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Conteúdo principal

Os pulmões e o sistema respiratório

A respiração é um processo vital que permite que nosso corpo absorva o oxigênio necessário e expulse o dióxido de carbono residual. O ar entra pelo nariz ou pela boca, desce pela garganta e chega aos pulmões através de tubos chamados brônquios. Esses brônquios se dividem em tubos menores, os bronquíolos, terminando em pequenos sacos de ar conhecidos como alvéolos. O oxigênio atravessa a membrana dos alvéolos para a corrente sanguínea, enquanto o dióxido de carbono passa do sangue para os alvéolos, pronto para ser exalado. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA2JV - Eu já fiz muitos vídeos sobre respiração. Acho que, mesmo antes desses vídeos, você possuía uma noção de que precisamos de oxigênio e liberamos CO₂. Precisamos de oxigênio e liberamos CO₂. Se você assistiu aos vídeos sobre respiração, sabe que precisamos do oxigênio para metabolizar nossa comida, para transformar a comida em ATPs, que podem realizar outros tipos de funções celulares ou outra coisa que tenhamos que fazer  (nos mover, respirar, pensar), enfim, e que, através do processo de respiração, quebramos aqueles açúcares e liberamos CO₂. Então, neste vídeo eu quero dar um grande passo para trás e pensar sobre como nós obtemos o oxigênio para o nosso corpo e como o liberamos de volta no ar. Outra maneira de pensar nisso é como nós nos ventilamos, como deixamos o oxigênio entrar e fazemos o CO₂ sair. E acho que qualquer um de nós poderia, pelo menos, começar este vídeo: isso começa tanto no  nariz como na boca. Tenho sempre o nariz entupido, então, eu tenho que usar minha boca para respirar. Eu durmo com a boca aberta, mas isso sempre começa no nariz ou na boca. Vou desenhar alguém com  um nariz e uma boca. Digamos que esta é uma pessoa, que pode ser eu, com a boca aberta  para que consiga respirar. Os olhos não são tão importantes, mas apenas para você saber que isto é uma pessoa. Então, esta é a minha cobaia, ou a pessoa que eu vou usar para esquematizar. A orelhinha aqui. Vamos colocar, sei lá, um pouco de cabelo. Tudo isso é irrelevante, mas este é o nosso cara. Este é o cara que vai nos mostrar como obtemos ar e como nós tiramos o ar do corpo. Então, vamos olhar dentro deste cara. Posso desenhar o seu exterior primeiro. Deixe-me ver como é que eu posso fazer isso direitinho. Então, este é o exterior do cara, que não está muito bom, mas tudo bem. Digamos que este cara se pareça assim. Ele tem ombros. É o nosso cara, beleza. Na nossa boca, existe a cavidade oral aqui, que é apenas o espaço que a boca cria. Vemos aqui a cavidade oral. Vou desenhar a língua e tudo, enfim. Vamos ver como é que fica. Este espaço dentro da boca  é chamado de cavidade oral. Esta aqui é a cavidade. É oral pela boca, cavidade pelo espaço, ou buraco, ou abertura. É a cavidade oral. Também temos as narinas, e elas se abrem em uma cavidade nasal. Então, este é outro grande espaço. Sabemos que eles vão se conectar por trás do nariz ou por trás da boca, esta passagem bem aqui. Esta passagem aqui, onde eles se conectam, é chamada faringe. Faringe. Quando o ar atravessa o nariz, ou quando respiramos pelo nariz, provavelmente ele é filtrado pelos pelos do nariz e é aquecido. E por que não? Você pode respirar por ambos os lados. O ar tanto passa pela  cavidade nasal como pela oral, e então volta pela faringe. E, então, a faringe divide-o em dois canos: um para o ar, que pode ir também pelo outro, mas o outro é para a comida. Então, sua faringe é dividida. Atrás você tem o seu esôfago. O esôfago aqui, vamos falar mais sobre o esôfago em outro vídeo. Atrás você tem o esôfago e, na frente, a faringe. Vou desenhar uma pequena linha dividindo aqui. Deixe-me desenhar essa conexão assim. Eu estava usando o amarelo. Eu vou usar o amarelo para continuar e vou usar verde para o ar. E este se divide assim. Então, atrás do cano de ar, temos o esôfago. Deixe-me fazer isso com outra cor. É melhor outra cor. Aqui temos o esôfago. Esôfago. Então, bem aqui  está a laringe. Laringe. E eu vou dar atenção à laringe. Esôfago é por onde desce a sua comida. Nós sabemos que também comemos com a boca. Ali, onde queremos que a nossa comida desça, se chama esôfago. Mas o foco deste vídeo é nossa ventilação, o que fazemos com o nosso ar. Eu vou focar em como  o ar atravessa a laringe. E a laringe é também nossa caixa de voz. À medida que você me escuta falar, existem estas coisinhas bem aqui que estão vibrando nas frequências certas e eu sou capaz de dispor do som com a minha boca para fazer este vídeo. Ela é também a caixa acústica, mas eu não quero focar nisso agora. Ela é chamada de caixa de voz por toda essa estrutura anatômica que é mais ou menos assim. Mas, depois que o ar passa pela laringe, e esse é o caminho de entrada, ele vai para a traqueia, que é essencialmente um cano para o ar. Ela é mais ou menos assim. O esôfago é o cano  para a comida. Vou escrever isso aqui. A traqueia é, na verdade, uma estrutura razoavelmente rígida. Ela possui uma cartilagem em volta. E faz sentido que ela possua uma cartilagem. Você pode imaginar  uma mangueira: se você entortá-la muito, não será capaz de obter muita água através dela, ou muito ar. Assim, você não quer que isso curve demais. É por isso que ela precisa ter certa rigidez. Por isso, a cartilagem. Em seguida, ela se divide em dois tubos. E você sabe onde esses dois tubos vão dar. Não estou desenhando em super detalhes, eu só quero que você pegue a ideia. Esses dois tubos são os brônquios, ou cada um deles é um brônquio. Eles também têm cartilagem e são bastante rígidos. Mas o brônquio continua se dividindo. Eles continuam se dividindo em tubos cada vez menores e, em um determinado ponto, eles param de ter cartilagem. Param de ser rígidos, mas eles continuam se dividindo. Vou desenhá-los como estas pequenas linhas. Em algum ponto, eles se tornam como coisas fininhas. Continuam a se dividir, o ar continua se dividindo e se espalhando e seguindo diferentes caminhos. E, quando os brônquios não possuem mais cartilagem à sua volta, eles não são mais rígidos. O primeiro deles, ou melhor, todos os tubos depois desse ponto, são chamados de bronquíolos. São os bronquíolos. Este, por exemplo, podemos chamar de bronquíolo. E não há nada de especial aqui. Isto é apenas um cano que se torna mais fino e mais fino. Nós nomeamos diferentes as várias partes dos canos, mas a ideia é essa. Vamos levá-lo através da boca, ou do nariz, e seguimos dividindo. Essa divisão principal em dois caminhos diferentes nos leva a cada um dos pulmões. Deixe-me desenhar esses pulmões aqui. E esses brônquios. Eles se dividem nos pulmões. E os bronquíolos estão nos pulmões, e é onde os bronquíolos terminam. E aqui é onde a coisa começa a ficar interessante. Preste atenção agora: eles seguem se dividindo em menores e mais finos, e mais finos, nestes pequenos sacos, deste jeito. No fim destes bronquíolos super pequenos, estão estes pequenos sacos de ar super pequenos. Eu vou falar sobre eles já, já. Eles são chamados alvéolos. Alvéolos. Eu usei muitas palavras especiais,  mas a ideia geral é simples. O ar entra através de um cano, esse cano se torna fino e mais fino, e termina nestes pequenos sacos de ar. Então, como esse cano traz o oxigênio para o meu organismo? A chave aqui é que estes sacos de ar são pequenos e possuem paredes, ou membranas, muito, muito finas. Vamos ver mais de pertinho. Vendo mais de perto um desses alvéolos. É só para dar uma ideia. Eles são super, super pequenos. Vou desenhá-los grandes aqui de propósito. Vou desenhá-los bem maiores aqui. Vamos desenhar esse sacos de ar. Então, nós temos esse sacos de ar, mais ou menos assim. E você tem um bronquíolo que termina neste saco de ar. Talvez um bronquíolo termine em outro saco de ar, assim, outro conjunto de sacos de ar, deste jeito. Cada um deles tem só de 200 a 300 mícrons de diâmetro. Então, esta distância aqui, deixe-me trocar de cor. Esta distância é de 200 a 300 mícrons. Caso você não saiba o que é um mícron: um mícron é um milionésimo de metro. Ou você pode vê-lo como um milésimo de milímetro. Então, isto é 200 milésimos de um milímetro. Esta é uma boa forma de visualizar: isso é mais ou menos 1/5 de um milímetro. Se eu tentar desenhar isso na tela, se você vir isto em tela cheia, um milímetro  é aproximadamente isto. Talvez um pouco menor que isso, talvez deste tamanho. Imagine 1/5 disso. É disso que estamos falando, do diâmetro de uma destas coisas. E apenas para colocar no  esquema relativo às células, o tamanho médio de uma célula do corpo humano é de aproximadamente  10 mícrons. É aproximadamente 20 ou 30 células de diâmetro, considerando o tamanho médio de uma célula do corpo humano. Eles possuem uma membrana super fina. Se você os vê como balões, o balão é muito fino, muito mais do que a espessura de uma célula, e estão conectados à corrente sanguínea. Ou uma melhor forma de pensar nisso: que o nosso sistema circulatório passa bem próximo a cada uma dessas coisas. Então, nós temos vasos sanguíneos, que vêm do coração, e eles querem ser oxigenados. Em geral, os vasos sanguíneos que não têm oxigênio, e eu vou falar disso em mais detalhes quando fizer vídeo sobre o coração, o sistema circulatório e os vasos sanguíneos, o sangue sem oxigênio é um pouco mais escuro. Ele parece mesmo um pouco arroxeado. Então, vou desenhá-lo de azul. Estes são os vasos que saem do coração. Logo, este sangue aqui não tem oxigênio, ou foi desoxigenado, ou possui muito pouco oxigênio. E a palavra para os vasos sanguíneos que saem do coração é "artérias". Deixe-me escrever isso. Vou revisar isso quando falarmos sobre o coração. As artérias são vasos sanguíneos que saem do coração. Você provavelmente já ouviu sobre artérias. Vasos que chegam no coração são chamados veias. Saber isso é realmente importante. Mais tarde vamos ver que essas artérias nem sempre carregam oxigênio, ou elas não são sempre desoxigenadas. E veias nem sempre são uma forma ou outra. Vamos entrar em muito mais detalhes quando virmos o coração e o sistema circulatório. Mas apenas lembre-se: artérias saem, veias vão para o coração. Então, estas são artérias, saindo do coração para os pulmões, para os alvéolos, porque querem que o sangue que circula nelas seja oxigenado. Então, o que acontece é que o ar está fluindo pelos bronquíolos e circulando pelos alvéolos, preenchendo-os, conforme pequenas moléculas de oxigênio preenchem os alvéolos e são capazes de cruzar as suas membranas e, essencialmente, serem absorvidas pelo sangue. Eu vou falar um pouco mais quando virmos hemoglobina e glóbulos vermelhos, mas você deve só saber que existem muitos capilares. Capilares são vasos sanguíneos super pequenos, que permitem a passagem do ar, sobretudo do oxigênio e moléculas de dióxido de carbono. As membranas possuem muitos  capilares que permitem a troca de gases. O oxigênio pode entrar nesse sangue. Então, este é um vaso que está vindo do coração. E, então, ele é apenas um tubo. Uma vez que obtém o oxigênio, ele volta para o coração. Este é o ponto onde esse vaso, esse cano, parte de nosso sistema circulatório, vai de uma artéria (porque este está vindo do coração) para uma veia (porque ela está voltando para o coração). E tem um nome especial para essas artérias e veias: elas são chamadas de artérias e veias pulmonares. Então, saindo do coração para os pulmões, para os alvéolos, estas são as artérias pulmonares. Artérias pulmonares. E, voltando para o coração, são as veias pulmonares. Veias pulmonares. Agora você está dizendo: "O que significa 'pulmonares'?" "Pulmo" vem do latim, para os pulmões. Isso literalmente significa que as artérias vão para os pulmões e as veias saem dos pulmões. Quando as pessoas falarem sobre algo pulmonar, estão falando sobre nossos pulmões, ou de algo relacionado a como nós respiramos. Logo, é uma boa palavra para você saber. Você tem oxigênio vindo através da, vamos voltar um pouquinho aqui, da boca ou do nariz, através da faringe, e ele pode chegar ao seu estômago. Podemos explodir o estômago como um balão, mas isso não nos ajuda a levar oxigênio à corrente sanguínea. O oxigênio virá através da laringe, para a traqueia, para o brônquio e, eventualmente, nos bronquíolos, terminando nos alvéolos, sendo capaz de ser absorvido nas artérias e, em seguida, voltando e então, essencialmente, oxigenando o sangue. Os glóbulos vermelhos são vermelhos pois a hemoglobina se torna bem vermelha, ou escarlate, quando possui oxigênio. E então, nós voltamos. Mas, ao mesmo tempo, isso não é só sobre obter oxigênio para as artérias ou para a hemoglobina. É também sobre a liberação de dióxido de carbono. Então, as artérias azuis, vindas dos pulmões, estão indo liberar dióxido de carbono no alvéolo. E isso vai ser exalado. Temos o oxigênio entrando, outras coisas vão entrar, mas o O₂ é o que será absorvido no alvéolo. E então, quando você expira, teremos o dióxido de carbono que estava no sangue e que não será absorvido no alvéolo, mas "espremido" para fora. Eu já vou dizer como ele é espremido. É que essa expulsão, quando o ar sai, ele pode fazer vibrar as cordas vocais, e isso nos permite falar. Mas eu não vou entrar em muitos detalhes agora. A última coisa a considerar sobre todo esse sistema pulmonar, ou sobre os pulmões, é: como isso força o ar para dentro? E como isso força o ar para fora? A forma com que isso é feito é, na verdade, um tipo de bomba, ou de balão. Temos esta grande camada de músculos horizontais. Eu vou escolher uma cor boa aqui. Logo abaixo dos pulmões, que chamamos de diafragma torácico. Bem aqui, nesta cor bonita,  é o diafragma torácico. Diafragma torácico. Quando ele está relaxado, tem um formato arqueado e os pulmões são espremidos. Eles não têm um volume muito grande mas, quando eu inspiro, o que acontece é que esse diafragma torácico se contrai e se torna menor, mas abre, e isso é importante, o espaço onde estão os pulmões. Então, os pulmões podem preencher esse espaço. Então, o que ele faz, essencialmente, é puxar um grande balão, tornando maior o volume dos pulmões. Quando você permite aumentar o volume dos pulmões, eles vão se tornar mais largos à medida que meu diafragma torácico é contraído e se arqueia para baixo, criando mais espaço. E, à medida que o volume se torna maior, a pressão dentro dele diminui. Se você se lembrar da Física, a pressão vezes o volume é uma constante. Quando inspiramos, o cérebro está dizendo para o nosso diafragma se contrair. Então, o diafragma contrai. Temos mais espaço em torno dos pulmões. Os pulmões expandem para preencher o espaço. Temos menos pressão dentro do que fora, ou você pode ver isso como pressão negativa. Assim, o ar sempre quer ir da pressão alta para a baixa, e assim o ar vai fluir para dentro dos pulmões. Esperamos que haja algum oxigênio lá que poderá entrar em nossos alvéolos e acabar nas nossas artérias e, em seguida, voltar às veias como oxigênios ligados à hemoglobina. Vou falar mais sobre isso. Então, quando paramos de contrair o diafragma, ele volta a essa posição arqueada, ele se contrai, como se fosse um elástico. Ele contrai os pulmões, eles expulsam o ar de volta, e esse ar terá muito mais gás carbônico. E, só para ter uma noção disso: eu não posso ver meus pulmões, mas eles não me parecem tão grandes. Como eu faço para obter oxigênio suficiente dentro deles? Por causa desse processo de ramificação e dos alvéolos, a área de superfície dos pulmões é, na verdade, bem maior do que você pode imaginar, ou que eu pudesse imaginar que alguém pudesse me contar. Enfim, eu dei uma olhada nisso. A superfície interna dos seus alvéolos, a área total deles, onde o oxigênio pode ser absorvido ou que o CO₂ pode ser expelido do sangue, é, na verdade, de 75 m². 75 m², em metros, não em pés. Se você pensar nisso, imagine um tipo de lona, ou campo. Isso tem quase 9 por 9 metros, isso é quase 27 por 27 pés. Isso é o tamanho do quintal de muita gente. Isso é o quanto de superfície de ar você tem dentro dos seus pulmões, e tudo isso está dobrado. É como ele consegue agrupar no que parecem ser pulmões relativamente pequenos. Mas isso nos dá bastante área para ar suficiente, suficiente para o oxigênio  cruzar a membrana do alvéolo e ir para o nosso sistema sanguíneo e suficiente para o dióxido de carbono voltar. E só para saber quantos alvéolos temos, eu disse que eles são muito pequenos, nós temos 300 milhões deles em cada pulmão. Em cada pulmão temos 300 milhões de alvéolos. Então, eu espero que isto tenha dado a vocês uma boa noção de como nós levamos o oxigênio para o sistema sanguíneo e colocamos gás carbônico para fora dele. No próximo vídeo eu vou falar mais sobre nosso sistema circulatório, como levamos o oxigênio dos pulmões para o resto do corpo e como levamos o dióxido de carbono do resto do corpo para os pulmões. Fui!