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Curso: Português EF: 9º ano > Unidade 1
Lição 3: Funcionamento da língua (2)- Concordância em verbos impessoais (HAVER e FAZER)
- Concordância em verbos impessoais
- Ortografia: palavras homófonas
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- Estrangeirismos na língua portuguesa
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- Uso de asterisco e apóstrofo na língua portuguesa
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Concordância em verbos impessoais (HAVER e FAZER)
Nesta aula, explicamos as regras de concordância verbal que devem ser usadas para verbos impessoais.
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Transcrição de vídeo
RKA3JV - Olá! Hoje vamos estudar concordância
dos verbos impessoais. Primeiro, é bom entender
o que são verbos impessoais, certo? Impessoais. Ou seja, sem pessoa,
sem sujeito. O verbo impessoal é a base
das orações sem sujeito. Portanto, é um verbo defectivo. Piorou! Era para explicar uma coisa,
e apareceu outra mais complicada? Não, na verdade,
é até bastante simples. Um verbo defectivo é aquele que não pode ser conjugado
em todas as formas verbais. "Haver" quando é usado
no sentido de existir, fazer, ocorrer, acontecer,
é impessoal e, sendo impessoal, será conjugado
sempre na terceira pessoa do singular. Se será conjugado apenas em
uma pessoa é um verbo defectivo. Olha aqui. "Havia caixas empilhadas
por todo o apartamento!" Havia, existiam caixas. O sentido aqui é de existência. "Há dias espero por uma resposta". Faz dias, tem tempo que
eu espero por uma resposta. "Haverá novidades na próxima live". Ocorrerão novidades, acontecerão novidades na próxima live. Repare, "havia", "há" e "haverá" estão na terceira
pessoa do singular. O verbo impessoal não é conjugado
em nenhuma outra pessoa, por isso dizemos que
ele também é defectivo. Há verbos defectivos
que não são impessoais. Mas, normalmente, os verbos impessoais também
podem ser defectivos. Então, revendo, um verbo defectivo é um
verbo que não se conjuga em todas as formas verbais. Os verbos impessoais são,
normalmente, defectivos, porque eles compõem
orações sem sujeito e são conjugados apenas
na terceira pessoa do singular. O verbo haver é impessoal quando
apresenta os sentidos de existir, de fazer e de ocorrer ou acontecer. Ainda tem dúvida? Vamos analisar as frases
que usamos de exemplo. "Havia caixas empilhadas
por todo o apartamento!" Qual é o sujeito da frase? Caixas?
Não, não é? As caixas representam o objeto
direto nesta frase. Percebe que não existe
um sujeito na oração? Se não existe um sujeito na oração e queremos dizer que existem muitas caixas empilhadas
no tal apartamento, então, estamos diante
do verbo haver com o sentido de existir,
em uma oração sem sujeito. Como vamos conjugá-lo? Como verbo impessoal
na terceira pessoa do singular. Você até poderia perguntar,
mas não são caixas? O verbo não devia
estar no plural? Olha só, nem isso precisamos fazer quando estamos diante
de um verbo impessoal, ele só aceita conjugação
na terceira pessoa do singular. Então, não haviam caixas,
havia caixas. Esta é a forma adequada
de expressar este pensamento. Olhe outra frase. "Há dias espero
por uma resposta". Nesta frase até tem um sujeito. Sou eu que espero pela resposta. Mas eu espero a resposta, o verbo esperar inclusive já está até conjugado na primeira
pessoa do singular. A questão aí é esse tempo
que a resposta demora para ser dada. São dias, dias e nada. Faz tempo que eu espero
pela resposta. Quando o verbo haver indica
tempo decorrido é impessoal. E você já sabe, se é impessoal, será conjugado
na terceira pessoa do singular. Finalmente, a última frase. "Haverá novidades na próxima live". Eu já fiquei curioso com essas novidades, mas estou ainda mais curioso para saber cadê o sujeito desta oração? Pode procurar, você não vai achar. "as novidades da próxima live"
compõem o predicado, mas não tem sujeito aí. O que tem é o verbo haver
com sentido de ocorrência, de acontecimento e impessoalidade. Então, "haverá novidades
na próxima live", terceira pessoa do singular. Eu acho que ficou claro,
não é? Mas, outro verbo impessoal que
eu quero apresentar a você hoje é o verbo fazer. Olha aquela frase da resposta. "Há dias espero por uma resposta". Eu disse que o verbo haver
tinha sentido de tempo decorrido
nesta frase, certo? E que equivalia a fazer, não é? Pois tentemos substituir o verbo
haver pelo verbo fazer nesta oração. "Faz dias que espero
por uma resposta", terceira pessoa
do singular também. Fazer é um verbo impessoal? Quando exprime o sentido
de tempo decorrido, ou de fenômeno atmosférico, é. "Fez muito calor esta noite". "Hoje faz um ano que visitamos
os Lençóis Maranhenses". Então, ficou fácil, não é? Tipo assim, "Ontem, nós já havia avisado
que a gaveta estava emperrada". "Todo Natal minhas tias faz aquele
bolo que a família adora". É melhor rever! Haver e fazer só são conjugados
exclusivamente na terceira pessoa quando são impessoais. Só que haver e fazer
nem sempre são impessoais. "Ontem, nós já havíamos avisado", tem um sujeito na oração: "nós". O verbo haver não exprime
sentido de existir, ou de fazer, ou de acontecer. E a outra frase? "Minhas tias fazem o bolo". "Minhas tias" são o sujeito da oração. Fazer exprime sentido de ação,
elas assam, elaboram, produzem. Não tem nada a ver
com o tempo decorrido ou com fenômeno atmosférico, certo? É importante ficar atento a isso. Se no dia a dia sai um
"minhas tias faz" dá para entender, ninguém vai ficar chateado. Mas, se uma frase dessas aparece
em uma situação formal, não pega bem! Imagine se a moça ou moço do tempo
na televisão aparecesse na tela dizendo que "hoje fizeram quase
30 graus na cidade". Parece que até dói no ouvido isso! Então, para encerrar,
na linguagem coloquial, cometer erros assim
não é o fim do mundo, mas, em lugares onde se espera
que as pessoas utilizem a norma padrão da língua, convém ficar atento. Recapitulando, então! Os verbos impessoais compõem
orações sem sujeito e são conjugados apenas na
terceira pessoa do singular. Haver é impessoal quando expressa sentido de existir, fazer,
ocorrer ou acontecer. Fazer é impessoal quando
expressa a decorrência de tempo e caracteriza algum
fenômeno atmosférico. Nos seus demais sentidos, estes verbos são
conjugados normalmente em todas as formas verbais. É importante entender
o uso dos verbos impessoais, porque essa representa a norma
padrão da língua portuguesa. Mas eu espero que você
tenha gostado da aula e que saiba como usar corretamente
os verbos haver e fazer daqui para a frente. Um forte abraço
e a gente se vê por aí!