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As ordens clássicas

As três principais ordens clássicas são a Dórica, a Jônica e a Coríntia. As ordens descrevem a forma e a decoração das colunas Gregas e posteriormente das Romanas, e continuam a ser amplamente utilizadas na arquitetura atual. A ordem Dórica é a mais simples e mais curta, sem nenhum pé decorativo, tríglifo vertical e capitel alargado. As colunas Jônicas são mais altas e mais finas, com pé decorativo e volutas em forma de rolo no capitel. A ordem mais complexa é a ordem Coríntia, que é alta e fina e apresenta um pé decorativo, volutas e folhas de acanto no capitel. Criado por Beth Harris e Steven Zucker.

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Arquitetura é uma linguagem e quando você aprende uma nova palavra do vocabulário, você começa a notá-la pela primeira vez em todo lugar? A mesma coisa acontece com arquitetura. Quando se aprende uma nova forma arquitetônica, você a vê em todo lugar. Especialmente nas ordens clássicas, pois elas são, essencialmente o que moldou a arquitetura ocidental, e têm sido usadas por 2500 anos. Basicamente estamos falando de estilos de arquitetura que os antigos Gregos desenvolveram sobretudo para seus templos. E você está certa, nós continuamos a usá-la. E temos vários exemplos contemporâneos acima. Mas o que é importante de se lembrar que é apenas um arranjo chique, de um básico sistema de construção antigo. Então temos Stonehenge para ilustrar esse antigo sistema de construção chamado arquitetura de vigas e colunas. Esta é o mais fundamental, mais básico e antigo sistema de arquitetura. As colunas são o elemento vertical, e elas sustentam os horizontais chamados de vigas. E você sabia? Nós ainda utilizamos esse sistema básico quando juntamos dois por quatro. E isto era o que os Gregos faziam, mas faziam de um jeito muito mais sofisticado. Eles desenvolveram sistemas decorativos, e isto é o que nos referíamos quando usávamos o termo "Ordens Clássicas". Existem três ordens básicas: Dórica, Jônica e Coríntia. Existem algumas outras, porém não as veremos hoje, mas as listamos para você, para que saiba o que são, a Toscana e a Compósita. Então, a Dórica, Jônica e Coríntia estão ilustradas nesse diagrama. Primeiro a Dórica, depois a Jônica e as duas últimas são Coríntias. Essas são apenas pequenas variações das três. E a Dórica é a mais simples, a Jônica um pouco mais complicada e a Coríntia muito mais complexa. Então, iniciemos com a mais antiga, a Dórica. Achamos que essa ordem teve início no século 7, no continente grego. E estamos olhando para um templo grego, que fica na Itália, e mesmo assim é um grande exemplo Dórico na Era Clássica. Vejamos do topo com o frontão. Ele não é oficialmente parte da ordem, mas como os templos gregos o tinham de uma forma ou de outra, um frontão, apenas pensamos em nomeá-lo para você, é este espaço triangular no topo do templo. Certo, são telhados empenados. Algumas vezes eram preenchidos com esculturas. A próxima parte abaixo do frontão, faz parte da ordem, e é chamado de entablamento. Isto seria a área daqui até aqui. E o topo do entablamento é chamado de friso. Ok, apenas esta parte aqui é o friso, toda essa seção. E na ordem Dórica é decorada de uma forma específica, usando tríglifos e métopas. Se você olhar para a palavra "tríglifo", notará que o prefixo é "tri", como "triciclo", significa três, e o sufixo, "glifo", significa marca. Então um "tríglifo" significa "três marcas". E você pode ver padrões de três marcas ao longo do friso. E o que está entre os tríglifos são espaços chamados métopas. Na antiga arquitetura Grega eram preenchidos com esculturas. Não achamos que os tríglifos são apenas caprichos. Achamos que veio de um tempo onde templos eram feitos de madeira, e estes seriam o fim das tábuas, que funcionavam como feixes nos templos. E eram apoiados diretamente sobre as colunas. Você notará que todos os outros estão alinhados sobre as colunas. E em seguida, a próxima área é o capitel. E isto é um capitel Dórico. Bem simples. Tem um alargamento e uma básica laje no topo. então o Dórico era o mais antigo, mais sério e era associado de acordo com o antigo historiador de arquitetura Romana, Vitruvius, com uma forma masculina. É largo, não é alto e parece pesado. Parece mesmo. Abaixo, temos a área comumente chamada de coluna, mas historiadores chamam de eixo. E se você olhar de perto, não é inteiramente plano, são linhas verticais que se movem pela superfície, chamadas de estrias. No Dórico uma estria é bem rasa, um tipo de corte curvado esculpido na superfície. E o que a estria faz, é criar um belo padrão decorativo no eixo. Outra das características que definem a ordem Dórica é que no pé do eixo não existe decoração. O eixo da coluna vai direto para o chão do templo. E você pode ver isso bem no detalhe à direita, que não existe molde do eixo para o chão. Então vejamos como se parece mais de perto. Capiteis estão lá em cima, então nunca vemos uma pessoa perto, mas é fácil não perceber o quão grande eles são. Mas tirei essa incrível foto sua no Museu Britânico ao lado de um capitel. Esta vem do mais famoso templo Dórico, na Acrópole de Atenas. O Parthenon, e eles são imensos. Esta foto também é boa para ver, neste caso uma reconstrução, mas te dá uma noção do entablamento, com aquele friso, com tríglifos e métopas. E temos um exemplo na direita, de uma escultura em relevo, uma das métopas do Parthenon. Então essa métopa encaixaria em uma desses espaços. Falemos de um último elemento encontrado na arquitetura Dórica, chamado de êntase. Isto é um pouco complicado, pois a maioria das pessoas assumem que uma coluna vai direto do topo ao chão, que os lados da coluna são paralelos entre si, e a base da coluna é tão larga quanto a área abaixo do capitel. Mas os antigos gregos não faziam seus templos assim. Não, é fascinante pensar em todas as formas que os antigos pensaram sobre como fazer suas construções belíssimas e falar sobre o reino dos deuses. Quando olhamos para um antigo templo Dórico, vemos que os eixos se expandem um pouco em direção ao centro. Então a partir de um terço do eixo eles estariam mais amplos, e se afunilam ligeiramente em direção a parte inferior e se afunilam muito mais a medida que vai ao topo. De modo que o ponto mais estreito do eixo da coluna seria no topo, e a parte mais larga em um terço da base ao topo. A construção tem uma sensação de vivacidade, que eu acho que não teria se a coluna fosse da mesma largura do topo do chão. Historiadores arquitetônicos têm debatido o porque de os gregos se incomodarem com isso, pois isso era muito caro, difícil, significava que cada bloco da coluna tinha de ser individual, único. Isto não podia ser medido nem produzido em massa. Certo, então você usou um bloco. Então as colunas não são feitas de apenas um pedaço de rocha. E se você olhar bem para essa fotografia, pode perceber o vão entre os blocos. geralmente também deveria existir um buraco que atravessa o centro de cada bloco, Então uma peça de madeira iria reuni-los como miçangas em um colar. Outra coisa que a êntase faz é enfatizar a verticalidade do templo, pois ficam mais estreitos a medida que sobem. Parece que o eixo da coluna é maior do que realmente é. Pois a medida que as coisas se afastam de nós ficam menores em escala. Então os gregos estão pensando sobre percepção humana. Estão pensando sobre como vemos, não apenas uma ideia abstrata de matemática e geometria, mas a experiência humana, o que diz algo sobre a antiga cultura Grega. Um último detalhe. A êntase da ao eixo da coluna uma sensação de elasticidade. que está escondendo o peso da pedra acima dele. É fascinante pensar sobre todas essas decisões que os Gregos tomam ao construir. Então vejamos a ordem Jônica, que vem um pouco depois da Dórica. Aqui está outra construção na Acrópole. Este é o Erecteion. Isto tem uma estética muito diferente. existe uma sensação de delicadeza aqui. Não tem uma sensação de massa, de musculosidade da construção que associamos ao Dórico. E de fato Vitruvius, o historiador arquitetônico Romano, viu isto como uma ordem mais feminina. É maior, mais fino. Uma das colunas dessa construção na Grécia esta em um museu em Londres. Temos boas fotos dela. e você pode ver que o ponto mais diferente está no topo, o capitel, onde vemos essas formas enroladas, também conhecidas como volutas; Também vemos uma pequena diferença no tipo de estria, e também vemos uma base. Vamos para ordem Coríntia. Isto parece bem diferente, e é o mais decorativo, e a característica única aqui é, de novo, o capitel, onde vemos formas de folhas. Eles também tem bases, tendem a ser maiores que o Dórico, como o jônico, mas são muito mais adornados. Existe um grande mito sobre a origem do capitel Coríntio. É uma história engraçada, não sabemos se é verdade ou não, mas a história é que tinha uma jovem garota que morreu e suas posses foram colocadas em uma cesta e postas em cima de seu túmulo. Embaixo dessa cesta tinha uma planta acanto que começou a crescer, e já que a cesta pesada com a telha em cima estava em cima, as folhas de acanto cresceram para os lados. Se olharmos para a coluna Coríntia, realmente parece. Parece exatamente isso. Então é um grande mito, seja verdade ou não. A ordem Coríntia é a mais complexa. Inclui os enrolamentos que vimos na Jônica... as volutas. Certo. Mas também estas formas de folhas que você pode ver aqui, que são folhas de acanto. E temos uma foto de uma folha de acanto ao lado. E elas crescem muito, então faz sentido. O que é importante de lembrar é que os gregos antigos apesar de terem desenvolvido essas três ordens clássicas, foram apenas o início, os romanos pegaram essas ideias e depois subsequentemente, pessoas que olhavam para a tradição clássica a utilizaram mais uma vez. E ainda fazemos isso hoje. E ai está, as ordens Gregas. [Traduzido por Alef Almeida]