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Forças íon-dipolo

As forças de íon–dipolo ocorrem entre íons e moléculas polares. A intensidade relativa dessas forças pode ser compreendida em termos da lei de Coulomb, que diz que a atração eletrostática entre o íon e o dipolo está diretamente relacionada às magnitudes da carga iônica e do dipolo, e inversamente relacionada à distância entre eles. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA22JL - Olá, meu amigo ou minha amiga. Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a mais um vídeo da Khan Academy Brasil. E, neste vídeo, vamos conversar sobre as forças íon-dipolo. E, antes de pensar sobre como os íons e os dipolos podem interagir, vamos relembrar aqui qual é a diferença entre os íons e os dipolos. Eu encorajo você a pausar esse vídeo e tentar relembrar isso. E aí, conseguiu? Vamos pensar juntos agora sobre o que são os íons e o que são os dipolos? Primeiro, vamos pensar sobre os íons. Os íons são átomos ou moléculas que têm uma carga líquida. Então, por exemplo, quando o cloro ganha um elétron, ele se torna um íon cloreto e um íon cloreto tem uma carga líquida negativa. Da mesma forma quando o sódio perde um elétron, ele terá uma carga líquida positiva e aí ele vai se transformar em um íon sódio. Agora, qual é a diferença entre isso e um dipolo? Geralmente, quando estamos falando sobre dipolos, não estamos falando sobre algo que tem necessariamente uma carga líquida. Estamos falando sobre algo onde a carga é separada em diferentes extremidades da molécula, de forma que uma extremidade terá uma carga parcial positiva, e a outra extremidade terá uma carga parcial negativa. Com isso, teremos a criação de um momento de dipolo molecular. Um bom exemplo de molécula que é um dipolo ou tem um momento de dipolo em um nível molecular é a água. A água é uma molécula muito polar, já falamos sobre isso muitas vezes. Temos o seu oxigênio que é muito eletronegativo realizando ligações covalentes com dois hidrogênios, e essas são ligações covalentes polares, porque o oxigênio é muito mais eletronegativo e, com isso, acaba ficando com os elétrons mais tempo perto de si. Como os elétrons gastam mais tempo em torno do oxigênio do que em torno dois hidrogênios, acabamos tendo uma carga parcial negativa nessa extremidade da molécula e tendo cargas parciais positivas nas outras extremidades da molécula. Nós já falamos quando conversamos sobre as ligações de hidrogênio que a extremidade parcialmente negativa de uma molécula de água acaba sendo atraída pela extremidade parcialmente positiva de outra molécula de água. Mas, como conversamos, as ligações de hidrogênio é um tipo de força intermolecular que pode ser classificada como um caso especial de forças dipolo-dipolo. O interessante sobre tudo isso é que existem alguns átomos que são capazes de formar ligações de hidrogênio com momento de dipolo muito forte. Por exemplo, se temos hidrogênio ligado a um oxigênio, ao nitrogênio ou a um flúor, que também são átomos muito eletronegativos, teremos um momento de dipolo muito forte. Enfim, agora que sabemos a diferença entre íons e dipolos, a pergunta se fazer é: Como eles podem interagir? Como você pode adivinhar, as forças de Coulomb estão em jogo. A extremidade parcialmente negativa de um dipolo vai ser atraída por um íon carregado positivamente. Repare que aqui eu já combinei essas moléculas da água para que a gente tem a extremidade parcialmente negativa voltada para o íon positivo de sódio. Eu fiz desse jeito para te mostrar que aqui temos forças íon-dipolo. Da mesma forma, se a gente tiver um cloreto ânion ou íon negativo, as extremidades parcialmente positivas dos dipolos vão ser atraídas por esse íon. Repare como as moléculas da água estão se organizando. Todas as extremidades parcialmente positivas estão voltadas para o cloro. Esse é um dos motivos de ser tão fácil dissolver o cloreto de sódio, o sal de cozinha, na água. Esses íons são capazes de se separar e serem atraídos pelas moléculas da água que são polares. Ou seja, que são dipolos moleculares. Agora, e se eu perguntasse o que vai ditar as forças do íon dipolo? Pause esse vídeo e pense nisso. Como você pode imaginar, são essas forças de Coulomb. Portanto, a força entre as cargas será importante. Sendo assim, você vai ter uma força íon-dipolo mais forte se você tiver cargas mais fortes nos íons. Então, por exemplo, em vez de um sódio com uma carga positiva +1, vamos supor que você tivesse o íon de cálcio, que tem uma carga positiva +2. Como você imaginou, a extremidade parcial negativa da molécula da água será mais fortemente atraída. Você teria forças íon-dipolo mais fortes. Da mesma forma, se você tiver momentos de dipolo mais fortes, isso também fará as forças íon-dipolo mais fortes ou vice-versa. Sendo assim, se você tiver uma molécula que tem um momento de dipolo mais fraco, você não vai ter forças íon-dipolo tão fortes. Ah, e um detalhe importante também que não podemos nos esquecer. As forças de Coulomb são inversamente proporcionais à distância entre as cargas. Então, você também vai ter forças íon-dipolo mais fortes, quanto mais perto essas coisas estiverem umas das outras. Mas até certo ponto isso é verdade para muitas das forças intermoleculares que conversamos, porque em até certo nível, todas elas são forças de Coulomb. Enfim, meu amigo ou minha amiga, eu espero que você tenha compreendido tudo direitinho, e, mais uma vez, eu quero deixar aqui para você um grande abraço. E até a próxima!