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Custo de oportunidade e vantagem comparativa usando uma tabela do produto

Neste vídeo, usamos as CPPs de dois países diferentes, cada um produzindo dois bens, a fim de criar uma tabela do produto baseada nos dados do gráfico. Em seguida, usamos a tabela do produto para determinar os custos de oportunidade de produção de cada bem. Por fim, determinamos qual país tem vantagem comparativa em cada bem.

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Transcrição de vídeo

RKA4JL - Olá! Tudo bem? Você vai assistir agora a mais uma aula de economia. Nesta aula vamos traçar uma conexão entre a ideia do custo de oportunidade de produzir alguns bens em dois países e a vantagem comparativa entre esses países na produção desses bens. Para começar, vamos observar aqui esse gráfico que eu coloquei. Ele mostra curvas de possibilidade de produção para dois países diferentes, e como vemos em muitos modelos econômicos, esse é um modelo simplificado de mais, mas ele nos ajuda a obter alguns insights. Enfim, nesse gráfico temos em cada país trabalhadores que só podem produzir alguma combinação de tênis e bola de basquete e ele nos ajuda a compreender muitas ideias sobre essa relação. Mas a gente também poderia pegar as informações apresentadas neste gráfico e montar uma tabela de saída, que você também verá em muitos momentos em vez do gráfico com as curvas de possibilidade de produção. Mas independentemente da forma apresentada, podemos utilizar os dados para calcular os custos de oportunidade dos sapatos e os custos de oportunidade da bola de basquete e aí tentar deduzir algumas coisas sobre a vantagem comparativa. Em uma tabela de saída, a gente olharia para o país A e olharia para o país B e pensaríamos sobre o máximo de bola de basquete que é produzido por cada trabalhador por dia. Também pensaríamos sobre qual é o máximo de sapatos (nesse caso, o par de sapatos), que são produzidos por trabalhador por dia. Deixe-me desenhar aqui as margens da tabela. O que eu gostaria agora é que você pausasse este vídeo e tentasse preencher essa tabela, ou seja, encontre o máximo de bolas de basquete por trabalhador por dia no país A, em seguida no país B e depois faça o mesmo com os sapatos. Ok, fez? Vamos trabalhar juntos agora? Primeiro, no país A. Qual é o número máximo de bolas de basquete? Bem, se no país A eles colocarem todas as suas energias na produção de bolas de basquete, nós estaremos bem aqui na curva de possibilidade de produção. Assim, ele poderia produzir oito bolas de basquete por trabalhador por dia. E se a gente tiver do outro lado da curva, ou seja, se o país A colocar toda a sua energia na produção de sapatos? Ele não produziria bolas de basquete, mas sim seis pares de sapatos. Agora, se a gente for para o país B, qual é o número máximo de bolas de basquete produzidas, caso seja colocado a toda a energia de produção na bola de basquete? Teremos quatro bolas de basquete e nenhum par de sapatos. Então serão quatro bolas de basquete. Mas, agora, se ele colocasse toda a sua energia em pares de sapatos, ou seja, se não produzisse bolas de basquete, ele poderia produzir quatro pares de sapatos. Repare que essa tabela de saída está apenas mostrando os extremos das curvas de possibilidades de produção desses países. Agora com mais informações da tabela de saída e nessas curvas de possibilidade de produção, vamos calcular o custo de oportunidade. Deixe-me escrever isso aqui. Essa vai ser a nossa tabela de custo de oportunidade, C.O. Aí teremos o custo de oportunidade para o país A e para o país B. Vamos pensar aqui sobre os custos de oportunidade de produzir bolas de basquete, ok? E isso vai ser claro em termos de pares de sapatos. Também teremos os custos de oportunidade para a produção de pares de sapatos e isso vai ser em termos de bolas de basquete. Novamente, eu gostaria que você pausasse este vídeo e tentasse preencher essa tabela, ou seja, tente encontrar os custos de oportunidade para cada país. E aí, fez? Vamos fazer juntos, agora? Vamos começar com o custo de oportunidade para a produção de bolas de basquete em termos de sapatos no país A, ok? Existem duas maneiras de pensar sobre isso. Primeiro, imagine o cenário no país A onde não estão sendo produzidas bolas de basquete. Com isso, teremos seis pares de sapato sendo produzidos, não é? Mas se a produção de bolas de basquete começar a aumentar, até a produção chegar a oito bolas sendo produzidas, será preciso desistir da produção de pares de sapatos, ou seja, será preciso deixar de produzir seis pares de sapatos. Observando isso, chegamos à conclusão que no país A oito bolas de basquete custam seis sapatos. Então deixe-me escrever isso aqui. No país A oito bolas de basquete, que eu vou representar apenas com B, de bola, custam 6s, de sapatos. Na verdade, são pares de sapatos, mas eu acho que dá para entender, não é? Outra forma de pensar sobre isso é que se você dividir ambos os lados por oito, teremos que uma bola de basquete é igual a 6/8 sapatos. Bem, o que eu fiz aqui eu fui dizer que oito bolas de basquete custam seis sapatos. Com isso, uma bola de basquete vai custar 6 dividido por 8 pares de sapatos. Isso vai ser igual ao quê? Bem, 6/8 é a mesma coisa que ¾. ¾ de um par de sapatos. Então, uma bola de basquete custa ¾ de um par de sapatos, ou poderíamos dizer 0,75s, onde “s” é um par de sapatos. Não se esqueça que é essa é a minha notação simplificada. E no país B? Bem, no país B, se nenhuma bola de basquete for produzida, teremos quatro pares de sapatos sendo produzidos. Mas se a produção de bolas de basquete começar a ser realizada até quatro bolas, o país B terá que abrir mão da produção de quatro pares de sapatos. Sendo assim, no país B, quatro bolas de basquete custam a produção de quatro pares de sapatos. Ou ainda, dividindo ambos por quatro, teremos que uma bola de basquete custa um par de sapatos. Então uma bola de basquete aqui no país B custa um par de sapatos. Um par de sapatos. Novamente, eu estou usando "s" para representar um par de sapatos, tudo bem? Você também poderia ter conseguido chegar a essa conclusão a partir dessa informação aqui. Você poderia configurar uma equação dizendo o seguinte: "se no país A for colocada toda a energia para a produção de bolas de basquete, ele poderá produzir oito bolas de basquete, mas se for colocada a toda essa mesma energia nos sapatos, teremos a produção de seis pares de sapatos." Então, com a mesma energia, poderia ser produzido qualquer um desses. Assim, se eu quiser o custo de oportunidade para a bola de basquete, Basta dividir os dois por oito e isso é, basicamente, o que eu fiz aqui. Aí eu tenho que uma bola de basquete custa 6/8 de um par de sapatos, ou ¾ de um par de sapatos, que é exatamente o que eu tenho aqui. Agora vamos fazer o custo de oportunidade para um par de sapatos nesses dois países? Bem, também existem algumas maneiras de pensar sobre isso. A primeira é que você poderia apenas ver isso como um inverso, ou você pode até mesmo voltar a essa equação aqui e pensar o seguinte: "se estivermos no país A e colocarmos toda a nossa energia na produção de sapatos, teremos seis pares de sapatos, ou seja, vamos produzir seis pares de sapatos." Mas se colocarmos toda a nossa energia na produção de bolas de basquete, vamos produzir oito bolas de basquete. Aí, se a gente dividir por seis, teremos que um par de sapatos, ou a energia para produzir cada par de sapatos, é equivalente à energia para produzir 8/6 de uma bola de basquete, e 8/6 é a mesma coisa que 4/3 de uma bola de basquete. Se a gente quiser escrever isso de forma decimal, apenas para simplificar ou talvez para facilitar a comparação, a gente colocaria aqui que isso é aproximadamente igual a 1,33. Ah, claro, não se esqueça que isso é uma dízima periódica. O 3 se repete infinitamente. Mas, enfim, temos aqui que aproximadamente 1,33 de uma bola de basquete é o custo de produção de um par de sapatos, ou seja, o custo de oportunidade de um par de sapatos no país A é 1,33 em termos de bola de basquete. E no país B? Bem, no país B poderíamos configurar um tipo semelhante de equação onde a energia para produzir quatro pares de sapatos é a mesma energia para produzir quatro bolas de basquete. A gente divide os dois lados por quatro. Aí temos que a energia de um par de sapatos é igual à energia de uma bola de basquete, ou melhor, a energia para produzir um par de sapatos é igual à energia para produzir uma bola de basquete. Então, o custo de oportunidade para fazer um par de sapatos é igual a uma bola de basquete. Agora estamos prontos para estabelecer a conexão. Dados os custos de oportunidade que calculamos, que país tem a vantagem comparativa na bola de basquete? Pause este vídeo e tente descobrir isso. Vamos fazer juntos aqui, agora, e tentar descobrir o custo de oportunidade de produzir uma bola de basquete em qualquer um desses países? No país A, cada bola de basquete custa a um trabalhador ¾ de um par de sapatos, enquanto no país B custa a ele um par inteiro de sapatos. Então o país A realmente tem o menor custo de oportunidade de produzir bolas de basquete. Sendo assim, o país A tem uma vantagem comparativa aqui. Agora, se olharmos para os sapatos, temos o contrário. O país A tem um custo de oportunidade de 1⅓ das bolas de basquete para cada par de sapatos, enquanto que o país B tem um custo de oportunidade de apenas uma bola de basquete por par de sapatos. Então tem um custo de oportunidade menor. Isso pode ser um pouco contraintuitivo, porque se você olhar aqui no eixo dos sapatos, bem aqui, o país A tem uma vantagem absoluta na produção de sapatos. Afinal, um trabalhador por dia no país A pode produzir seis pares de sapatos, enquanto que um trabalhador no país B só pode produzir quatro pares de sapatos. Mas mesmo que o país A tenha a vantagem absoluta, faria sentido para o país A focar na bola de basquete, enquanto o país B se concentra em calçados. Eu espero que você tenha compreendido essa ideia e em um outro momento vamos ver como eles podem realizar um comércio um com o outro e por que é interessante eles se concentrarem em suas vantagens comparativas, pelo menos de acordo com esse modelo teórico muito simplificado. Enfim, eu quero deixar aqui para você um grande abraço e dizer que encontro você na próxima!