O Kouros de Anavyssos

♪ Estamos no Museu Arqueológico Nacional de Atenas olhando para o Anavysos Kouros. Uma escultura do período arcaico, datada do século VI a.C na Grécia Antiga. É quase em tamanho real, um pouco maior e a ideia de escultura monumental de um homem jovem idealizado é um motivo muito poderoso na cultura Grega. Milhares dessas figuras foram produzidas. Conferimos à elas o nome genérico de "Kouros" ou "Jovem". Podem ser usados como adereços funerários, oferendas em santuários e às vezes, embora raro, representam um deus. Geralmente o deus Apollo. Alguns historiadores da arte pensam que estas esculturas monumentais tenham talvez sido inspiradas pelo Egito antigo. Bem, podemos ver a semelhança com a escultura egípcia muito facilmente. Olhe os traços da pintura original do cabelo, sobre os olhos nos dão uma sensação de como se parecia inicialmente. Uma das coisas que acontece quando falamos sobre as figuras Kouros é que ao compará-las uma a outra, porque são de um tipo, há também a tendência a compará-las a corpos humanos. Quão perto de parecer real estão ou quão longe estão de ser? Nos primeiros Kouros, temos uma maior sensação de rigidez, de abstração do corpo humano, onde as formas são representadas quase como símbolos em vez de como uma articulação do que vemos no corpo humano. E naquelas figuras iniciais, também temos a sensação do corpo correspondendo a um bloco de pedra. Então temos quatro visões muito distintas. Este Kouros em particular nos mostra a forma como, durante o século VI, durante o período arcaico, as figuras se tornam mais naturais, mais realistas, mais arredondadas, menos monolíticas. Bem, olhe para o inchaço das panturrilhas, dos quadris, do abdômen e, certamente, dos braços e das bochechas. Em figuras anteriores, o que vimos foi uma espécie de inscrição na pedra, quase como se estivesse desenhado na pedra, enquanto que aqui temos uma modelagem em torno. E em algumas figuras anteriores, vemos uma linha dura onde o torso encontra as pernas, e aqui isso foi suavizado, por isso há uma transição mais gradual. E as formas do rosto são mais integradas As formas do corpo inteiro de uma peça para a outra, de uma parte do corpo para outra, são mais integradas. Assim, vemos um fluxo mais natural das bochechas para as laterais do rosto, para as têmporas, para a testa.