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Conteúdo principal

Teorema de Green

O teorema de Green relaciona o rotacional de uma integral dupla a uma certa integral de linha. É realmente muito bonito.

Conhecimentos prévios

Não é estritamente necessário, mas é útil para uma compreensão mais completa:

Outros recursos

Você pode encontrar exemplos de como o Teorema de Green é usado para resolver problemas no próximo artigo. Aqui, falarei sobre o que considero ser uma bela linha de raciocínio para explicar por que ele é verdadeiro. Você pode encontrar uma outra perspectiva no vídeo do Sal sobre esse assunto.

Uma lição, quatro ensinamentos

O Teorema de Green é um dos quatro principais teoremas no ápice do cálculo multivariável:
  • Teorema de Green
  • Teorema da divergência em 2D
  • Teorema de Stokes
  • Teorema da divergência 3D
A boa notícia é que os quatro têm princípios bem parecidos. Então, se você realmente chegar no ponto de estar totalmente familiarizado com o Teorema de Green, já estará bem adiantado para entender os outros três!

O que estamos construindo

  • Estrutura:
    • F é um campo vetorial bidimensional.
      • R é uma região no plano xy.
      • C é a fronteira dessa região, orientada no sentido anti-horário.
  • O Teorema de Green afirma que a integral de linha de F em torno da fronteira de R é igual à integral dupla do rotacional de F em R:
    Rrot 2dFdA=CFdr
  • Pense no lado esquerdo da equação como sendo a soma de todas as pequenas porções de rotação em todos os pontos dentro da região R, e no lado direito como a medida da rotação total do fluido ao redor da fronteira C de R.
  • F é frequentemente escrito em relação às suas componentes, como a seguir:
    F(x,y)=P(x,y)i^+Q(x,y)j^
    Em função de P e Q, o Teorema de Green fica assim:
    CPdx+Qdy=R(QxPy)dA

Rotação do fluido ao redor de uma fronteira

A medida que você lê sobre isso, a imagem que deve ter em mente é a de uma região em um campo vetorial.
  • F(x,y) é a função do campo vetorial. E, como você já deve estar se acostumando caso tenha lido outros artigos como esse que envolvem campos vetoriais, imagine que F representa um fluxo do fluido.
  • R é uma região no plano xy. Na prática, e em exercícios, ela será uma figura bem definida como um círculo ou a fronteira entre dois gráficos. Mas, enquanto estiver pensando de forma abstrata, gosto de desenhá-la simplesmente como uma mancha.
  • C é a fronteira de R, orientada no sentido anti-horário. Lembre-se dessa orientação, porque ela é realmente importante na hora de resolver problemas. Sentido anti-horário. Está memorizando? Sentido anti-horário.
Verificação de conceito: como você interpreta a seguinte integral de linha em função do fluxo do fluido?
CFdr
(Lembre-se de que, em uma integral de linha por um campo vetorial, o termo dr representa um pequeno passo ao longo da curva, como um vetor, que nesse caso sempre apontará no sentido anti-horário.)
Escolha 1 resposta:

Confira aqui uma maneira de pensar sobre a integral de linha CFdr : imagine-se remando um bote ao redor da linha C, no sentido anti-horário.
Em cada ponto de sua trajetória, o vetor dr dá o sentido do seu movimento. O produto escalar Fdr será positivo em pontos nos quais o fluxo do fluido estiver a seu favor, e negativo nos pontos em que estiver contra você.
No geral, a integral de linha CFdr soma todos esses produtos escalares para lhe dizer se o fluxo, na maior parte do tempo, lhe ajudou ou lhe atrapalhou.
Então, essa integral de linha será positiva quando o fluxo do fluido tiver uma tendência geral anti-horária ao redor da fronteira C (o que significa que ela, em geral, ajudou), e negativa se tiver uma tendência horária (em geral, atrapalhou).

Trazendo a fronteira para o interior

O Teorema de Green se resume em utilizar essa ideia de rotação do fluido ao redor da fronteira de R e relacioná-la com o que acontece dentro de R. Conceitualmente, isso vai envolver dividir R em várias partes pequenas. Em termos de fórmula, o resultado final será calcular a integral dupla de rot 2dF.

Dividir a região

Imagine dividir ao meio a região R com uma linha reta de cima a baixo, gerando duas sub-regiões R1 e R2:
Denomine as fronteiras dessas duas regiões C1 e C2. O que acontece se pegarmos as integrais de linha de F ao redor dessas duas fronteiras e as somarmos?
C1Fdr+C2Fdr
Observe que essas integrais de linha se anularão ao longo do corte vertical que você fez. Notadamente, a integral ao redor de C1 vai para "cima" por essa linha, enquanto a integral ao redor de C2 integra essa linha para "baixo". (Lembre-se de que, ao realizar uma integral de linha em um campo vetorial, mudar a direção ao longo de uma curva multiplica seu resultado por 1).
Isso significa que a soma de nossas duas integrais é igual a simplesmente percorrer toda a fronteira C.
C1Fdr+C2Fdr=CFdr

Dividi-la novamente

Você poderia fazer isso mais uma vez, talvez agora com um corte horizontal:
Se você integrar ao redor das fronteiras das quatro sub-regiões resultantes, todas as integrais se anularão ao longo das divisões que você fez no interior de R:
Em uma fórmula, isso significa que a soma das integrais de linha em torno das quatro sub-regiões acabam simplesmente se igualando à integral de linha em torno da região inteira:
C1Fdr+C2Fdr+C3Fdr+C4Fdr=CFdr
Devo salientar que isso só funciona se nos certificarmos de que todas fronteiras C1,,C4 estão orientadas da mesma forma. Caso contrário, elas podem não se anular ao longo das divisões. É comum pensar no sentido anti-horário como sendo o sentido positivo, então considere tudo como sendo orientado no sentido anti-horário.

Dividi-la várias e várias vezes

Você já deve ter entendido onde eu quero chegar com isso. Imagine dividir a região R em muitas e muitas pequenas partes, R1,,Rn. Oriente todas as suas fronteiras C1,,Cn no sentido anti-horário e integre a função F sobre cada uma.
As integrais se anularão ao longo de todas as divisões no interior de R. Isso ocorre porque, para qualquer número de divisões, uma das integrais percorrerá uma divisão em um sentido enquanto outra a percorrerá no sentido contrário. Por fim, as únicas partes nas quais estas integrais não se anulam são as partes da fronteira C.
Isso significa que somar as integrais de linha ao longo das fonteiras das pequenas partes resultará no mesmo que apenas fazer a integração sobre a região completa:
k=1n(CkFdr)=CFdr

Integrando o rotacional

Então, por que estou fazendo isso? Porque existe uma outra maneira de interpretar cada uma dessas integrais de linha em torno de uma pequena parte usando um rotacional bidimensional. Escolha uma dessas partes e a amplie.
  • Considere Rk a parte escolhida, com fronteira Ck.
  • Considere |Rk| a área de Rk, que estamos considerando ter um valor muito pequeno.
  • Considere (xk,yk) um ponto dentro dessa parte (pode ser qualquer ponto).
A rotação do fluido ao redor dessa parte por causa de F pode ser medida pela integral de linha CkFdr. Pense no pequeno bote a remo. Mas, como essa é uma parte bem pequena, existe outro conceito de cálculo multivariável que mede a rotação do fluido: o rotacional.
Essa integral de linha pode ser aproximada calculando o rot 2d de F em qualquer ponto dentro de Rk, e multiplicando-o pela (pequena) área |Rk|:
CkFdrIntegral ao redor de umapequena parte Rk(rot 2dF(xk,yk)Ponto em Rk)|Rk|Área de Rk
Ademais, e isso é importante, quanto menor for Rk, melhor será essa aproximação.
Ao somar essas aproximações para todas as pequenas partes Rk, você obterá:
k=1n(CkFdr)k=1n(rot 2dF(xk,yk)Ponto em Rk|Rk|)
Com base na seção anterior, chegamos à conclusão de que o lado esquerdo acima é igual a uma única integral de linha ao redor da fronteira inteira de E, então podemos reescrever essa aproximação assim:
CFdrk=1n(rot 2dF(xk,yk)Ponto em Rk|Rk|)
Agora, preste atenção na soma do lado direito.
  • Ela inclui uma função de valor escalar, rot 2dF
  • A soma é calculada sobre várias partes pequenas Rk de uma região bidimensional, R.
  • Para cada parte dentro da soma, a função é calculada em um ponto dentro dessa parte e, em seguida, multiplicada pela sua área.
Isso lhe soa familiar? Esta é a receita para uma integral dupla! (Se isto não lhe soa familiar, considere a leitura deste artigo sobre integrais duplas.)
Em particular, se você se imaginar dividindo verticalmente a região R em partes cada vez mais finas, você poderá substituir a soma acima por uma integral dupla de rot 2dF sobre R:
k=1n(rot 2dF(xk,yk)Ponto em Rk|Rk|)Rrot 2dFdA
Resumindo, temos:
CFdr=k=1n(CkFdr)k=1n(rot 2dF(xk,yk)Ponto em Rk|Rk|)Rrot 2dFdA
Isto é, na verdade, mais que uma simples aproximação. A integral de linha ao redor da fronteira equivale à integral dupla do rotacional bidimensional:
CFdr=Rrot 2dFdA
Este fato maravilhoso se chama Teorema de Green. Ao observá-lo, você pode lê-lo como dizendo que a rotação de um fluido ao redor da fronteira completa de uma região (lado esquerdo) é o mesmo que considerar todos os pequenos "pedaços de rotação" dentro da região e somá-los (lado direito).

Notação alternativa

É muito comum ver o teorema de Green escrito assim:
CPdx+Qdy=R(QxPy)dA
Isto está apenas explicitando o produto escalar na integral de linha do lado esquerdo, assim como o rotacional na integral dupla do lado direito. Por alguma razão, é comum usar as letras P e Q para denotar as componentes da função de valor vetorial F(x,y):
F(x,y)=P(x,y)i^+Q(x,y)j^=[P(x,y)Q(x,y)]
No próximo artigo, você encontrará exemplos de como essa fórmula pode ser usada para tornar tanto integrais de linha quanto integrais duplas mais simples.

Resumo

  • Você pode pensar na integral de linha CFdr como a medição do rotacional do fluxo do fluido representado pelo campo vetorial F(x,y) ao redor da curva C. Convencionou-se pensar na rotação no sentido anti-horário como sendo positiva, então, nesse caso, C deve estar orientada no sentido anti-horário.
  • Imagine dividir a região bidimensional R delimitada por C em várias pequenas partes. Denomine as fronteiras dessas partes de C1,,Cn, e oriente todas elas no sentido anti-horário. Então, somar as integrais de linha de F ao redor de cada fronteira Ck das partes resulta no mesmo que a integral de linha ao redor da fronteira completa C.
    k=1n(CkFdr)=CFdr
    Isto é, as pequenas integrais de linha se anulam ao longo de todas as divisões dentro de R.
  • Como você considera partes cada vez menores, a integral de linha em torno de cada pequena parte pode ser aproximada usando um rotacional bidimensional.
CkFdrIntegral ao redor de umapequena parte Rk(rot 2dF(xk,yk)Ponto em Rk)|Rk|Área de Rk
  • Ao somar essas pequenas "porções de rotacional" usando uma integral dupla sobre R, e aplicar o fato de que a soma das integrais de linha se anulam ao longo das divisões interiores, você obtém o teorema de Green.
CFdr=Rrot 2dFdA

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