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As espécies e o ambiente

As mudanças no ambiente físico, sejam elas naturais ou causadas pelo homem, contribuíram para a expansão de algumas espécies, para o surgimento de novas espécies distintas conforme as populações divergem sob condições diferentes, bem como para a diminuição – e, algumas vezes, a extinção – de algumas espécies. Versão original criada por Sal Khan.

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RKA22JL - Alô, alô, moçada! Hoje, falaremos sobre evolução e seleção natural e a formação de novas espécies, um processo que chamamos de especiação. Este processo é lento, pode levar dezenas ou centenas de milhares de anos, ou, muitas vezes, milhões de anos para acontecer. Vejamos um exemplo. Esta linda ave aqui é conhecida por muitos nomes, entre eles, papuxa. É uma ave comum da Europa central. Geralmente, elas passam os verões nesta região, a Alemanha. Quando esfria, a ave migra até a Espanha. Isto é um padrão migratório, mas nem sempre todos os pássaros de uma espécie realizam o mesmo caminho migratório. Em uma população, podem haver variações. Existem pássaros que, por conta de divergências genéticas, preferem ir para outras direções. Há pássaros que podem vir aqui, para cá, para lá, e muitos outros lugares. Mas, por migrarem por outros caminhos inóspitos, pode ser que essas aves não tenham sucesso. Podem morrer de fome, de frio, acabar em um mar sem fim. Diversos são os motivos. Ao mesmo tempo, o grupo que migrou para a Espanha foi bem-sucedido. Estava quentinho, tinha comida — nhamm! — tudo certo. Agora é aqui que eu nosso papo de hoje fica interessante. Entre as décadas de 60 e 70, tornou-se cada vez mais popular colocar comedouros de pássaros em quintais na Inglaterra. Alguma porcentagem da população ia para lá por conta dos comedores e atingiam sucesso e prosperavam. Com o tempo, a população que ia para essa região foi tendo cada vez mais sucesso e ficando cada vez maior. Depois, no verão, elas voltavam até a Alemanha e se reproduziam. Imagine agora que essa população que migrava para a Inglaterra voltava mais cedo, por questões de distância, já que o caminho de volta era bem menor entre a Alemanha e a Inglaterra do que entre Alemanha e Espanha. Assim, chegavam antes e se reproduziam entre si. E assim elas começaram a se reproduzir umas com as outras cada vez mais e mais, e começamos a ver diferenças além da direção da migração entre estes dois grupos de papuxa. As que iam para a Inglaterra tinham as asas redondas, enquanto que as que iam para a Espanha tinham asas mais pontiagudas. Asas pontiagudas são melhores para viajar longas distâncias, asas redondas são mais manobráveis, digamos assim. E se você não tem que viajar uma longa distância, isso é mais desejável. Não é como se esses pássaros soubessem que eles precisavam de asas redondas. Mais uma vez, no mesmo pool genético que estava indo para a Inglaterra, havia alelos do gene do formato da asa tanto para asas pontiagudas quanto redondas. E, como as asas redondas podem ter sido mais bem-sucedidas, o alelo para a asa redonda foi selecionado por seleção natural, tornando-se um traço mais evidente naquele grupo que se reproduzia entre si. O contrário ocorria para a população que ia até a Espanha. Asas mais pontiagudas favoreciam viajar longas distâncias, e esse grupo se reproduzia mais entre si porque chegava mais tarde no verão alemão. Portanto, este é um exemplo de uma mudança ambiental. Aqui, a mudança ambiental são as pessoas decidindo colocar comedouros de pássaros em seus quintais na Inglaterra. Entre as décadas de 60 e 70, há, na verdade, cerca de 30 ou 40 gerações até os biólogos começarem a notar algo que futuramente pode ser um evento de especiação. Os que vão para a Inglaterra ainda podem cruzar com os que vão para a Espanha. Mas, com o tempo, se os dois grupos continuarem se reproduzindo entre si por causa do momento de sua migração, eles podem não ser mais capazes de se cruzarem. Então, você terá duas espécies diferentes. Este é apenas um exemplo. Existem muitos outros exemplos de como o ambiente pode contribuir com eventos de especiação, ou até mesmo com o ambiente causando um evento extremo. Uma extinção. Bons estudos e até a próxima!