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Prepare-se para anos finais do Ensino Fundamental - Ciências
Curso: Prepare-se para anos finais do Ensino Fundamental - Ciências > Unidade 2
Lição 1: Propriedades dos materiais- Propriedades de matérias-primas
- Líquidos miscíveis, imiscíveis e densidades
- Densidade e a flutuação de corpos
- Densidade
- Dureza e elasticidade dos materiais | Parte II
- Materiais condutores e isolantes elétricos | Parte II
- Condutores e isolantes térmicos
- Condutores e isolantes elétricos e térmicos
- Magnetismo e campos magnéticos
- Magnetismo
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Magnetismo e campos magnéticos
As forças a uma distância são explicadas pelos campos (gravitacional, elétrico e magnético) que permeiam o espaço que são capazes de transferir energia pelo espaço. Imãs ou correntes elétricas geram campos magnéticos; cargas elétricas ou alterações em campos magnéticos geram campos elétricos. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
RKA12JL – Olá!
Tudo bem com você? Você vai assistir agora a mais uma
aula de Ciências da Natureza. E, nesta aula, vamos conversar um pouco
sobre os ímãs e campos magnéticos. Para começar a
falar sobre isso, observe que aqui temos uma imagem
do que hoje chamamos de ímã, em que temos esses pregos de metal
sendo atraídos por essa pedra. Essa pedra tem um nome,
ela é chamada de magnetita. O ser humano conhece a
magnetita há milhares de anos. Na verdade, o nome
vem da Grécia Antiga. Historicamente falando, essas pedras, que
futuramente chamaríamos de magnetita, eram encontradas na Magnésia,
em uma região da Grécia. Inclusive, o elemento magnésio, que
não tem nada a ver com a magnetita, também foi encontrado nessa área,
que é de onde vem o seu nome. Agora, uma coisa interessante
é que as pessoas dessa região observavam vários
fenômenos com essas pedras, como a atração de
metais, por exemplo. Mas não era apenas
isso que era observado. Eles também observaram que, se você tivesse
duas peças de magnetita magnetizadas... ah, um detalhe, na verdade nem
toda magnetita é magnetizada, algo precisa
acontecer com ela. Acredita-se que no início
da formação do planeta quedas de raios magnetizaram
essas pedras naturalmente. Mas, enfim, se você aproximar dois
pedaços de magnetitas magnetizadas em uma determinada orientação,
elas podem se atrair. Mas, se você inverter a orientação, se girar
uma das pedras, elas podem se repelir. Essa noção de orientação, de que
pode haver alguma polaridade, tornou-se mais do que apenas uma
coisa interessante de se observar. Há cerca de dois mil anos, na China Antiga,
foi desenvolvida a primeira bússola, quando os chineses perceberam que, se
você pegasse alguma magnetita magnetizada... que vamos chamar
aqui de ímã, ok?... e você permitisse que ele se movesse
livremente, pendurando-o em um cordão ou fazendo-o flutuar na
superfície da água parada, (que esteja em um
balde, por exemplo), esse pedaço de ímã vai se
orientar de forma consistente, de modo que vai apontar
sempre para a mesma direção. Aí, você pode usar isso para
coisas como a navegação, que os chineses faziam
cerca de mil anos atrás, e que nos ajudou a perceber que a
própria Terra está agindo como um ímã. E, assim como um pequeno ímã que tem
polos diferentes, a Terra também tem. Inclusive é a partir daí que saiu a convenção
para os polos norte e sul de um imã. Agora, provavelmente existe
uma dúvida em sua mente desde a primeira vez que
você viu um ímã em sua vida. Se você tem algum pedaço de metal
aqui que não está tocando o imã (em outro vídeo, a gente pode até conversar
sobre o que tocar realmente significa, até mesmo em
um nível microscópico), mas, supondo que você tenha um prego
aqui que não esteja tocando o ímã, mas observamos que existe alguma
força agindo a distância nesse prego, como esse prego sabe que
está sendo puxado pelo ímã? Ele não tem olhos
e nem ouvidos, então não tem como saber que o ímã
está aplicando uma força sobre ele. Sendo assim, como ele sabe que tem
que se mover na direção do ímã? Há algo nessa região do espaço
que está interagindo com o prego. Ou, se você
pensar nos ímãs, como ele sabe a orientação do outro
ímã para ser atraído ou repelido? Como ele sabe que o outro ímã está lá
e com uma determinada orientação? É aqui que o conceito
de campo é muito útil. Essa ideia de campo foi introduzida
por Michael Faraday no século 19, e isso nos ajuda a pensar nessa
ideia de força agindo a distância. Ele não nos disse exatamente
o que era o campo magnético, mas nos deu uma maneira de prever e
pensar sobre o que está acontecendo. Uma forma de visualizar um campo
magnético é pegar uma barra magnética e colocá-la embaixo de
um pedaço de papel; aí, colocamos limalha de ferro
em cima do pedaço de papel. Dessa forma, veremos
algo acontecendo. Na verdade, eu encorajo você a fazer
isso para observar por você mesmo. Você verá a formação do que
parecem ser linhas, que, essencialmente, estão conectando
os polos norte e sul dessa forma. Essa noção de linhas de campo, que podemos
traçar um pouco mais clara dessa forma aqui, foi introduzida por
Michael Faraday. Inclusive, ele disse: “há
essa coisa chamada campo, que nos diz que, para cada ponto
no espaço ao redor do ímã, ou melhor, que diz para outro ímã ou talvez um
pedaço de metal que está interagindo com ele, o que deve fazer". Por exemplo, se você colocar uma
pequena barra de ímã bem aqui, o lado norte será repelido pelo lado
norte dessa barra magnética maior, e o lado do sul
será atraído por ela. Sabendo disso, se você colocar um ímã aqui
tendo liberdade de movimento, ou uma bússola, para realmente ver qual é a orientação
da direção que será obtida nesse ponto, ele vai se orientar na direção
dessas linhas de campo. E, se você o colocasse aqui,
ele se orientaria dessa forma (isso se você permitir que ele
tenha liberdade de movimentação). Aqui é a extremidade norte
e aqui é a extremidade sul. Aí, se você o colocasse aqui e permitisse
que ele tivesse a liberdade de movimentação, como se fosse a
parte de uma bússola, e se esse for o polo norte e esse for o
polo sul, ele se orientaria dessa forma. Isso ajuda você a traçar as linhas de
campo e também saber o sentido. E, apenas
por convenção, o sentido das linhas de campo é
sempre do polo norte para o polo sul. Um detalhe interessante
que Faraday disse é que isso apenas não informa a direção
e o sentido do campo magnético, mas também o módulo com base na
densidade dessas linhas de campo. Por exemplo, o campo
magnético é mais forte aqui, onde, nessa unidade de área
que eu acabei de criar, você tem linhas de
campo muito densas; enquanto aqui é mais fraco, pois
temos menos linhas de campo. Agora, outra coisa incrível sobre
os ímãs e sua polaridade, e que as pessoas notaram
desde os tempos antigos, é a inseparabilidade
dos polos magnéticos. A princípio, você pode pensar que,
se tivesse um polo norte e um polo sul, talvez você pudesse
separar essas duas coisas. Talvez, se você partisse
um ímã ao meio, você poderia ter um pedaço do
ímã apenas com o polo norte e o outro pedaço do ímã
apenas com o polo sul, mas não é isso o que acontece
quando você parte o imã ao meio. Em vez disso, você fica
com dois novos ímãs, cada um com seus
próprios polos norte e sul. Aí, o detalhe interessante é que
você pode continuar fazendo isso, que continuaremos
tendo sempre dois polos. Os primeiros cientistas
continuaram fazendo isso. Inclusive, disseram não haver nenhum limite
para o quanto você pode cortar esses ímãs. Mas, claro, se você continuar cortando e
cortando, você vai chegar ao nível molecular. Inclusive, em outros vídeos, vamos conversar
sobre como, mesmo em nível molecular você ainda pode ter um pequeno
ímã minúsculo com polaridade. Agora, outra coisa realmente
interessante sobre os ímãs é a conexão entre
magnetismo e eletricidade. As pessoas também observaram que, se
você pegasse um fio condutor de corrente e a corrente elétrica estivesse
se movendo aqui por esse fio, indo da extremidade
positiva para a negativa (ou seja, indo nesse sentido aqui), e você colocasse esse fio próximo a um
pedaço de papel que tivesse limalha de ferro, a gente teria as linhas
de campo se formando, linhas de
campo magnético. A limalha de ferro vai tender
a interagir com imãs, então, de alguma forma, temos um
campo magnético se formando aqui, sendo formado pela corrente
elétrica que está atravessando o fio. A observação desse fenômeno
foi a principal pista de que os fenômenos de eletricidade
magnéticos estão de fato relacionados. Inclusive, é essa relação que nos permite
fazer coisas como motores elétricos ou gerar eletricidade a partir de
turbinas eólicas ou hidráulicas. Isso é algo que foge
do assunto deste vídeo. Mas é bom saber que a eletricidade e o
magnetismo estão relacionados de alguma forma. Um detalhe interessante também é que
sabemos que as coisas são feitas de átomos, e que os átomos são feitos de partículas como
elétrons e prótons que são carregadas. Também sabemos que
uma corrente elétrica é baseada no movimento
de partículas carregadas. Inclusive, quando temos
algo que não é magnético, um pedaço não magnético
de magnetita por exemplo, temos essas cargas se movendo
de forma mais caótica. Mas, se algo acontecer
com ela, talvez um raio, essas cargas podem se alinhar de
alguma forma e se mover em conjunto, formando um
campo magnético. Bem, eu vou embora agora porque eu
acho que eu cheguei em um ponto aqui em que eu nem queria
ter chegado neste vídeo, mas eu acho realmente interessante
ver como todas essas peças de um quebra-cabeça
que vemos na natureza se encaixam de
alguma forma. Bem, eu espero que você tenha
compreendido tudo isso que conversamos, e mais uma vez eu quero deixar
para você um grande abraço e dizer que encontro você
na próxima. Então, até lá!