Recursos de persuasão em textos argumentativos

RKA4 – Olá, tudo bem com você? Na aula de hoje, nós iremos falar sobre a persuasão em textos argumentativos. Iremos aprender hoje que existem alguns elementos argumentativos que podemos usar em textos, em conversas ou até mesmo em propagandas que servem para convencer a outra pessoa. Você gosta de ler textos argumentativos? Gosta de convencer as outras pessoas demonstrando os seus argumentos em algumas conversas? Você sabe o que significa a palavra persuasão? Persuasão é o ato de persuadir. Ou seja, o ato de convencer alguém sobre alguma coisa. Quando, por exemplo, um estudante precisa escrever uma redação, um texto dissertativo-argumentativo em que ele precisa convencer sobre os seus argumentos. Para isso, ele precisa usar uma série de elementos que favorecem a sua argumentação, que favorece a sua persuasão. É fácil de encontrar algumas formas de persuasão por aí, tanto em conversas no dia a dia quanto em textos argumentativos como, por exemplo, reportagens em jornais onde conseguimos encontrar artigos de opinião ou até mesmo cartas de reclamação. Em debates formais também conseguimos encontrar formas de persuasão, já que aqueles que estão debatendo buscam sempre defender a sua opinião e contradizer o outro. Para esse vídeo, eu trouxe alguns exemplos para que a gente consiga entender bem como funcionam os recursos persuasivos. O primeiro trecho começa assim: “Segundo o especialista em mobilidade urbana, o mundo precisa mudar sua cultura carrocêntrica. 'E não é o poder público o único responsável. O poder privado também tem o dever de incentivar novas formas de transporte”, explicou o Petzhold. Logo no começo desse trecho, eu marquei para a gente uma frase em negrito. Essa frase é que está indicando para a gente um dos recursos persuasivos que iremos ver nesse vídeo, que, no caso, é o argumento de autoridade. Nós temos um argumento de autoridade quando alguém que tem autoridade no assunto, aparece no texto, como, por exemplo, um especialista. No caso do nosso exemplo, o especialista diz que não é só o poder público o único responsável pela redução de carros no mundo, mas também o poder privado. O especialista é alguém que tem um argumento de autoridade, é aquela pessoa que possui conhecimento sobre o assunto: professores, cientistas, pesquisadores, enfim. Alguém que compreende o assunto muito bem. Pode-se valer de um argumento de autoridade para poder compor o texto, já que este é alguém que estudou e entende do assunto. Para o nosso segundo exemplo, eu trouxe um trecho um pouco mais curto que vai nos mostrar o recurso de comparação. Vamos ler o curto trecho e vamos depois tentar entender como essa comparação funciona para persuadir o leitor, tudo bem? O trecho é o seguinte: “Índio sofre à espera de terras na Amazônia. Para eles, sair seria o mesmo que morrer.” Como eu fiz com o primeiro exemplo, no final deste texto eu demarquei um trecho em negrito para que a gente conseguisse encontrar com mais facilidade o recurso persuasivo. Ele ficou na frase: “seria o mesmo que morrer”. A comparação serve para criar um sentido através da aproximação de dois elementos diferentes. Ou seja, para os índios, sair de sua terra na Amazônia seria a mesma coisa que morrer. Essa foi uma comparação feita por um índio para que sua fala ficasse mais persuasiva. Dessa forma, aquele que o escutar, ou aquele que ler o que ele escrever vai compreender bem o que significa sair de suas terras. Já para o nosso terceiro exemplo, a gente vai estudar o recurso de causa e consequência Esse recurso, quando aparece em um texto, serve para nos mostrar que pode haver uma consequência se alguma coisa contrária for feita. Vamos ler este curto texto, então, e depois tentar encontrar o recurso persuasivo que aparece, beleza? Ele começa assim: ”Não faz sentido expor um sistema nervoso hiperativo como na enxaqueca, a um estimulante do sistema nervoso como a cafeína. Se isso for feito, o resultado pode ser uma tendência a um aumento dessa hiperatividade." Como você já pode ter percebido, eu demarquei em negrito um trecho do nosso texto, como eu fiz com os dois primeiros exemplos. Esse trecho divide para a gente uma causa e uma consequência negativa. Ele diz para a gente que não faz sentido expor um sistema nervoso hiperativo a um estimulante como a cafeína. Logo em seguida, ele dá uma consequência, dizendo: se isso for feito, o resultado pode ser uma tendência a um aumento dessa hiperatividade. Ou seja, ele diz para a gente que se você tem enxaqueca, não faz sentido ingerir cafeína. Isso porque a cafeína pode aumentar a sua hiperatividade. Apresentar contrastes de causa e consequência pode levar o leitor a ser convencido, a ser persuadido com mais facilidade. Isso porque o problema fica mais evidente para aquele que está lendo o texto. Por fim, eu trouxe mais um trecho de exemplo para que a gente consiga encontrar dois outros recursos persuasivos que geralmente aparecem em textos argumentativos, tudo bem? Nesse curto trecho, a gente vai perceber que temos um verbo no imperativo e uma aproximação com o leitor. O texto começa assim: “Acompanhe meu raciocínio, prezado leitor. Assistência médica sem médicos é possível, mas inevitavelmente precária” Quando o escritor diz: “Acompanhe meu raciocínio, prezado leitor.” ele está querendo que o leitor passe a ter mais atenção ao que vai ser dito. Essa é uma forma de prender o leitor naquilo que ele está lendo, chamando sua atenção. O termo “prezado leitor”, que vemos logo no começo do texto, é uma forma carinhosa que o escritor tem de se aproximar daquele que está lendo. A aproximação com o leitor, que o escritor utilizou aqui neste trecho, serve para fazer com que o leitor se sinta mais íntimo do texto, mais próximo a ele. Além disso, o verbo no imperativo, “acompanhe”, serve para prender a atenção do leitor, inserindo-o no texto. Compreendeu? Esses foram alguns dos recursos persuasivos possíveis de serem utilizados ou encontrados em textos argumentativos. Os recursos persuasivos podem aparecer não só em escritas formais, como redações ou textos jornalísticos, mas também em propagandas, já que a intenção de uma propaganda é fazer com que aquele que a encontre consuma um produto. Além disso, é muito importante que sempre que formos escrever um texto argumentativo com recursos persuasivos, nós prestemos atenção na postura ética que deve ser adotada. Isso porque os recursos persuasivos devem ser utilizados ao lado da verdade, ao lado de fatos. Não podemos mentir para tentarmos persuadir aquele que está lendo nosso texto. Eu vou ficando por aqui. Espero que você tenha compreendido o conteúdo da aula de hoje. Nós nos encontramos em um próximo vídeo, combinado? Até lá, e bons estudos!