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Cristianismo: uma introdução para o estudo da história da arte

O quão pouco nós sabemos
Quase nada se sabe sobre Jesus além dos registros bíblicos, embora saibamos bem mais sobre o contexto cultural e político em que ele viveu; por exemplo, Jerusalém no primeiro século. O que temos a seguir é um resumo histórico introdutório do Cristianismo. Não é necessário afirmar que existem muitas interpretações e divergências entre os historiadores.
Mosaico, Mausoléu de Gala Placídia, 425 d.C., Ravenna, Itália

O Bom Pastor, Mausoléu de Gala Placídia, 425 d.C., mosaico, Ravena, Itália

Jesus x Roma

O Jesus bíblico, descrito nos Evangelhos como o filho de um carpinteiro, era um Judeu e um defensor dos desfavorecidos. Ele se rebelou contra a ocupação do governo Romano do território onde era então a Palestina (a esta altura o Império Romano se estendia além do Mediterrâneo). Ele foi crucificado por perturbar a ordem social e desafiar a autoridade dos Romanos e de seus líderes Judaicos locais. Os Romanos crucificaram Jesus, um método típico de execução, especialmente para aqueles acusados de crimes contra o governo.
Os seguidores de Jesus afirmam que após três dias ele ressuscitou do seu túmulo e depois ascendeu aos céus. Seus seguidores originais, conhecidos como discípulos ou apóstolos, viajaram grandes distâncias e espalharam a mensagem de Jesus. Sua vida está registrada nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, que se encontram no Novo Testamento. "Cristo" significa o messias ou salvador (essa crença em um salvador é uma parte tradicional da teologia Judaica).

Antigo e Novo Testamentos

No início, havia muitas formas como o Cristianismo era praticado e entendido, e apenas a partir do século II o Cristianismo começou a ser entendido como uma religião distinta do Judaísmo (é bom lembrar que o próprio Judaísmo possuía várias seitas diferentes). Às vezes os Cristãos eram severamente perseguidos pelos Romanos. No início do século IV, o Imperador Romano Constantino vivenciou uma conversão milagrosa e tornou legalmente aceitável ser um Cristão. Menos de cem anos mais tarde, o Imperador Romano Teodósio tornou o Cristianismo a religião oficial do Estado.
Sacrifício de Isaque, mosaico, início do século VI, San Vitale, Ravena, Itália
Sacrifício de Isaque, mosaico, início do século VI, San Vitale, Ravena, Itália
Os primeiros Cristãos eram Judeus (de cuja bíblia chamamos de Antigo Testamento ou Bíblia Hebraica). Mas logo pagãos também se converteram para esta nova religião. Os Cristãos viram as previsões dos profetas da Bíblia Judaica se realizarem na vida de Jesus Cristo, por isso a “Bíblia” dos Cristãos inclui tanto a Bíblia Hebraica (ou o Antigo Testamento) quanto o Novo Testamento.
Além do cumprimento da profecia, os Cristãos viram paralelos entre os eventos da Bíblia Hebraica e Novo Testamento. Estes paralelos, ou prenúncios, são chamados de tipologia. Um exemplo seria a disposição de Abraão em sacrificar seu filho, Isaac, e o posterior sacrifício de Cristo na cruz. Muitas vezes vemos essas comparações mostradas na arte Cristã como uma revelação do plano de Deus para a salvação da humanidade.

Diferentes cristianismos

Ao contrário das religiões Grega e Romana (havia uma religião oficial do "estado", bem como outros cultos), o Cristianismo enfatizou a crença e um relacionamento pessoal com Deus. As doutrinas, ou ensinamentos principais, do Cristianismo foram determinadas em uma série de concílios no início do período Cristão, como o Concílio de Nicéia, em 325. Isto resultou em uma declaração de crença comum conhecida como o Credo Niceno, que ainda é usado hoje por algumas igrejas.
Mesmo assim, há grande diversidade na crença e na prática Cristãs. Isto era verdadeiro mesmo nos primórdios do Cristianismo, quando, por exemplo, os Arianos (que acreditavam que os três componentes da Santíssima Trindade não eram iguais) e os Donatistas (que declaravam que padres que tinham renunciado à sua fé cristã durante os períodos de perseguição não poderiam administrar os sacramentos), eram considerados heréticos (pessoas que vão contra o ensinamento oficial). Hoje existem aproximadamente 2,2 bilhões de Cristãos que pertencem a uma grande variedade de seitas.
Os dois ramos dominantes iniciais do Cristianismo eram as Igrejas Católica e Ortodoxa, enraizadas na Europa Ocidental e Oriental, respectivamente. O Protestantismo (e suas diferentes formas) surgiu apenas mais tarde, no começo do século XVI. Antes disso havia essencialmente apenas uma igreja na Europa Ocidental, que iríamos chamar hoje de igreja Católica Romana (para diferenciá-la de outras formas de Cristianismo no Ocidente como o Luteranismo, Metodismo, etc.). O cristianismo se espalhou por todo o mundo. No século XVI, os Jesuítas (uma ordem Católica) enviaram missionários para a Ásia, a América do Norte e a do Sul, e para a África, muitas vezes em parceria com a expansão colonial da Europa.

Doutrinas

Trindade com Maria e João (detalhe), Masaccio, Santíssima Trindade, c. 1427, afresco, 667 x 317 cm, Santa Maria Novella, Florença
Trindade (Cristo, Deus Pai e o Espírito Santo simbolizado como uma pomba) com Maria e João (detalhe) Masaccio, Santíssima Trindade, c. 1427, Afresco, 667 x 317 cm, Santa Maria Novella, Florença
O cristianismo mantém a crença de que Deus tem uma natureza tripartida, que Deus é uma trindade (Deus Pai, o Espírito Santo e Jesus Cristo), e que foi a morte de Jesus na Cruz, seu sacrifício, que abriu aos seres humanos a possibilidade da vida eterna no céu. Na teologia Cristã, Cristo é visto como o segundo Adão, e Maria (mãe de Jesus), como a segunda Eva. A ideia aqui é que se por um lado Adão e Eva cometeram o pecado original e foram expulsos do paraíso (o Jardim do Éden), por outro lado Maria e Jesus tornaram possível para seres humanos obterem a vida eterna no paraíso (o céu) por meio do sacrifício de Cristo na cruz.
A prática Cristã se centra no sacramento da Eucaristia, que é às vezes chamada de Comunhão. Os Cristãos comem pão e bebem vinho para lembrar o sacrifício de Cristo pelos pecados da humanidade. O próprio Cristo iniciou esta prática na Última Ceia. Católicos e Ortodoxos Orientais acreditam que o pão e o vinho literalmente se transformam no corpo e sangue de Cristo, enquanto os Protestantes e outros cristãos veem a Eucaristia como um lembrete e uma reencenação simbólicos do sacrifício de Cristo.
Os Cristãos demonstram a sua fé se dedicando à caridade. (obras assistenciais). Obras de arte, como os afrescos de Giotto na Capela Arena, eram muitas vezes criados por meio de doações. Frequentemente, eles também se dedicam a rituais (sacramentos) tais como como participando da Eucaristia ou sendo batizados. As Igrejas tradicionais Cristãs têm uma estrutura hierárquica de clero. Homens e mulheres devotos às vezes se tornam monges ou freiras e podem se isolar do mundo e viver uma vida de claustro dedicada à oração em um mosteiro.
Existem também Cristãos que não aceitam a trindade. .
Ensaio dos Doutores Nancy Ross, Beth Harris e Steven Zucker

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