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Superfície e Profundidade

O que faz as pinturas parecerem tão profundas quanto a vista de uma janela ou tão planas quanto uma parede?  Usando três obras de arte da coleção do Instituto de Arte, este vídeo trata de um tema central e usa uma narrativa visual inovadora para destacar as escolhas feitas pelos artistas para moldar a forma e o significado de suas obras. Isso mostra que cada um de nós já possui uma ferramenta poderosa para dar sentido à arte: olhar com atenção. Os vídeos Explicando a Arte te dão o poder de olhar e entender a arte de qualquer período histórico ou cultura. Concebida para estudantes e adultos, esta série de vídeos é produzida para a web e pode ser utilizada em vários ambientes de aprendizagem, desde dispositivos móveis a salas de aula formais. Os seguintes trabalhos do Instituto de Arte de Chicago aparecem neste vídeo: Poussin, Landscape with St. John on Patmos; Harnett, For Sunday’s Dinner; Mondrian, Lozenge Composition with Yellow, Black, Blue, Red, and Gray

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Transcrição de vídeo

O que faz as pinturas parecerem ter profundidade como se estivéssemos olhando por uma janela? Ou serem tão planas como uma parede? Explicando a Arte Superfície e profundidade As pinturas têm uma superfície real que nós não temos permissão de tocar. Mas elas também têm uma superfície conceitual chamada de plano da imagem, que separa a realidade do mundo da pintura. Para entender melhor essa ideia vamos ver alguns exemplos. Aqui está São João Evangelista escrevendo o Livro da Revelação do Novo Testamento. Pintado pelo artista francês Poussin no século dezessete. Trabalhando em Roma e se inspirando na cidade, Poussin organizou sua pinturas com a claridade e equilíbrio que se vê na pintura da Renascença e na arquitetura clássica. Veja como ele imaginou a ilha grega de Patmos. Note que parece que você está olhando de uma janela. Poussin compôs esta cena para levar seu olhar de São João no primeiro plano, através da paisagem até as montanhas à distância. Agora vamos desconstruir a pintura. Vê as camadas de profundidade? Cada parte recua mais para trás do plano da pintura. Quando juntamos tudo de novo os elementos criaram um cenário ordenado e tranquilo, para escrever sobre o fim do mundo. Se Poussin e outros artistas fazem a gente sentir que podemos entrar na pintura, outros, como Harnett criam a ilusão de que estamos vendo um objeto de verdade, como uvas, ou uma lâmpada, ao invés de só uma pintura. Esta técnica às vezes é chamada de Trompe l'oeil que significa enganar o olho, em Francês. Na obra Para o Jantar de Domingo, efeitos de luz e sombra, pinceladas invisíveis e detalhes como as dobradiças enferrujadas e penas flutuando enganam nosso olhar para ver objetos tridimensionais. Não é uma janela para outro mundo, mas parece ser mais que uma pintura plana. Imagine uma ilusão pintada num espaço tridimensional. Percebe como o galo parece quebrar o plano da pintura, querendo entrar no nosso mundo? A técnica de Harnett era tão convincente que policiais apreenderam sua pintura de uma nota de 5 dólares sob a acusação de ser dinheiro falso. Nem todo artista tem como objetivo criar uma ilusão. Mondrian queria que você soubesse que estava olhando para uma pintura, então ele usou técnicas diferentes, como molduras especiais, ou pendurar as pinturas no alto das paredes. A maioria das pinturas de Mondrian entre os anos 1920 e 1940 eram composições diferentes de linhas, cores e formas. Nesta pintura ele trabalhou com linhas horizontais, verticais e cores primárias até atingir um equilíbrio visual na superfície da imagem. Se parece simples, não é. Considere que Mondrian nunca usou uma régua ou borda reta para conseguir este efeito. Das paisagens de Poussin, que pareciam vistas da janela, para as ilusões de Harnett até as formas planas de Mondrian, você percebe estas obras de arte de maneiras diferentes, pela maneira que cada artista usou o plano da imagem. Da próxima vez que estiver em um museu, considere como o plano da imagem influencia a percepção de outras obras de arte.