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Alqueire com motivos de íbex

Alqueire com motivos de íbex (cabrito montês), 4200--3500 a.C., Período Susa I, necrópole, monte da acrópole, Susa, Irã, terracota pintada, 28,90 x 16,40 cm, escavações conduzidas por Jacques de Morgan, 1906-08 (Museu do Louvre, Paris)

Com a Dra. Beth Harris e o Dr. Steven Zucker.
Criado por Steven Zucker e Beth Harris.

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Transcrição de vídeo

(piano tocando) Steven: Estamos no Museu do Louvre em Paris, que possui uma das mais importantes coleções de vasos de barro da Susa Antiga. Beth: A Susa Antiga é nos dias atuais o Irã, há cerca de 6.000 a 4.000 anos a.C., e estamos vendo um belo vaso decorado com formas de animais e padrões geométricos. Steven: 6.000 anos atrás, isso é justamente no pico do Período Neolítico e da Era Histórica anterior ao crescimento das cidades da Mesopotâmia. Beth: Na verdade, essa área em certos momentos da história se torna politicamente parte da Mesopotâmia meridional, as cidades de Uruk e Ur, mas nesse momento, 4.000 a.C., isso ainda é pré-história. Estamos considerando pessoas que viveram em um vale muito fértil de um rio, e que pintavam belos vasos e os enterravam em seus cemitérios. Steven: Por volta de 4.000 a.C., acreditamos que elas construíram uma colina que tinha um templo no seu topo, e a área inteira foi continuamente ocupada por cerca de 5.000 anos, e então temos esta extraordinária acumulação, mas quando a escavamos, chegamos a esse pote e outros como ele. Beth: E porque ele é pre-histórico, ou seja, anterior à invenção da escrita, não temos registros de por que eles enterravam seus mortos com os potes, em que eles acreditavam, qual era a sua religião, que deuses ou deusas eles adoravam naquela colina do templo, mas nós temos potes extraordinariamente belos. Steven: Ele é feito à mão, é de barro, e é pintado. Ele é bem fino e não tem a perfeição que você obtém de algo que é feito em um torno, embora alguns arqueólogos achem que talvez ele tenha sido feito em um torno lento, e outros achem que ele é feito totalmente à mão. De qualquer forma, ele foi obviamente pintado à mão. Beth: As formas circulares balanceadas por formas que são lineares, por formas geométricas, cortantes, como retângulos. Steven: Elas mostravam animais, mas o mais evidente é o cabrito montês. O cabrito montês ocupa um grande retângulo, e o corpo é na realidade feito de dois arcos para criar essa forma muito geométrica. Beth: Mas são sobretudo seus chifres que ocupam o ... (risos) Esta não é uma imagem naturalista de um cabrito montês. Seu corpo está reduzido a triângulos. São imagens muito estilizadas dessas formas naturais. Steven: No entanto, há um detalhe real aqui. Podemos perceber a barba do cabrito, suas orelhas. Vemos seu focinho, onde deveriam estar seus olhos. Podemos ver os pelos da cauda, e vemos aquele tipo de detalhe nos outros animais que estão representados aqui. Logo acima do retângulo que contém o cabrito, vemos uma fita que envolve o vaso, que tem uma espécie de cão que mais se parece com um galgo. Beth: Muito delgado e alongado, talvez esteja se reclinando, ou correndo, e acima dele vemos pássaros aquáticos com pescoços alongados. Steven: Os pescoços fazem referência à verticalidade do vaso, e a circularidade dos chifres se refere à forma cilíndrica do vaso. É maravilhosa a forma como esses elementos geométricos refletem a forma do próprio objeto. Há uma bela integração entre a ilustração e a forma real do pote. Beth: Vejam como as caudas dos cães giram na direção oposta dos chifres do cabrito montês, do ibex. Mas temos essas coisas que não podemos identificar, o padrão riscado com essas formas angulares no centro, que lembra a costura de uma bola de beisebol. Vemos essa forma repetida em outros vasos, então talvez ela tenha um significado... talvez mesmo os animais tivessem um significado e eram associados com conceitos diferentes, talvez a fertilidade, ou a água, porque sabemos que essas associações foram feitas mais tarde na Mesopotâmia Antiga. Steven: Correto, mas não sabemos se esses significados são válidos aqui em Susa. O nome "Susa" pode ser familiar, porque mais tarde ele figura na Profecia de Daniel e também no Livro de Ester, de forma diferente, como Esusa, ou às vezes Shushan. Steven: E na verdade, esses potes foram encontrados porque um arqueólogo procurava a tumba de Daniel e chegou a esse cemitério extraordinário. (piano tocando)