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Prepare-se para o Ensino Médio - Ciências
Curso: Prepare-se para o Ensino Médio - Ciências > Unidade 4
Lição 3: Sistema reprodutor e sexualidade- Testosterona e puberdade
- Sistema reprodutor masculino
- O sistema reprodutor feminino e a puberdade
- Sistema reprodutor feminino
- Métodos contraceptivos | Parte I
- Métodos contraceptivos | Parte II
- Métodos contraceptivos e gravidez na adolescência
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Métodos contraceptivos | Parte II
Esta vídeoaula é a segunda parte do conteúdo em que abordamos os métodos contraceptivos, comparando os modos de ação, possíveis efeitos colaterais e eficácia no impedimento de uma gravidez indesejada.
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Transcrição de vídeo
RKA - Olá, meu amigo ou minha amiga,
tudo bem com você? Seja muito bem-vindo(a) à segunda parte
da nossa aula de métodos contraceptivos. E, nesta parte, vamos conversar sobre os métodos mais comuns de realizar a contracepção. Os métodos comportamentais, também conhecidos como métodos de abstinência periódica, ou métodos naturais, se baseiam em evitar as relações sexuais vaginais no período fértil do ciclo. Esses métodos evitam a gravidez impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo. Para isso, a mulher evita relações sexuais com penetração vaginal durante o período fértil. É importante eu comentar aqui com você que, em todos os ciclos menstruais, a mulher tem um período em que a relação sexual pode resultar numa gravidez. Esse período é conhecido como período fértil.
O período fértil dura 6 dias, mais ou menos, sendo que um desses dias (o último dia, nesse caso) é o dia da ovulação. Conhecendo essas informações, os métodos baseados na percepção da fertilidade funcionam predizendo os dias férteis em cada ciclo para que a mulher evite as relações nestes dias e, dessa forma, evitar a gravidez. Bem, existem diferentes métodos para detectar o período fértil. Por exemplo, utilizando o histórico menstrual, ou utilizando a observação de sinais físicos durante o ciclo, ou também realizando exames laboratoriais. Diagnosticar com certeza quando ocorrerá a ovulação com uma antecedência de mais de 48 horas é muito difícil, e os ciclos da mulher tendem a ter algumas variações no decorrer do tempo, por isso, todos os métodos para oferecer eficácia anticoncepcional razoável devem ser praticados com períodos de abstinência muito maiores do que 6 dias, ou tendo relações só no período pós-ovulatório, quando há sinais claros de que a ovulação já ocorreu e o óvulo não pode mais ser fecundado. Mesmo seguindo todas as instruções e contando também com a colaboração do parceiro para respeitar as datas de abstinência, alguns desses métodos podem não ter uma eficácia muito alta. Em geral, todos os métodos baseados na percepção da fertilidade são pouco eficazes no uso rotineiro, já que cerca de 20% das mulheres que usam esses métodos engravidam no primeiro ano. Ou seja, 1 de cada 5 mulheres que usam esse método de percepção engravida em um período de um ano. Já conhecendo esse método comportamental, vamos conversar agora sobre os preservativos. É importante lembrar que, dentre todos os métodos contraceptivos, os preservativos (tanto o feminino quanto o masculino) são os únicos que também oferecem uma proteção contra uma infecção sexualmente transmissível, inclusive o HIV e as hepatites virais. A gente também pode falar aqui sobre a pílula anticoncepcional combinada, que são pílulas que contêm dois hormônios similares produzidos pelos ovários da mulher: o estrogênio e a progesterona. Essas pílulas podem ser usadas por quase todas as mulheres com segurança e eficácia. A pílula deve ser tomada sem interrupções durante 21 dias, de preferência no mesmo horário todos os dias. As pílulas combinadas podem ser usadas por mulheres de qualquer idade a partir da primeira menstruação, desde que não apresentem nenhuma contraindicação para o seu uso. Um detalhe: as pílulas não podem ser utilizadas durante a amamentação, pois interferem na qualidade e na quantidade do leite materno. Por falar em amamentação, durante esse período, pode ser utilizada a minipílula anticoncepcional, que é uma pílula que contém apenas um dos hormônios (a progesterona). Ah, e um detalhe: ela só pode ser utilizada a partir da sexta semana após o parto. Também podemos falar aqui dos anticoncepcionais injetáveis. Os anticoncepcionais injetáveis também são feitos de hormônios similares aos das mulheres. E existem dois tipos desses anticoncepcionais: o mensal e o trimestral. Assim como as pílulas anticoncepcionais, as injeções mensais são compostas de estrogênio e progesterona. Com a interrupção da injeção mensal, a fertilidade da mulher, que é a capacidade de engravidar, retorna sem muito atraso. Já com a trimestral pode haver um atraso no retorno da fertilidade da mulher. A injeção trimestral pode ser usada durante a amamentação, mas, nesse caso, seu uso deve ser iniciado seis semanas após o parto. É importante comentar aqui que com o uso da injeção trimestral é muito frequente a mulher ficar sem menstruar; e, em média, o retorno da fertilidade pode demorar quatro meses após o término do efeito da injeção. Então, se a mulher tomar uma injeção trimestral hoje, o efeito dela dura três meses; a fertilidade da mulher pode voltar num período de quatro meses após o fim desse efeito, ou seja, cerca de sete meses após o uso da injeção. Outro método é o dispositivo intrauterino, também conhecido como DIU. O DIU é um pequeno objeto de plástico revestido de cobre colocado no interior da cavidade uterina com fins contraceptivos. Um detalhe é que ele possui um caráter temporário e reversível. Assim, você deve estar falando agora: então, ele provoca um aborto? Não, ele não provoca aborto porque ele atua antes da fecundação. Ele é um método altamente eficaz, já que não apresenta os efeitos colaterais do uso de hormônios e pode ser utilizado para prevenir a gravidez por um período de até 10 anos. O DIU pode ser retirado no momento em que a mulher desejar, permitindo que ela volte imediatamente à sua capacidade de engravidar. O DIU não interfere nas relações sexuais, nem na qualidade ou quantidade do leite materno. A única coisa que precisamos comentar é que ele é contraindicado para mulheres que têm mais de um parceiro sexual, ou cujos parceiros têm outros parceiros ou parceiras, e não usam preservativo em todas as relações sexuais. Também vamos falar aqui sobre a ligadura de trompas, que é uma cirurgia feita no aparelho genital da mulher, através da qual as trompas de falópio, que são as tubas uterinas, são cortadas e amarradas. Isso faz com que os espermatozoides não consigam encontrar o óvulo da mulher, evitando assim que a mulher engravide. Esse é um método permanente, que deixa de ter efeito só se realizar outra cirurgia para desfazer a ligadura. Mas é claro que, aí, nesse caso, a mulher não vai ter mais o nível de fertilidade que tinha antes, ou seja, ela não vai engravidar mais com tanta facilidade. Qual é a eficácia desse procedimento? Bem, no primeiro ano após a cirurgia, a taxa de gravidez é de "0,5" para 100 mulheres, ou seja, 1 em cada 200 mulheres engravida. Depois do primeiro ano as chances de engravidar são muito pequenas. A taxa acumulada de falha em até 10 anos é de menos de 2%. Esse método não faz mal para a saúde; a ligadura de trompas não causa nenhum efeito colateral ou problema de saúde. Por último, vamos conversar aqui sobre a vasectomia, que é uma cirurgia simples feita no aparelho genital do homem através da qual são cortados os canais deferentes, que são os condutores que levam os espermatozoides do testículo até as vesículas seminais, de onde são expelidos durante a ejaculação com o sêmen. Isso faz com que os espermatozoides sejam impedidos de saírem na ejaculação, e, com isso, não vão encontrar o óvulo da mulher. Por isso que um homem que realiza a vasectomia não consegue mais engravidar uma mulher. Ah, um detalhe: esse método é permanente. O homem pode até tentar recuperar a fertilidade, operando novamente para reconstruir os condutos, mas essa operação pode não ter sucesso. É estabelecido, dentro de uma cultura, normalmente a mulher realizar a operação do ligamento das trompas de falópio, e os homens nem tanto. Muitos homens, inclusive, têm o medo de não poder ejacular mais, ou de sentir prazer na relação sexual. É importante que você saiba que, após a realização da vasectomia, depois inclusive de já ter recebido alta médica e se restabelecido da cirurgia, o homem não deixa de ejacular ou de sentir prazer na relação sexual. A vasectomia não afeta a capacidade de sentir prazer, nem a capacidade de ereção do homem, ou seja, o pênis do homem não perde a capacidade de ficar ereto. A vasectomia tem uma eficácia bem interessante: de cada 1.000 mulheres que o parceiro fez a vasectomia, apenas 1 a 3 podem engravidar.
E, como eu já comentei aqui, a vasectomia não causa nenhum efeito colateral ou problema de saúde, e também não afeta a capacidade de ereção do homem ou a sensação de prazer em uma relação sexual. Bem, meu amigo ou minha amiga, nessa aula aqui nós conversamos sobre alguns métodos contraceptivos e mostramos a eficácia de cada um deles e se eles causam efeitos colaterais ou não. Eu espero que você tenha compreendido tudo direitinho e quero aproveitar o momento para deixar aqui para você um grande abraço e até o próximo vídeo!