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Concordância em verbos impessoais (HAVER e FAZER)

Nesta aula, explicamos as regras de concordância verbal que devem ser usadas para verbos impessoais. Sobre a Khan Academy: A Khan Academy oferece exercícios, vídeos e um painel de aprendizado personalizado para ajudar estudantes a aprenderem no seu próprio ritmo, dentro e fora da sala de aula. Temos conteúdos de matemática, ciências e programação, do jardim da infância ao ensino superior, com tecnologia de ponta. De graça, para todos e para sempre. #YouCanLearnAnything Se inscreva no canal! Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA3JV - Olá! Hoje vamos estudar concordância dos verbos impessoais. Primeiro, é bom entender o que são verbos impessoais, certo? Impessoais. Ou seja, sem pessoa, sem sujeito. O verbo impessoal é a base das orações sem sujeito. Portanto, é um verbo defectivo. Piorou! Era para explicar uma coisa, e apareceu outra mais complicada? Não, na verdade, é até bastante simples. Um verbo defectivo é aquele que não pode ser conjugado em todas as formas verbais. "Haver" quando é usado no sentido de existir, fazer, ocorrer, acontecer, é impessoal e, sendo impessoal, será conjugado sempre na terceira pessoa do singular. Se será conjugado apenas em uma pessoa é um verbo defectivo. Olha aqui. "Havia caixas empilhadas por todo o apartamento!" Havia, existiam caixas. O sentido aqui é de existência. "Há dias espero por uma resposta". Faz dias, tem tempo que eu espero por uma resposta. "Haverá novidades na próxima live". Ocorrerão novidades, acontecerão novidades na próxima live. Repare, "havia", "há" e "haverá" estão na terceira pessoa do singular. O verbo impessoal não é conjugado em nenhuma outra pessoa, por isso dizemos que ele também é defectivo. Há verbos defectivos que não são impessoais. Mas, normalmente, os verbos impessoais também podem ser defectivos. Então, revendo, um verbo defectivo é um verbo que não se conjuga em todas as formas verbais. Os verbos impessoais são, normalmente, defectivos, porque eles compõem orações sem sujeito e são conjugados apenas na terceira pessoa do singular. O verbo haver é impessoal quando apresenta os sentidos de existir, de fazer e de ocorrer ou acontecer. Ainda tem dúvida? Vamos analisar as frases que usamos de exemplo. "Havia caixas empilhadas por todo o apartamento!" Qual é o sujeito da frase? Caixas? Não, não é? As caixas representam o objeto direto nesta frase. Percebe que não existe um sujeito na oração? Se não existe um sujeito na oração e queremos dizer que existem muitas caixas empilhadas no tal apartamento, então, estamos diante do verbo haver com o sentido de existir, em uma oração sem sujeito. Como vamos conjugá-lo? Como verbo impessoal na terceira pessoa do singular. Você até poderia perguntar, mas não são caixas? O verbo não devia estar no plural? Olha só, nem isso precisamos fazer quando estamos diante de um verbo impessoal, ele só aceita conjugação na terceira pessoa do singular. Então, não haviam caixas, havia caixas. Esta é a forma adequada de expressar este pensamento. Olhe outra frase. "Há dias espero por uma resposta". Nesta frase até tem um sujeito. Sou eu que espero pela resposta. Mas eu espero a resposta, o verbo esperar inclusive já está até conjugado na primeira pessoa do singular. A questão aí é esse tempo que a resposta demora para ser dada. São dias, dias e nada. Faz tempo que eu espero pela resposta. Quando o verbo haver indica tempo decorrido é impessoal. E você já sabe, se é impessoal, será conjugado na terceira pessoa do singular. Finalmente, a última frase. "Haverá novidades na próxima live". Eu já fiquei curioso com essas novidades, mas estou ainda mais curioso para saber cadê o sujeito desta oração? Pode procurar, você não vai achar. "as novidades da próxima live" compõem o predicado, mas não tem sujeito aí. O que tem é o verbo haver com sentido de ocorrência, de acontecimento e impessoalidade. Então, "haverá novidades na próxima live", terceira pessoa do singular. Eu acho que ficou claro, não é? Mas, outro verbo impessoal que eu quero apresentar a você hoje é o verbo fazer. Olha aquela frase da resposta. "Há dias espero por uma resposta". Eu disse que o verbo haver tinha sentido de tempo decorrido nesta frase, certo? E que equivalia a fazer, não é? Pois tentemos substituir o verbo haver pelo verbo fazer nesta oração. "Faz dias que espero por uma resposta", terceira pessoa do singular também. Fazer é um verbo impessoal? Quando exprime o sentido de tempo decorrido, ou de fenômeno atmosférico, é. "Fez muito calor esta noite". "Hoje faz um ano que visitamos os Lençóis Maranhenses". Então, ficou fácil, não é? Tipo assim, "Ontem, nós já havia avisado que a gaveta estava emperrada". "Todo Natal minhas tias faz aquele bolo que a família adora". É melhor rever! Haver e fazer só são conjugados exclusivamente na terceira pessoa quando são impessoais. Só que haver e fazer nem sempre são impessoais. "Ontem, nós já havíamos avisado", tem um sujeito na oração: "nós". O verbo haver não exprime sentido de existir, ou de fazer, ou de acontecer. E a outra frase? "Minhas tias fazem o bolo". "Minhas tias" são o sujeito da oração. Fazer exprime sentido de ação, elas assam, elaboram, produzem. Não tem nada a ver com o tempo decorrido ou com fenômeno atmosférico, certo? É importante ficar atento a isso. Se no dia a dia sai um "minhas tias faz" dá para entender, ninguém vai ficar chateado. Mas, se uma frase dessas aparece em uma situação formal, não pega bem! Imagine se a moça ou moço do tempo na televisão aparecesse na tela dizendo que "hoje fizeram quase 30 graus na cidade". Parece que até dói no ouvido isso! Então, para encerrar, na linguagem coloquial, cometer erros assim não é o fim do mundo, mas, em lugares onde se espera que as pessoas utilizem a norma padrão da língua, convém ficar atento. Recapitulando, então! Os verbos impessoais compõem orações sem sujeito e são conjugados apenas na terceira pessoa do singular. Haver é impessoal quando expressa sentido de existir, fazer, ocorrer ou acontecer. Fazer é impessoal quando expressa a decorrência de tempo e caracteriza algum fenômeno atmosférico. Nos seus demais sentidos, estes verbos são conjugados normalmente em todas as formas verbais. É importante entender o uso dos verbos impessoais, porque essa representa a norma padrão da língua portuguesa. Mas eu espero que você tenha gostado da aula e que saiba como usar corretamente os verbos haver e fazer daqui para a frente. Um forte abraço e a gente se vê por aí!