If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Gráfico de ciclo reprodutivo - fase folicular

Versão original criada por Vishal Punwani.

Quer participar da conversa?

Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

RKA2MP - Bem-vindos a mais uma aula da Khan Academy Brasil! Vamos iniciar nossa aula sobre a fase folicular do ciclo reprodutivo. Sabemos que os óvulos femininos se desenvolvem nos ovários e que, conforme eles se desenvolvem, ocorrem também flutuações nos hormônios sexuais femininos que são liberados pelos ovários. Temos estrogênio, progesterona e inibina liberados pelos ovários enquanto os óvulos estão se desenvolvendo. Mas por que isso está acontecendo? O que esses hormônios realmente fazem no corpo feminino? E por que seus níveis variam? Veja este gráfico, que é chamado de gráfico do ciclo ovariano. Este gráfico é bem informativo e muito útil para entender e visualizar o que exatamente está acontecendo no corpo feminino durante cada ciclo reprodutivo. Esta é uma espécie de "esqueleto" do gráfico, tem apenas os eixos. Primeiro vamos ver os eixos e depois veremos quais informações o gráfico nos mostra. No eixo "x" temos o tempo; e o tempo está restrito a 28 dias, porque essa é a duração de cada ciclo reprodutivo. Vemos que está 28/0 aqui, porque o 28º dia é o mesmo dia que o dia zero. Deu para entender? Em outras palavras, quando chegamos no dia 28 de um ciclo, estamos no dia zero do próximo ciclo. Não há nenhum tipo de intervalo entre eles. É preciso lembrar que a ovulação acontece no dia 14. O ciclo reprodutivo é dividido em duas fases principais: a fase folicular e a fase lútea. E você verá por que elas são chamadas assim. No eixo "y", vamos acompanhar algumas coisas diferentes ao mesmo tempo. Isso acontece porque elas estão todas relacionadas e acontecem ao mesmo tempo no corpo. É por isso que vamos ver todas juntas de uma vez, em um mesmo gráfico. Neste gráfico, elas estão listadas em uma ordem específica. Primeiro, temos os hormônios gonadotróficos: FSH e LH Lembre-se que eles são liberados pelo lobo anterior da hipófise, a adeno-hipófise. A hipófise é uma glândula que também é conhecida como glândula pituitária, e está localizada na base do cérebro. Esses hormônios afetam o desenvolvimento dos folículos do ciclo ovariano. Vamos olhar para o ciclo ovariano aqui. À medida que os folículos se desenvolvem, os hormônios são liberados dos ovários. Aqui embaixo vemos os níveis dos hormônios. Por fim, temos a fase do ciclo uterino, que é influenciada pelos níveis dos hormônios sexuais liberados pelo ovário. De modo geral, a fase uterina do ciclo, ou menstruação, é quando ocorre a descamação e eliminação da parede do endométrio. A fase proliferativa é quando ocorre a formação de uma nova camada de endométrio. A última fase é a fase secretora. É quando o endométrio fica pronto para a implantação de um óvulo fertilizado. Mesmo se não houver óvulo fertilizado, o endométrio ainda fica pronto para isso. Falaremos sobre essas fases um pouco mais tarde. Vou destacar o traçado em rosa aqui, onde aparecem os níveis de hormônio ovariano. O rosa é o estrogênio. A linha azul abaixo é a inibina. Aqui embaixo é progesterona. Estes são os três hormônios ovarianos com os quais vamos lidar. Aqui temos este esquema, que é bem lógico e que facilita o entendimento e o aprendizado. Vamos começar com a primeira metade do gráfico, a parte da fase folicular do gráfico. Não ficaremos preocupados com a fase lútea agora, então, vamos apagar por enquanto. No dia zero, a hipófise anterior está liberando um pouco de FSH e de LH. Sabemos que o FSH estimula o crescimento do folículo. Podemos ver que ele cresce à medida que os dias passam. Ao crescer, o número de células da granulosa aumenta. Elas estão representadas por esta cor roxa aqui. Sabemos que as células da granulosa secretam estrogênio. E aí, os níveis de estrogênio aumentam cada vez mais no sangue, à medida que esses folículos crescem. Além da ação do FSH, o hormônio luteinizante faz com que as células tecais que circundam o folículo produzam um hormônio chamado androstenediona. A androstenediona tem uma estrutura muito semelhante à do estrogênio. As células da granulosa absorvem androstenediona e a convertem em estrogênio, de forma que os níveis de estrogênio fiquem bem elevados, como podemos ver aqui. À medida que os folículos crescem, o nível de estrogênio vai aumentando cada vez mais. A propósito, se olharmos aqui para baixo, vamos observar o que está acontecendo no endométrio do útero, que é o revestimento interno do útero. Podemos ver que ele está na fase proliferativa. É chamada de fase proliferativa porque os níveis crescentes de estrogênio que vemos aqui estão induzindo a formação de uma nova camada do endométrio, uma vez que a antiga se descamou e foi eliminada durante a menstruação da semana anterior. Neste ponto, coisas interessantes começam a acontecer. Quando o hipotálamo e a hipófise anterior começam a perceber que os níveis de estrogênio estão super elevados, começam a liberar menos quantidades de FSH e LH,. como podemos ver aqui, quando começam a cair. Isso faz sentido, porque o objetivo da liberação do FSH e LH primeiro era estimular o desenvolvimento dos folículos. Os folículos produzem o estrogênio e, quando o cérebro detecta muito estrogênio, entende que os folículos estão se desenvolvendo. Por isso, não é necessário que continuem a liberar tanto FSH e LH. É por isso que vemos estas quedas aqui nos níveis de FSH e LH no sangue, porque os altos níveis de estrogênio indicam ao cérebro que pode reduzir a produção e liberação dos hormônios gonadotróficos. Neste momento, as células da granulosa estão produzindo muito estrogênio e começam a produzir mais dois hormônios em quantidades elevadas: começam a produzir progesterona e outro hormônio chamado inibina. É bom saber que existem dois tipos de inibina: a inibina A e a inibina B. Mas vamos considerar aqui a mesma coisa. O papel da inibina é inibir a liberação do FSH, que é liberado pela hipófise anterior. Conseguimos ver que, conforme a inibina aumenta, o FSH (em azul) começa a diminuir, porque a inibina está impedindo a hipófise anterior de liberar FSH. Vamos continuar. Lembra que dissemos que, conforme o estrogênio começa a aumentar, ele impede que o hipotálamo e a hipófise anterior produzam mais FSH e LH por um processo de feedback negativo? Ocorre que, se o estrogênio atingir um nível bem elevado, como aqui, ele faz com que o cérebro libere mais FSH e LH. Parece um evento paradoxal. Quando atingimos níveis muito elevados de estrogênio, o cérebro tenta, por sua vez, liberar uma quantidade realmente alta de FSH e LH. Mas, no gráfico, estamos vendo uma liberação elevada de LH, e não FSH. Então, por que isso acontece? Acabamos de falar que células da granulosa estavam liberando inibina, que reduz a liberação de FSH da hipófise anterior. Veja aqui que os níveis de inibina estão bem altos. Toda essa inibina reduz a quantidade de FSH liberada da hipófise anterior, mas não afeta o LH que é liberado. Como resultado, nós temos a liberação de enormes quantidades de LH a partir da hipófise anterior, em um processo chamado de pico lúteo. A grande quantidade de LH que é liberada, junto à quantidade relativamente de FSH, impulsionam o desenvolvimento do folículo para sua fase final: a ovulação. Podemos ver o óvulo saindo do folículo no processo de ovulação, lembrando que isso acontece no dia 14. Estas foram a fase folicular e a ovulação no gráfico. Assim, finalizamos a nossa aula e até a próxima!