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Introdução à inflação

Conceitos de inflação de preços e IPC (Índice de Preços ao Consumidor). Versão original criada por Sal Khan.

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  • Avatar leafers seed style do usuário fabiula.vergentina94
    o que e a inflação

    ?como interfere na vida das pessoas?
    (1 voto)
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    • Avatar leaf green style do usuário Gabriel Ferreira Duarte
      Simplificadamente, pode-se dizer que a inflação é o aumento generalizado dos preços e, sendo assim, um índice inflacionário elevado causa a queda do consumo no mercado interno. Ocorre uma desvalorização da moeda (o dinheiro passa a valer menos), diminuindo o poder de compra da população, sendo que na maioria das vezes vem a beneficiar apenas o capitalista. A inflação pode se apresentar de diferentes maneiras (inflação de demanda, de oferta e inercial) e seu descontrole pode afetar seriamente a balança de pagamentos e os orçamentos de um Estado. O Estado, por sua vez, tenta controlar a inflação através da taxa de juros, do controle da emissão de moeda, estimulando a produção de renda (PIB), de políticas de reservas bancárias, de reajustes salariais etc. Recomendo que procure alguma literatura específica do tema. É possível encontrar na internet alguns textos bem didáticos.
      (6 votos)
  • Avatar leaf green style do usuário pbandreotti
    Quais os fatores que influenciam na inflação e na deflação?
    (2 votos)
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Transcrição de vídeo

RKA20MP - Quando economistas se referem a inflação nos dias de hoje, eles estão se referindo a um aumento geral no nível de preços de bens e serviços. Então, eles estão mesmo falando sobre inflação de preços. A razão pela qual eu insisto em dizer isso é porque, algumas vezes, especialmente quando o termo inflação começou a ser usado, na verdade, era usado como referência a inflação monetária ou aumento na oferta de moeda. Então, por isso que essas ideias estão bem próximas. Mas é importante perceber que, atualmente, quando as pessoas estão medindo a inflação, elas estão medindo uma inflação de preços. Porque, apesar dessas duas ideias serem relacionadas, nem sempre elas são a mesma coisa. É geralmente verdade que se a oferta de moeda, e a oferta de moeda significa dizer mais reais sendo impressos, ou seja, o volume de papel moeda sendo impresso, isso sem dúvida é afetado pelo valor de empréstimos que está ocorrendo, é afetado pelo número de transações que estão ocorrendo na economia. E, se a oferta de moeda, que é afetada por todas essas coisas, cresce mais rapidamente que toda a produtividade real da economia, então, geralmente, ela vai aumentar o nível dos preços. Mas, especialmente no curto prazo, pode haver outra causa para a inflação de preços. Você pode ter coisas como choque de oferta. O choque de oferta é a oferta de algo se tornando escassa de repente. E o exemplo mais típico de um choque de oferta é a crise do petróleo nos anos 70. Se, por alguma razão, o petróleo se torna escasso em um país, o preço do petróleo e dos derivados do petróleo vai aumentar. Agora, petróleo e os derivados do petróleo é apenas um ponto no enorme cenário. Mas, mesmo assim, isso está relacionado com diversas outras coisas. Por exemplo, sabe aquela banana que você compra no hortifrúti? Se o preço do petróleo aumentar, provavelmente, o preço do combustível do carro que leva aquela banana da fazenda até a mercearia também aumenta. Com isso, até o preço da banana vai aumentar. Na verdade uma porção significativa dessa banana, nessa mercearia, provavelmente incluiria o custo da gasolina para operar o carro que pega banana na fazenda e leva até a mercearia. Então, se algo acontecesse desse tipo, provavelmente afetaria os preços em geral, não apenas o do petróleo e dos derivados do petróleo. Então, essas duas coisas estão relacionadas, mas é importante perceber o que as pessoas falam quando estão se referindo a inflação de preços. E o consenso geral até diz que um pouco de inflação é uma coisa boa. Então, um pouco é bom. Um pouco, tá? Eu quero destacar muito bem que um pouco é bom. Estamos falando algo em torno de um, dois ou talvez três por cento ao ano. Mas, qualquer coisa maior que isso já fica um pouco assustador, porque pode virar uma bola de neve. Mas, vamos falar um pouco mais sobre isso em vídeos futuros, quando falarmos sobre hiperinflação. E economistas também têm medo de inflação caso ela se torna negativa. Isso leva a uma deflação e também vamos falar sobre isso em outros vídeos, até porque, em muitos círculos, isso é visto como algo assustador. Normalmente a inflação é medida do IPC, que é o Índice de Preços ao Consumidor. E você sempre vai ouvir falar sobre isso no noticiário, em jornal, especialmente se você assiste um pouco de programação econômica. Na verdade, existem inúmeros índices de preços ao consumidor. E o que as pessoas reportam quando diz: "O IPC subiu 2%", eles estão, de fato, se referindo ao IPCU. O "U" aqui significa consumidores urbanos. A razão pela qual esse é o IPC de destaque ou, pelo menos, o que as pessoas realmente divulgam, é porque grande parte dos consumidores em alguns países são consumidores urbanos. Então, é esse o IPC que afeta o bolso da maioria das pessoas. E a forma pela qual ele é calculado é como deflator, é um índice de preços. E, como deflator, está medindo o aumento geral, uma mudança geral no nível dos preços. Mas eles são, na verdade, calculados de forma um pouco diferente, mas, normalmente, eles devem convergir ou devem estar muito próximos, já que eles realmente são índices de medida do nível do preço gerado. Então, a forma como o IPC funciona, é que eles pegam uma cesta de bens para esse tipo de consumidor no ano base. Então, eles escolhem um ano base para fazer isso. E vamos pegar um exemplo supersimples aqui, um exemplo ridiculamente simples, só para a gente entender. Vamos dizer que no nosso pequeno país, o consumidor, o consumidor urbano, então vamos colocar aqui IPCU, em que esse consumidor consome apenas duas coisas. No próximo vídeo, nós veremos que, na verdade, nós consumimos muito mais do que duas coisas. Mas, no nosso exemplo, vamos dizer que essas duas coisas, que essas pessoas gastam 60% do seu dinheiro em maçãs e 40% do seu dinheiro em bananas. E, nesse ano base, nós apenas colocamos a base de preço das maçãs em 100, e o preço das bananas em 100. Nós não estamos dizendo que as maçãs e bananas custam a mesma coisa. Estamos apenas dizendo que, se gastamos 60% no nosso dinheiro em maçã e 40% em banana naquele ano base, e esses são apenas os níveis de preços daquele ano base, o que importará é quanto isso cresceu, o quanto esse índice vai mudar enquanto vamos para qualquer ano em que queremos calcular a inflação, relativa a esse ano base. Então, vamos dizer que no próximo ano, que nesse caso que vai ser o nosso ano corrente, nós vamos assumir que estamos gastando 60% em maçãs e 40% em bananas, e que, nesse ano, o índice de maçã subiu 50%, ou seja, foi para 150, então é mais 50%. E vamos dizer que o índice da banana subiu para 180, então bananas ficaram ainda mais caras, mais 80%. Então como mediríamos, ou seja, quanto diríamos que o IPCU subiu? Nós pegaríamos uma média ponderada desses índices, ou poderia dizer uma média ponderada do crescimento, você pode fazer dos dois jeitos. Vamos fazer das duas formas para dar o mesmo resultado. Então, neste ano nosso índice base é 0,6 vezes 100, mais 0,4 vezes 100. Isso vai dar, 100 isso é, 60 mais 40 que é igual a 100, como deveria ser, afinal de contas essa é a base para o nosso índice. Agora, aqui no ano corrente, isso é, o que estamos fazendo agora, existem algumas maneiras de fazer isso, você pode dizer: "Olha nós estamos gastando 60% em algo que subiu 150 agora." Então, nós fazemos 0,6 vezes 150, mais 0,4 vezes 180. E isso nos leva a, fazendo essa conta aqui com a calculadora, nós temos 0,6 vezes 150, mais 0,4 vezes 180 e isso vai nos dar 162. 162, então, se olhamos aqui para nossa cesta, e essa é uma cesta super simplificada, nós crescemos de 100 para 162, ou você pode dizer que é mais 62%. Claro que você ia chegar ao mesmo resultado, se você tivesse feito a média ponderada dos percentuais. Se você pegar 0,6 vezes 50% mais 0,4 vezes 80%, você pode até fazer de cabeça: 0,6 vezes 50% vai dar 30%, e 0,4 vezes 80% vai dar 32%. 30 mais 32, da um aumento de 62%. E isso para essa cesta de bem, a qual nós estamos assumindo que é para esse consumidor urbano, desde o nosso ano base até o nosso ano corrente. Bem, no próximo vídeo, nós vamos ver uma cesta de bens que parece algo mais real. Algo para um consumidor urbano real.