igual ao número
de moléculas vezes a temperatura. Este é apenas uma constante, vezes 1 sobre "K",
mas sequer sabemos o que é isso, então, poderíamos dizer que ainda é uma constante. Então, a energia cinética do sistema vai ser igual a uma constante vezes
o número de partículas vezes temperatura. Não sabemos o que isso é e vamos descobrir
isso mais tarde. Este é outro conceito interessante. Dissemos que a pressão vezes o volume
é proporcional à energia cinética do sistema, o agregado, se você pegar todas as moléculas
e combinar suas energias cinéticas. Esses não são os mesmos "K", eu poderia colocar
outra constante aqui e chamar isso de K₁. E também sabemos que a energia cinética do sistema é igual a alguma outra constante vezes o número
de moléculas que eu tenho vezes a temperatura. Se você pensar sobre isso, também poderia dizer que isso é proporcional a esse, e esse é proporcional a esse. Você poderia dizer que a pressão vezes o volume é proporcional ao número,
e todos esses são constantes proporcionais diferentes, e descobriremos essa constante exata mais tarde. Então, poderíamos dizer que a pressão vezes o volume é proporcional às moléculas
que temos vezes temperatura, e dissemos que nós podemos ver
temperatura como energia por molécula. Outra maneira que poderíamos dizer é que se essa constante é constante, que é por definição, e o número de moléculas é constante,
temos "PV" sobre temperatura, pressão vezes o volume sobre temperatura vai ser igual
a alguma coisa vezes o número de moléculas. Portanto, poderíamos dizer
que é alguma outra constante, como K₄, essa é outra coisa interessante a se pensar, dissemos que pressão vezes o volume
é igual à pressão vezes o volume e, agora, adicionamos a temperatura na mistura. Poderíamos dizer que P₁ vezes V₁ sobre T₁ é igual a P₂ vezes V₂ sobre T₂,
será que isso faz sentido para você? O que acontece se eu tiver outra caixa? Se eu tiver partículas pulando
para lá e para cá como sempre? Tenho algum volume e alguma quantidade de pressão,
o que acontece quando a temperatura sobe? O que estou dizendo? Estou dizendo que a energia cinética média
por moléculas vai subir, então, elas vão saltar mais contra as paredes. Se elas saltarem mais contra as paredes, a pressão vai subir, assumindo que o volume permaneça fixo. Outra maneira que você poderia pensar nisso,
vamos dizer que a temperatura sobe e a pressão permanece fixa. Então, o que eu tive que fazer? Acabei de dizer que se a temperatura sobe, a energia cinética média de cada molécula
vai fazer com que elas saltem mais. A fim de fazê-las saltar mais contra os lados
da parede com a mesma frequência, eu teria que aumentar o volume. Se você mantiver a pressão constante,
a única maneira que você pode fazer isso é aumentando o volume
enquanto aumenta a temperatura. Vamos manter isso em mente, usaremos isso para resolver alguns problemas
bem típicos no próximo vídeo.