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Pontuação: uso da vírgula

Nesta videoaula, apresentamos informações sobre o uso da vírgula. Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA12 - Olá! Tudo bem? Na aula de hoje, apresentaremos informações sobre o uso da vírgula. Dia desses, estava em casa lendo sobre gênios da humanidade. Li sobre vários deles, mas me encantei com os feitos de Leonardo Da Vinci. O que fiz? Fui pesquisar sobre a vida dele e encontrei uma biografia em uma enciclopédia. Enquanto lia, comecei a reparar que a pontuação do texto, principalmente o uso das vírgulas, tornava a leitura muito mais clara e fácil de entender. Vou te mostrar como funciona. Trouxe um trecho da biografia. Venha ler comigo! "Leonardo Da Vinci nasceu em 15 de abril de 1452, perto de Vinci, na República de Florença, que hoje é parte da Itália. Aos 15 anos, começou a estudar com o artista Andrea del Verrocchio, em Florença. Verrocchio ensinou-lhe pintura, escultura e a elaboração de projetos de aparelhos mecânicos". Na primeira frase, já vimos um bom exemplo. Leonardo Da Vinci é o assunto e temos uma informação diretamente ligada a ele: o verbo nasceu. Por haver essa relação íntima, não separamos o assunto (que chamaremos de sujeito) e o verbo por vírgula. Depois da data de nascimento, temos a vírgula. Percebe que a expressão "perto de Vinci" não tem a ver com a data, mas refere-se ao lugar em que o artista nasceu? A vírgula permite que entendamos essa referência. A seguir, temos "na República de Florença" entre vírgulas. Elas trazem uma informação a mais sobre Vinci, local de nascimento. É como se o autor do texto dissesse: "Leonardo Da Vinci nasceu em 15 de abril de 1452, perto de Vinci. Vinci fica na República de Florença. A República de Florença hoje é parte da Itália". Viu como estão relacionadas as informações? Com as vírgulas, pôde-se dizer o mesmo com certa economia na frase e com a organização das ideias. No período seguinte, ficamos sabendo como ele iniciou o estudo das artes. Temos duas informações adicionais nesta frase: a idade com que foi estudar e o local. Veja que uma opção para a frase seria: começou a estudar com o artista Andrea del Verrocchio aos 15 anos em Florença. Aí, teríamos um problema. A frase, além de mencionar Da Vinci, menciona Andrea del Verrocchio. Quem tinha mesmo 15 anos? Da forma como foi escrito no texto, sabemos com clareza que 15 anos se refere à idade de Da Vinci. E, além disso, por estar no começo da sentença, o autor chama a atenção para a pouca idade desse gênio. A outra vírgula permite a compreensão de que "em Florença" relaciona-se ao verbo, e não ao artista que deu aulas a Leonardo. A frase final afirma que o professor de Leonardo lhe ensinou três coisas: "pintura, escultura e a elaboração de projetos de aparelhos mecânicos". Como estão enumeradas, a vírgula organize esta enumeração. Aquele "e" tem um papel semelhante. Se colocássemos uma vírgula, teríamos o mesmo efeito. Vamos ler mais um trecho? “Em Milão, Da Vinci também passou a estudar a natureza. Ele pensava que, observando atentamente os objetos e desenhando-os com precisão, um artista se tornaria capaz de adquirir conhecimentos científicos. Anotava suas observações em uma série de cadernos, muitos deles disponíveis para observação e estudo em museus e bibliotecas. Por exemplo, o Codex Atlanticus, uma coleção de 12 volumes com 1.750 desenhos e cem páginas de anotações sobre diversos assuntos, é um documento extraordinário que permite entender o gênio Da Vinci em várias áreas. A coleção está na Biblioteca Ambrosiana, em Milão, na Itália. Os cadernos de Leonardo Da Vinci tratavam de muitos temas, como pintura, arquitetura, maquinário, a estrutura do corpo humano e a ciência do voo.(...)" Em uma frase, as palavras ou expressões são vizinhas umas das outras. A ordem natural em que as informações são apresentadas é a seguinte: sujeito (que é o assunto), o verbo, as informações complementares e as informações adicionais. Nesta disposição, chamada ordem direta, em que os vizinhos mantêm relações íntimas entre si, não há necessidade de uso de vírgulas. As três primeiras frases, cada uma à sua maneira, rompem essa ordem direta. Assim, quando há inversões na posição das informações adicionais, chamadas também de termos acessórios, as palavras ou expressões são vizinhas de termos com os quais não se relacionam diretamente, assim, a vírgula organiza essa leitura. Vamos dar uma olhada. "Da Vinci passou a estudar a natureza em Milão", que é o lugar da ação. "Ele pensava que um artista se tornaria capaz de adquirir conhecimentos científicos observando atentamente os objetos e desenhando-os com precisão". Esta informação é uma condição para tornar-se capaz. "O Codex Atlanticus é um documento extraordinário que permite entender o gênio Da vinci em várias áreas. Uma coleção de 12 volumes com 1.750 desenhos e cem páginas de anotações sobre diversos assuntos". Esta é uma informação adicional sobre o Codex Atlanticus. Os deslocamentos de informações ligadas ao verbo são marcados pela vírgula! Dessa forma, ao lermos a frase, conseguimos colocar os termos na ordem direta, e, assim, compreender com clareza o texto. Vale também enfatizar que expressões como "por exemplo" (além disso, podemos destacar "isto é", "ou seja") sempre serão separadas por vírgulas, por trazerem informações complementares, como explicações. Outro uso da vírgula é feito para organizar palavras ou expressões e orações completas. A frase "Anotava suas observações em uma série de cadernos, muitos deles disponíveis para observação e estudo em museus e bibliotecas" tem duas orações completas enumeradas em sequência. "Anotava suas observações em uma série de cadernos" é a primeira. "Muitos deles [os cadernos] disponíveis para observação e estudo em museus e bibliotecas", a segunda. O período que encerra o primeiro parágrafo ("A coleção está na Biblioteca Ambrosiana, em Milão, na Itália") tem, não orações em sequência, mas duas expressões indicando o lugar em que se encontram tais cadernos. A esta organização de palavras, termos e frases enumeradas, a gente dá o nome de coordenação. A frase que inicia o segundo parágrafo é semelhante, pois traz expressões que exemplificam os muitos temas estudados por Da Vinci. No caso, cinco: pintura, arquitetura, maquinário, a estrutura do corpo humano e a ciência do voo. Estas enumerações são sempre marcadas por vírgula, afinal, os termos podem ser vizinhos, mas não estão intimamente relacionados entre si. Ficou curioso para saber mais sobre Leonardo Da Vinci? Que tal ler a biografia completa depois desta aula? Em resumo, nós vimos que a vírgula organiza a leitura, tornando mais claras as informações. As palavras e expressões são vizinhas entre si. Se elas mantêm relações próximas, não usamos vírgulas. Se há deslocamentos, deixam de estar intimamente ligadas aos vizinhos, daí usamos vírgulas. Se enumeramos palavras, expressões e orações equivalentes, usamos vírgulas para deixar clara a coordenação. Muito obrigado! Bons estudos e até a próxima aula! Tchau!